From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Crime contra natureza
06/09/2013
Autor: Rodrigo Vargas
Fonte: Diário de Cuiabá - http://www.diariodecuiaba.com.br/
Ibama calcula que desde julho uma área equivalente a 100 mil campos de futebol foi devastada na reserva xavante
Incêndios criminosos consumiram desde julho uma área equivalente a 100 mil campos de futebol na Terra Indígena Marãiwatsédé (localizada em Alto Boa Vista, 1.065 quilômetros de Cuiabá).
A estimativa é do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), que desde o domingo passado (1) retomou a operação de combate aos incêndios na área dos índios da etnia xavante.
O trabalho havia sido interrompido em agosto pela coordenação do Prevfogo, que alegou que faltavam de condições de segurança para a execução do trabalho dos brigadistas.
"Em alguns momentos, por conta da ação dos incendiários, nossas equipes quase ficaram cercadas por frentes de fogo e correram risco de vida. Então decidimos que só voltaríamos com apoio policial", disse Rodrigo Falleiro, chefe do Prevfogo.
Desde julho, segundo ele, foram contabilizados 17 incêndios na área indígena, que atingiram uma área estimada em 100 mil hectares. Dois deles causados acidentalmente pelos xavantes, durante uma limpeza de área e uma coleta de mel.
"Neste caso, os próprios índios nos deram o alerta e o combate foi rápido", diz.
Do restante, cinco foram alvo de perícia e todos, considerados criminosos.
"Encontramos os artefatos utilizados para iniciar os incêndios. Não resta a menor dúvida de que se trata de uma ação deliberada. Precisamos, agora, identificar e punir os criminosos."
O chefe do Prevfogo diz que não há pistas sobre os responsáveis pela situação. Uma das suspeitas é que os episódios estejam ligados ao turbulento processo de desintrusão da área, concluído em dezembro do ano passado.
"Antes da desintrusão, Marãiwatsédé sempre foi marcada por um grande número de focos de calor, mas estes geralmente se relacionavam com ações de limpeza de pastos, em áreas ocupadas por não índios. Essa justificativa não serve agora."
Segundo Falleiro, a chuva que caiu nos últimos dias ajudou a amenizar a situação, mas não foi suficiente para extinguir os focos de incêndio. "Os focos existentes, porém, estão controlados", afirmou.
A retomada da operação conta com 46 brigadistas, 10 servidores do Ibama e quatro integrantes da Polícia Ambiental. O trabalho tem a ajuda de seis camionetes, um caminhão Rodofogo e um helicóptero.
"Policiais Militares do Mato Grosso, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal garantem a segurança das bases avançadas da FUNAI e dos brigadistas nas linhas de frente", disse o Ibama, em nota.
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=438162
Incêndios criminosos consumiram desde julho uma área equivalente a 100 mil campos de futebol na Terra Indígena Marãiwatsédé (localizada em Alto Boa Vista, 1.065 quilômetros de Cuiabá).
A estimativa é do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), que desde o domingo passado (1) retomou a operação de combate aos incêndios na área dos índios da etnia xavante.
O trabalho havia sido interrompido em agosto pela coordenação do Prevfogo, que alegou que faltavam de condições de segurança para a execução do trabalho dos brigadistas.
"Em alguns momentos, por conta da ação dos incendiários, nossas equipes quase ficaram cercadas por frentes de fogo e correram risco de vida. Então decidimos que só voltaríamos com apoio policial", disse Rodrigo Falleiro, chefe do Prevfogo.
Desde julho, segundo ele, foram contabilizados 17 incêndios na área indígena, que atingiram uma área estimada em 100 mil hectares. Dois deles causados acidentalmente pelos xavantes, durante uma limpeza de área e uma coleta de mel.
"Neste caso, os próprios índios nos deram o alerta e o combate foi rápido", diz.
Do restante, cinco foram alvo de perícia e todos, considerados criminosos.
"Encontramos os artefatos utilizados para iniciar os incêndios. Não resta a menor dúvida de que se trata de uma ação deliberada. Precisamos, agora, identificar e punir os criminosos."
O chefe do Prevfogo diz que não há pistas sobre os responsáveis pela situação. Uma das suspeitas é que os episódios estejam ligados ao turbulento processo de desintrusão da área, concluído em dezembro do ano passado.
"Antes da desintrusão, Marãiwatsédé sempre foi marcada por um grande número de focos de calor, mas estes geralmente se relacionavam com ações de limpeza de pastos, em áreas ocupadas por não índios. Essa justificativa não serve agora."
Segundo Falleiro, a chuva que caiu nos últimos dias ajudou a amenizar a situação, mas não foi suficiente para extinguir os focos de incêndio. "Os focos existentes, porém, estão controlados", afirmou.
A retomada da operação conta com 46 brigadistas, 10 servidores do Ibama e quatro integrantes da Polícia Ambiental. O trabalho tem a ajuda de seis camionetes, um caminhão Rodofogo e um helicóptero.
"Policiais Militares do Mato Grosso, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal garantem a segurança das bases avançadas da FUNAI e dos brigadistas nas linhas de frente", disse o Ibama, em nota.
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=438162
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