From Indigenous Peoples in Brazil
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Desocupação de fazendeiros do Araguaia seria de "alto risco social"
19/05/2011
Autor: Edilson Almeida
Fonte: 24 Horas News - http://www.24horasnews.com.br
O governador Silval Barbosa tratou a ordem da Justiça Federal para que 6 mil fazendeiros sejam retirados da Área Indígena Marãiwatsede, onde está instalada a Gleba Suya-Missu, no município de Alto da Boa Vista, na região do Araguaia, como sendo de "alto risco social". Segundo ele, a manutenção da decisão desencadeará um conflito sem precedentes entre índios e não-indios no Brasil. A área em questão é de 152 mil hectares. "É impossível que a União retome essas terras sem provocar conflitos" - disse o governador.
Silval esteve nesta quinta-feira no Ministério da Justiça para tratar do assunto e não escondeu a preocupação com os desdobramentos do caso. Ele entregou um documento propondo a transferência da reserva indígena para uma nova área, também localizada na região Araguaia com 225 mil hectares, rica em recursos naturais e situada entre o rios das Mortes e Araguaia.
Na carta entregue ao Ministério, o Governo do Estado declara que a "decisão judicial já julgada pela 5ª turma da 1ª região do TRF vai provocar uma convulsão social". O documento pede ao Governo Federal que ainda não seja cumprida pela Polícia Federal a desocupação, para que com isso, além de evitar um grave conflito, possa se fazer a permuta da área.
"Pedimos que eles tomem providências urgente para se evitar um confronto entre índios e não-índios. Essas famílias estão instaladas na área há cerca de 25 anos, se não buscar uma solução vai ter conflito não tenho dúvida nenhuma e é o que queremos evitar" - destacou o governador.
O secretário-Executivo do Ministério, Luiz Paulo Barreto, deu a garantia de que irá estudar a proposta do Governo e montar um grupo de trabalho em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para avaliar a situação. A ordem de despejo das famílias já se encontra com a Advocacia Geral da União e Ministério Público Federal.
Assistidos por entidades não governamentais e de apoio a causa indígena, os xavantes orientais, como são conhecidos, anunciaram que vão avançar sobre as terras. A situação é considera tensa. O prefeito Alcides Milhomem explicou que os índios já começaram a entrar na área sem a saída dos que estão lá.
Os conflitos entre os Akwe-Xavante e fazendeiros teve início na década de 60, com a construção da rodovia Belém/Brasília, que deu impulso à migração para o oeste brasileiro, aliada à política de incentivos fiscais para as empresas que investissem na Amazônia. Passados quase 50, a situação da Terra Indígena Marãiwatsede não mudou muito: embora tenha sido homologada em 1998, vários Grupos de Trabalho criados pela Funai a partir de 1999 não conseguiram promover a volta dos Xavante nem retirar os posseiros.
http://www.24horasnews.com.br/index.php?tipo=ler&mat=369725
Silval esteve nesta quinta-feira no Ministério da Justiça para tratar do assunto e não escondeu a preocupação com os desdobramentos do caso. Ele entregou um documento propondo a transferência da reserva indígena para uma nova área, também localizada na região Araguaia com 225 mil hectares, rica em recursos naturais e situada entre o rios das Mortes e Araguaia.
Na carta entregue ao Ministério, o Governo do Estado declara que a "decisão judicial já julgada pela 5ª turma da 1ª região do TRF vai provocar uma convulsão social". O documento pede ao Governo Federal que ainda não seja cumprida pela Polícia Federal a desocupação, para que com isso, além de evitar um grave conflito, possa se fazer a permuta da área.
"Pedimos que eles tomem providências urgente para se evitar um confronto entre índios e não-índios. Essas famílias estão instaladas na área há cerca de 25 anos, se não buscar uma solução vai ter conflito não tenho dúvida nenhuma e é o que queremos evitar" - destacou o governador.
O secretário-Executivo do Ministério, Luiz Paulo Barreto, deu a garantia de que irá estudar a proposta do Governo e montar um grupo de trabalho em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai) para avaliar a situação. A ordem de despejo das famílias já se encontra com a Advocacia Geral da União e Ministério Público Federal.
Assistidos por entidades não governamentais e de apoio a causa indígena, os xavantes orientais, como são conhecidos, anunciaram que vão avançar sobre as terras. A situação é considera tensa. O prefeito Alcides Milhomem explicou que os índios já começaram a entrar na área sem a saída dos que estão lá.
Os conflitos entre os Akwe-Xavante e fazendeiros teve início na década de 60, com a construção da rodovia Belém/Brasília, que deu impulso à migração para o oeste brasileiro, aliada à política de incentivos fiscais para as empresas que investissem na Amazônia. Passados quase 50, a situação da Terra Indígena Marãiwatsede não mudou muito: embora tenha sido homologada em 1998, vários Grupos de Trabalho criados pela Funai a partir de 1999 não conseguiram promover a volta dos Xavante nem retirar os posseiros.
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