From Indigenous Peoples in Brazil
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News
A questão indígena
12/06/2013
Fonte: Veja , Carta ao Leitor, p. 12
Documentos anexos
A questão indígena
O grande marechal Cândido Rondon, que desbravou os rincões brasileiros, tinha como lema na colonização de terras indígenas o famoso '"Morrer se preciso for; matar nunca". Os lendários irmãos Villas Bôas, mundialmente famosos por terem feito o primeiro contato com os índios gigantes da Amazônia, os crenacarores, pautavam-se pelos mesmos cuidados de Rondon. A manutenção da vida e da saúde dos índios era uma obrigação do estado brasileiro em sua política de expansão das fronteiras civilizadas sobre terras habitadas pelas populações originais pré-cabralinas. A Rondon e aos irmãos Villas Bôas não escapava a melancólica sensação da inevitabilidade da extinção ou, em um cenário benigno, da mutilação das culturas daqueles povos. Sempre foi trágico para o mais fraco o milenar encontro de populações em estágios díspares de desenvolvimento tecnológico. "Quem carregava o aço, a pólvora ou os germes mais fortes dizimava o outro. Assim caminhou a humanidade desde tempos imemoriais", escreveu o geógrafo americano Jared Diamond. A conclusão é que não existe política indigenista justa para os índios. Qual a solução para a questão indígena brasileira? Uma reportagem desta edição se debruça sobre o problema, que se tornou agudo, nos últimos dias, com a morte de um índio terena em confronto com a polícia em Mato Grosso do Sul.
A pergunta não tem resposta simples. Mas a reportagem deixa claro que a maneira como o governo define e enfrenta a questão indígena no Brasil é errada. Está na hora de tirar o problema do âmbito do Conselho Indigenista Missionário e das ONGs estrangeiras e tratá-lo como uma questão de estado norteada pelo lema do marechal Rondon e pela insatisfatória mas realista visão dos irmãos Villas Bôas. Os índios precisam de proteção do estado para que não sejam usados como massa de manobra por manipuladores a quem mais interessam os mártires.
Veja , 12/06/2013, Carta ao Leitor, p. 12
O grande marechal Cândido Rondon, que desbravou os rincões brasileiros, tinha como lema na colonização de terras indígenas o famoso '"Morrer se preciso for; matar nunca". Os lendários irmãos Villas Bôas, mundialmente famosos por terem feito o primeiro contato com os índios gigantes da Amazônia, os crenacarores, pautavam-se pelos mesmos cuidados de Rondon. A manutenção da vida e da saúde dos índios era uma obrigação do estado brasileiro em sua política de expansão das fronteiras civilizadas sobre terras habitadas pelas populações originais pré-cabralinas. A Rondon e aos irmãos Villas Bôas não escapava a melancólica sensação da inevitabilidade da extinção ou, em um cenário benigno, da mutilação das culturas daqueles povos. Sempre foi trágico para o mais fraco o milenar encontro de populações em estágios díspares de desenvolvimento tecnológico. "Quem carregava o aço, a pólvora ou os germes mais fortes dizimava o outro. Assim caminhou a humanidade desde tempos imemoriais", escreveu o geógrafo americano Jared Diamond. A conclusão é que não existe política indigenista justa para os índios. Qual a solução para a questão indígena brasileira? Uma reportagem desta edição se debruça sobre o problema, que se tornou agudo, nos últimos dias, com a morte de um índio terena em confronto com a polícia em Mato Grosso do Sul.
A pergunta não tem resposta simples. Mas a reportagem deixa claro que a maneira como o governo define e enfrenta a questão indígena no Brasil é errada. Está na hora de tirar o problema do âmbito do Conselho Indigenista Missionário e das ONGs estrangeiras e tratá-lo como uma questão de estado norteada pelo lema do marechal Rondon e pela insatisfatória mas realista visão dos irmãos Villas Bôas. Os índios precisam de proteção do estado para que não sejam usados como massa de manobra por manipuladores a quem mais interessam os mártires.
Veja , 12/06/2013, Carta ao Leitor, p. 12
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