From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Mãe da indígena com lábio leporino vem Manaus para acompanhar tratamento da filha
06/04/2011
Autor: Elaíze Farias
Fonte: A Crítica(AM) - http://acritica.uol.com.br/
Menina está recebendo tratamento no Instituto da Mulher Dona Lindu, mantido pelo governo do Estado. Funcionários da Casai negam que ela tenha sido rejeitada pelos pais
A mãe da criança indígena com lábios leporinos e fenda palatal da etnia Heskariana deve acompanhar o tratamento da criança em Manaus, segundo informações da assistente social da Casa de Saúde do Índio (Casai), em Manaus, Adriana Cordeiro.
A menina está desde a segunda-feira (04) no Instituto da Mulher Dona Lindu, recebendo atendimento multidisciplinar.
O tuxaua da aldeia Porteira, onde vive a família da indiazinha, que está em Manaus, já entrou em contato com o Distrito Sanitário de Saúde Indígena de Parintins (Dsei/Parintins) para que comuniquem a solicitação, por radiofonia, à aldeia.
Segundo a assistente social, Leda tem 11 filhos e preferiu que a irmã da criança, Larisse Ayuka, de 19 anos, acompanhasse a recém-nascida.
Erro
Adriana disse que, ao contrário da informação dada à imprensa, a recém-nascida Clarice não foi rejeitada pela mãe, que se chama Leda Tamuhrum.
O erro, segundo Adriana, está no documento preenchido no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Parintins que responde pelo pólo base de saúde de Nhamundá.
No papel enviado pelo Dsei/Parintins, escrito a lápis e sem identificação do técnico que preencheu, está escrito "rejeitada pelo pai".
Com base nessa informação, constatou-se, equivocadamente, se que as duas parentas da criança teriam fugido de sua aldeia.
Adriana disse que uma auditoria vai ser criada para apurar quem passou essa informação no Dsei/Parintins.
O chefe do Dsei/Parintins, Salomão Marialva, que está em Brasília, mas acompanhou o caso, disse que a criança, de nome Clarice, recebia atendimento no pólo base Riozinho, sempre acompanhada da mãe.
Como a criança manifestou problemas respiratórios, a enfermeira do pólo base decidiu encaminhá-la para Parintins, segundo ele.
"As duas mulheres, uma tia e uma irmã da criança, não fugiram. Tanto é que elas vieram em avião fretado pelo Dsei. A criança estava no pólo base do Riozinho, em Nhamundá", disse Adriana.
O tuxaua da aldeia Porteira, localizada na região do rio Nhamundá, na calha do bairo rio Amazonas, Davi Heskariana, conversou com a tia e a irmã da recém-nascida (que não falam português), e esclareceu sobre o deslocamento da criança até Manaus, segundo Adriana.
Conforme a psicológa da Casai, Marciana Carneiro, a vinda das duas mulheres foi articulada pelo próprio Davi.
"Elas chegaram em Manaus no dia 31 de março. O tuxaua Davi veio antes, articular a vinda delas, porque ele já tinha uma filha em tratamento em Manaus. Então, ele aproveitou para fazer as duas coisas", disse Marciana.
Questionada sobre o fato de o pai ter rejeitado da filha, como consta no documento do Dsei de Parintins, Marciana disse que isto é "comum com qualquer pai, índio ou não índio, quando se depara com uma situação dessas", mas que isto não significa que ele a tenha rejeitado de fato.
"Nem existe casos de crianças rejeitadas ou mortas entre os índios Heskarianas. Vamos investigar de onde partiu essa informação", comentou Adriana.
Segundo a assistente social, Leda tem 11 filhos e teria preferido que a irmã da criança acompanhasse a recém-nascida.
Tratamento
O diretor do Instituto da Mulher, Agnaldo Costa, disse que a Clarice vai receber atendimento integral na instituição.
Segundo ele, a criança está bem de saúde, passando apenas por um problema de icterícia (coloração amarelada na pele), comum em crianças recém-nascidas.
Segundo Agnaldo, a menina vai passar por avaliação de uma especialista do "Centrinho" da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECOM) para definir se a menina vai passar por procedimentos cirurgicos em Manaus ou em Bauru (SP), considerado o principal centro de referência para tratamentos semelhantes ao vivido pela criança.
Segundo Costa, a correção do lábio leporino e da fenda palatal pode ser feita com sucesso na criança. Ainda não há previsão de quando os procedimentos poderão ser realizados.
O tratamento será realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam) e governo do Estado.
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Mae-recem-nascida-Manaus-acompanhar-tratamento_0_457754415.html
A mãe da criança indígena com lábios leporinos e fenda palatal da etnia Heskariana deve acompanhar o tratamento da criança em Manaus, segundo informações da assistente social da Casa de Saúde do Índio (Casai), em Manaus, Adriana Cordeiro.
A menina está desde a segunda-feira (04) no Instituto da Mulher Dona Lindu, recebendo atendimento multidisciplinar.
O tuxaua da aldeia Porteira, onde vive a família da indiazinha, que está em Manaus, já entrou em contato com o Distrito Sanitário de Saúde Indígena de Parintins (Dsei/Parintins) para que comuniquem a solicitação, por radiofonia, à aldeia.
Segundo a assistente social, Leda tem 11 filhos e preferiu que a irmã da criança, Larisse Ayuka, de 19 anos, acompanhasse a recém-nascida.
Erro
Adriana disse que, ao contrário da informação dada à imprensa, a recém-nascida Clarice não foi rejeitada pela mãe, que se chama Leda Tamuhrum.
O erro, segundo Adriana, está no documento preenchido no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Parintins que responde pelo pólo base de saúde de Nhamundá.
No papel enviado pelo Dsei/Parintins, escrito a lápis e sem identificação do técnico que preencheu, está escrito "rejeitada pelo pai".
Com base nessa informação, constatou-se, equivocadamente, se que as duas parentas da criança teriam fugido de sua aldeia.
Adriana disse que uma auditoria vai ser criada para apurar quem passou essa informação no Dsei/Parintins.
O chefe do Dsei/Parintins, Salomão Marialva, que está em Brasília, mas acompanhou o caso, disse que a criança, de nome Clarice, recebia atendimento no pólo base Riozinho, sempre acompanhada da mãe.
Como a criança manifestou problemas respiratórios, a enfermeira do pólo base decidiu encaminhá-la para Parintins, segundo ele.
"As duas mulheres, uma tia e uma irmã da criança, não fugiram. Tanto é que elas vieram em avião fretado pelo Dsei. A criança estava no pólo base do Riozinho, em Nhamundá", disse Adriana.
O tuxaua da aldeia Porteira, localizada na região do rio Nhamundá, na calha do bairo rio Amazonas, Davi Heskariana, conversou com a tia e a irmã da recém-nascida (que não falam português), e esclareceu sobre o deslocamento da criança até Manaus, segundo Adriana.
Conforme a psicológa da Casai, Marciana Carneiro, a vinda das duas mulheres foi articulada pelo próprio Davi.
"Elas chegaram em Manaus no dia 31 de março. O tuxaua Davi veio antes, articular a vinda delas, porque ele já tinha uma filha em tratamento em Manaus. Então, ele aproveitou para fazer as duas coisas", disse Marciana.
Questionada sobre o fato de o pai ter rejeitado da filha, como consta no documento do Dsei de Parintins, Marciana disse que isto é "comum com qualquer pai, índio ou não índio, quando se depara com uma situação dessas", mas que isto não significa que ele a tenha rejeitado de fato.
"Nem existe casos de crianças rejeitadas ou mortas entre os índios Heskarianas. Vamos investigar de onde partiu essa informação", comentou Adriana.
Segundo a assistente social, Leda tem 11 filhos e teria preferido que a irmã da criança acompanhasse a recém-nascida.
Tratamento
O diretor do Instituto da Mulher, Agnaldo Costa, disse que a Clarice vai receber atendimento integral na instituição.
Segundo ele, a criança está bem de saúde, passando apenas por um problema de icterícia (coloração amarelada na pele), comum em crianças recém-nascidas.
Segundo Agnaldo, a menina vai passar por avaliação de uma especialista do "Centrinho" da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECOM) para definir se a menina vai passar por procedimentos cirurgicos em Manaus ou em Bauru (SP), considerado o principal centro de referência para tratamentos semelhantes ao vivido pela criança.
Segundo Costa, a correção do lábio leporino e da fenda palatal pode ser feita com sucesso na criança. Ainda não há previsão de quando os procedimentos poderão ser realizados.
O tratamento será realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam) e governo do Estado.
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Mae-recem-nascida-Manaus-acompanhar-tratamento_0_457754415.html
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