From Indigenous Peoples in Brazil
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Após pressão, deputados pedem cabeça de coordenador de saúde
27/09/2013
Autor: Willams Araújo
Fonte: Aquidauana News - http://www.aquidauananews.com
Pressionados por lideranças indígenas que ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta quinta-feira, os deputados estaduais pediram a cabeça do coordenador do DSEI/MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), Nelson Carmelo.
Indignados com a situação, os índios ocupam há cerca de uma semana a sede do Distrito Sanitário em Campo Grande.
O primeiro a discursar na Casa, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, Fernando de Souza Terena, disse que os índios estão insatisfeitos com a qualidade do atendimento à saúde.
Segundo ele, apesar de o investimento na área ter aumentado substancialmente de R$ 20 milhões para R$ 50 milhões, a mortalidade dos índios também cresceu em Mato Grosso do Sul.
"Sabemos que a saúde é responsabilidade federal, mas estamos aqui porque somos cidadãos sul-mato-grossenses", criticou ele, que usou a tribuna para expor o problema e pedir apoio dos deputados.
De acordo com dados do Conselho, em 2010, quando a Funasa era responsável pela saúde indígena, foram 446 mortes. Dois anos depois, esse número saltou para 503. No caso das crianças com menos de 1 ano, o número de mortes pulou de 63, em 2010, para 78, em 2012.
"Cinquenta por cento das mortes nos primeiros anos de vida são por doenças infecciosas que são evitáveis. Quem vai se responsabilizar por isso?", questionou.
O cacique João da Silva também falou sobre o assunto. "A saúde está precária. Nós queremos a saída desse coordenador porque não dá mais. Faltam médicos e os postos de saúde estão caindo aos pedaços. Ouçam o nosso clamor. Falta de tudo na nossa comunidade", desabafou.
São cerca de 80 postos de saúde espalhados pelas aldeias. Algumas construções estão depredadas, precárias, sem banheiros, ventilação e há anos sem reformas. Ainda segundo os indígenas, faltam insumos e equipamentos básicos.
O deputado George Takimoto (PSL), que é médico, fez uma síntese da difícil situação dos índios no setor de saúde e os aconselhou a cobrar seus direitos todos os dias.
CABEÇA A PRÊMIO
Em contato com o deputado Pedro Kemp (PT), a Presidência da República admitiu hoje mesmo a substituição do coordenador Nelson Carmelo. "Muito provavelmente o coordenador do DSEI vai ser substituído", revelou o parlamentar.
O presidente da CPI da Saúde, deputado Amarildo Cruz (PT), informou que a realidade exposta pelos índios será incluída no relatório da comissão. Haverá um capítulo específico para tratar do assunto. Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do País, com 73 mil pessoas.
Ele opinou que o Conselho Distrital de Saúde Indígena deveria ter sido ouvido, construindo um controle social. "Esse é o mais eficiente instrumento para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos", afirmou.
"Não podemos permitir que a gestão nacional não vá ouvir as comunidades", declarou, Mara Caseiro (PTdoB). Com informações do Portal ALMS.
http://www.aquidauananews.com/0,0,00,9166-240735-APOS+PRESSAO+DEPUTADOS+PEDEM+CABECA+DE+COORDENADOR+DE+SAUDE.htm
Indignados com a situação, os índios ocupam há cerca de uma semana a sede do Distrito Sanitário em Campo Grande.
O primeiro a discursar na Casa, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, Fernando de Souza Terena, disse que os índios estão insatisfeitos com a qualidade do atendimento à saúde.
Segundo ele, apesar de o investimento na área ter aumentado substancialmente de R$ 20 milhões para R$ 50 milhões, a mortalidade dos índios também cresceu em Mato Grosso do Sul.
"Sabemos que a saúde é responsabilidade federal, mas estamos aqui porque somos cidadãos sul-mato-grossenses", criticou ele, que usou a tribuna para expor o problema e pedir apoio dos deputados.
De acordo com dados do Conselho, em 2010, quando a Funasa era responsável pela saúde indígena, foram 446 mortes. Dois anos depois, esse número saltou para 503. No caso das crianças com menos de 1 ano, o número de mortes pulou de 63, em 2010, para 78, em 2012.
"Cinquenta por cento das mortes nos primeiros anos de vida são por doenças infecciosas que são evitáveis. Quem vai se responsabilizar por isso?", questionou.
O cacique João da Silva também falou sobre o assunto. "A saúde está precária. Nós queremos a saída desse coordenador porque não dá mais. Faltam médicos e os postos de saúde estão caindo aos pedaços. Ouçam o nosso clamor. Falta de tudo na nossa comunidade", desabafou.
São cerca de 80 postos de saúde espalhados pelas aldeias. Algumas construções estão depredadas, precárias, sem banheiros, ventilação e há anos sem reformas. Ainda segundo os indígenas, faltam insumos e equipamentos básicos.
O deputado George Takimoto (PSL), que é médico, fez uma síntese da difícil situação dos índios no setor de saúde e os aconselhou a cobrar seus direitos todos os dias.
CABEÇA A PRÊMIO
Em contato com o deputado Pedro Kemp (PT), a Presidência da República admitiu hoje mesmo a substituição do coordenador Nelson Carmelo. "Muito provavelmente o coordenador do DSEI vai ser substituído", revelou o parlamentar.
O presidente da CPI da Saúde, deputado Amarildo Cruz (PT), informou que a realidade exposta pelos índios será incluída no relatório da comissão. Haverá um capítulo específico para tratar do assunto. Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do País, com 73 mil pessoas.
Ele opinou que o Conselho Distrital de Saúde Indígena deveria ter sido ouvido, construindo um controle social. "Esse é o mais eficiente instrumento para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos", afirmou.
"Não podemos permitir que a gestão nacional não vá ouvir as comunidades", declarou, Mara Caseiro (PTdoB). Com informações do Portal ALMS.
http://www.aquidauananews.com/0,0,00,9166-240735-APOS+PRESSAO+DEPUTADOS+PEDEM+CABECA+DE+COORDENADOR+DE+SAUDE.htm
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