From Indigenous Peoples in Brazil
News
Funasa faz avaliação sobre evolução da oncocercose na reserva Yanomami
10/09/2004
Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realiza a partir das 10h de hoje, no auditório da instituição, reunião de avaliação do Programa Brasileiro de Eliminação da Oncocercose (PBEO).
Estarão presentes no encontro técnicos e pesquisadores do Brasil e da Guatemala, além de representantes missionários de tribos indígenas brasileiras e profissionais da área médica.
A técnica responsável pelo programa, Joana Claudete Schuertz, disse que no país o único foco da doença se encontra na reserva indígena Yanomami. Cerca de 14 mil índios e mais 50 não-índios estão recebendo tratamento periódico. Por isso, segundo ela, são necessárias várias reuniões de avaliação para saber como anda o desenvolvimento da oncocercose.
"Em nosso país, a oncocercose acomete quase que todos os indígenas residentes no território Yanomami, e mais alguns não-índios que contraíram a doença pela assistência aos indígenas ou pela atividade de garimpagem que acontecia muito na época em que a prática ainda era permitida", explicou a técnica.
Joana acredita que os índios adquiriram a oncocercose quando passaram a ter maior contato com os missionários católicos, pois, até então, não havia casos registrados da doença no Brasil. Ela informou que a doença é originária da África.
"Após a detecção da doença, demos início ao tratamento de saúde com os Yanomami. Em 2002, recebemos um incremento a mais nos cuidados, com a vinda da quimioterapia, graças à implementação da Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas. Com os medicamentos e novas técnicas de tratamento, conseguimos evitar com que a oncocercose se proliferasse", relatou.
O QUEÉ - A oncocercose é uma doença parasitária, causada pelo acúmulo de microfilárias de Oncocerca volvulus nos tecidos, especialmente na pele do hospedeiro. Ela é transmitida por insetos do gênero Simulium, que amadurecem e se reproduzem em nódulos subcutâneos, onde são produzidas as microfilárias, responsáveis praticamente por toda a morbidade oncocercótica. A doença compromete essencialmente a pele e os olhos. Grande parte do dano dermatológico é causada pela irritação da pele.
A oncocercose é uma doença endêmica na África e na América Central, com focos isolados na América do Sul e Oriente próximo.
No Brasil, o foco conhecido situa-se na região Norte, fronteira com a Venezuela, habitada pelos índios Yanomami. Estudos recentes entre os Yanomami demonstraram comprometimento ocular restrito à córnea (ceratites puntatas, numulares e esclerosantes), sem registro de casos de cegueira.
TRATAMENTO - No tratamento da doença utiliza-se atualmente o Ivermectim, uma droga altamente potente que atua em todos os estágios de desenvolvimento dos parasitas, imobilizando as microfilárias ao induzir uma paralisia tônica da musculatura.
A droga tem pouco efeito sobre os parasitas adultos, mas impede a saída de microfilárias do útero de fêmeas adultas. A dose utilizada é de 150 µg/Kg, em dose única anual, administrada por via oral durante 10 a 15 anos, tempo médio de vida dos vermes adultos. Estudos demonstram que se utilizado na forma preconizada a droga reduz em até 75% a carga parasitária na pele e nos olhos após dois anos.
Estarão presentes no encontro técnicos e pesquisadores do Brasil e da Guatemala, além de representantes missionários de tribos indígenas brasileiras e profissionais da área médica.
A técnica responsável pelo programa, Joana Claudete Schuertz, disse que no país o único foco da doença se encontra na reserva indígena Yanomami. Cerca de 14 mil índios e mais 50 não-índios estão recebendo tratamento periódico. Por isso, segundo ela, são necessárias várias reuniões de avaliação para saber como anda o desenvolvimento da oncocercose.
"Em nosso país, a oncocercose acomete quase que todos os indígenas residentes no território Yanomami, e mais alguns não-índios que contraíram a doença pela assistência aos indígenas ou pela atividade de garimpagem que acontecia muito na época em que a prática ainda era permitida", explicou a técnica.
Joana acredita que os índios adquiriram a oncocercose quando passaram a ter maior contato com os missionários católicos, pois, até então, não havia casos registrados da doença no Brasil. Ela informou que a doença é originária da África.
"Após a detecção da doença, demos início ao tratamento de saúde com os Yanomami. Em 2002, recebemos um incremento a mais nos cuidados, com a vinda da quimioterapia, graças à implementação da Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas. Com os medicamentos e novas técnicas de tratamento, conseguimos evitar com que a oncocercose se proliferasse", relatou.
O QUEÉ - A oncocercose é uma doença parasitária, causada pelo acúmulo de microfilárias de Oncocerca volvulus nos tecidos, especialmente na pele do hospedeiro. Ela é transmitida por insetos do gênero Simulium, que amadurecem e se reproduzem em nódulos subcutâneos, onde são produzidas as microfilárias, responsáveis praticamente por toda a morbidade oncocercótica. A doença compromete essencialmente a pele e os olhos. Grande parte do dano dermatológico é causada pela irritação da pele.
A oncocercose é uma doença endêmica na África e na América Central, com focos isolados na América do Sul e Oriente próximo.
No Brasil, o foco conhecido situa-se na região Norte, fronteira com a Venezuela, habitada pelos índios Yanomami. Estudos recentes entre os Yanomami demonstraram comprometimento ocular restrito à córnea (ceratites puntatas, numulares e esclerosantes), sem registro de casos de cegueira.
TRATAMENTO - No tratamento da doença utiliza-se atualmente o Ivermectim, uma droga altamente potente que atua em todos os estágios de desenvolvimento dos parasitas, imobilizando as microfilárias ao induzir uma paralisia tônica da musculatura.
A droga tem pouco efeito sobre os parasitas adultos, mas impede a saída de microfilárias do útero de fêmeas adultas. A dose utilizada é de 150 µg/Kg, em dose única anual, administrada por via oral durante 10 a 15 anos, tempo médio de vida dos vermes adultos. Estudos demonstram que se utilizado na forma preconizada a droga reduz em até 75% a carga parasitária na pele e nos olhos após dois anos.
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