From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Indígenas bloqueiam E.F.Carajás
26/02/2015
Autor: Emily Coelho
Fonte: Correio do Tocantins (Marabá - PA) - http://www.ctonline.com.br
Seis etnias ligadas ao povo indígena Gavião, da Terra Indígena Mãe Maria, localizada a cerca de 40 km de Marabá, município de Bom Jesus do Tocantins, BR- 222, bloquearam na noite de ontem, (25), a EFC (Estrada de Ferro Carajás). Eles reivindicam renovação do Termo de Compromisso firmado entre Vale e comunidade indígena, bem como amparo às etnias, em troca do direito de uso, por tempo indeterminado, de 412 mil hectares de terras da União adjacentes à mina (Complexo Carajás).
Segundo Kiné Kukukakrykre Parkatejê, uma das lideranças da aldeia, o último Termo de Compromisso venceu em 8 de janeiro. "A Vale está tentando nos empurrar com a barriga, por isso tomamos essa atitude. Todas as seis aldeias decidiram dessa forma. A mineradora disse que só se reúne com todas as etnias juntas, desconsiderando os conflitos internos que existem entre elas", observou ele.
O indígena afirma que atualmente com todas as datas sendo adiadas, o clima na aldeia "Mãe Maria" é de aflição e insegurança. Ele destaca que as 86 famílias não estão sendo assistidas de forma digna. "Quando sentimos uma dor de dente, por exemplo, temos de passar primeiro pela perícia da Vale e aguardar alguns dias até receber o tratamento. Não aguentamos mais isso", expressou Kiné.
A assessoria jurídica da comunidade indígena Parkatejê diz que, a contrapartida que a Vale se comprometeu em executar no tocante a preservação do Meio Ambiente e outros tipos de amparo, vem sendo negligenciadas por meio da não renovação do Termo de Compromisso.
A assessoria jurídica lembra ainda que a EFC que intercepta o território legitimamente indígena foi construída gerando impactos ambientais próprios de empreendimentos lineares, com a fragmentação do território. O jurídico também chama atenção para o fato do licenciamento ambiental da área ainda não ter sido concluído, uma vez que apresentam falhas acerca dos impactos decorrentes da duplicação, sem medições de ruído e interferência no afugentamento de fauna.
Para os advogados que defendem as comunidades indígenas, os impactos ambientais estão sendo suportados pelos índios. "Não havendo sequer monitoramento da fauna atropelada nos trilhos, o que tem contribuído para a escassez da caça." Ainda nas palavras da assessoria jurídica a postura da Vale é desrespeitosa e intransigente.
Vale
Em nota, a mineradora Vale informou que representantes da empresa estiveram reunidos com os indígenas na terça-feira (24) e ontem (25), como parte das negociações voltadas à renovação do Termo de Compromisso firmado com o Povo Indígena Gavião, que já estão em curso desde novembro.
O referido termo prevê o apoio da Vale às ações relacionadas à atenção à saúde, educação, cultura, proteção do território, atividades produtivas e administração. Segundo a nota, desde 1982, a Vale mantém diálogo permanente com o povo Gavião, por ocasião da construção da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e que, desde então, mantém apoio financeiro à comunidade indígena no que diz respeito à execução dessas atividades.
"A empresa reitera sua intenção de manter o canal de comunicação aberto com o Povo Gavião para continuidade do bom relacionamento, com base no respeito às suas características próprias e a legislação vigente. Contudo, a Vale repudia qualquer manifestação violenta que coloque em risco seus empregados e suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito e ratifica que obstruir ferrovia é crime", explica um trecho da nota.
A mineradora ressaltou ainda que o bloqueio ocasionou a paralisação da operação da ferrovia. Portanto, o trem de passageiros que partiria hoje (26) com destino a São Luís não circulará, sendo as remarcações de passagens feitas nas estações a partir de sexta-feira (27).
http://www.ctonline.com.br/?inicial¬icia=maraba&titulo=XAHQoWxx8FTDecgS
Segundo Kiné Kukukakrykre Parkatejê, uma das lideranças da aldeia, o último Termo de Compromisso venceu em 8 de janeiro. "A Vale está tentando nos empurrar com a barriga, por isso tomamos essa atitude. Todas as seis aldeias decidiram dessa forma. A mineradora disse que só se reúne com todas as etnias juntas, desconsiderando os conflitos internos que existem entre elas", observou ele.
O indígena afirma que atualmente com todas as datas sendo adiadas, o clima na aldeia "Mãe Maria" é de aflição e insegurança. Ele destaca que as 86 famílias não estão sendo assistidas de forma digna. "Quando sentimos uma dor de dente, por exemplo, temos de passar primeiro pela perícia da Vale e aguardar alguns dias até receber o tratamento. Não aguentamos mais isso", expressou Kiné.
A assessoria jurídica da comunidade indígena Parkatejê diz que, a contrapartida que a Vale se comprometeu em executar no tocante a preservação do Meio Ambiente e outros tipos de amparo, vem sendo negligenciadas por meio da não renovação do Termo de Compromisso.
A assessoria jurídica lembra ainda que a EFC que intercepta o território legitimamente indígena foi construída gerando impactos ambientais próprios de empreendimentos lineares, com a fragmentação do território. O jurídico também chama atenção para o fato do licenciamento ambiental da área ainda não ter sido concluído, uma vez que apresentam falhas acerca dos impactos decorrentes da duplicação, sem medições de ruído e interferência no afugentamento de fauna.
Para os advogados que defendem as comunidades indígenas, os impactos ambientais estão sendo suportados pelos índios. "Não havendo sequer monitoramento da fauna atropelada nos trilhos, o que tem contribuído para a escassez da caça." Ainda nas palavras da assessoria jurídica a postura da Vale é desrespeitosa e intransigente.
Vale
Em nota, a mineradora Vale informou que representantes da empresa estiveram reunidos com os indígenas na terça-feira (24) e ontem (25), como parte das negociações voltadas à renovação do Termo de Compromisso firmado com o Povo Indígena Gavião, que já estão em curso desde novembro.
O referido termo prevê o apoio da Vale às ações relacionadas à atenção à saúde, educação, cultura, proteção do território, atividades produtivas e administração. Segundo a nota, desde 1982, a Vale mantém diálogo permanente com o povo Gavião, por ocasião da construção da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e que, desde então, mantém apoio financeiro à comunidade indígena no que diz respeito à execução dessas atividades.
"A empresa reitera sua intenção de manter o canal de comunicação aberto com o Povo Gavião para continuidade do bom relacionamento, com base no respeito às suas características próprias e a legislação vigente. Contudo, a Vale repudia qualquer manifestação violenta que coloque em risco seus empregados e suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito e ratifica que obstruir ferrovia é crime", explica um trecho da nota.
A mineradora ressaltou ainda que o bloqueio ocasionou a paralisação da operação da ferrovia. Portanto, o trem de passageiros que partiria hoje (26) com destino a São Luís não circulará, sendo as remarcações de passagens feitas nas estações a partir de sexta-feira (27).
http://www.ctonline.com.br/?inicial¬icia=maraba&titulo=XAHQoWxx8FTDecgS
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.