From Indigenous Peoples in Brazil
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Polícia indicia suspeito de matar menino indígena no Sul de SC
26/01/2016
Fonte: G1 - www.g1.globo.com
A Polícia Civil informou nesta terça-feira (26) que término do inquérito do assassinato do menino indígena Vítor Pinto, de 2 anos, morto no dia 31 de dezembro de 2015 em frente à rodoviária de Imbituba, no Sul catarinense. Matheus de Ávila Silveira, de 23 anos, que confessou o crime, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Segundo o delegado Raphael Giordani, o crime foi cometido por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima, que se alimentava ao lado da mãe quando foi atingido no pescoço com um estilete.
O inquérito seria encaminhado ainda na tarde desta terça ao judiciário, informou o delegado. O documento, de cerca de 200 páginas, compila provas que indicam a autoria do crime, como as roupas sujas de sangue encontradas com o suspeito, as imagens de segurança ao redor da rodoviária, além de depoimentos de testemunhas.
O delegado diz que, caso o jovem seja condenado, poderá cumprir pena de 12 a 30 anos. Nesta etapa do processo, não foi solicitada nenhuma avaliação da condição psicológica do jovem, o que poderá ser solicitado pelo judiciário.
Influência de 'espíritos'
Segundo o delegado, o jovem ainda sustenta que "espíritos disseram que ele deveria matar uma criança". Matheus chegou a dizer que era um "Exu Tranca Rua". Entretanto, o delegado diz que nenhuma relação com "convicção religiosa" pode ser efetivamente comprovada.
O jovem seguia preso temporariamente na Unidade Prisional Avançada de Imbituba nesta terça (26). O delegado informou que, ao entregar o inquérito, também solicitou que a prisão seja convertida de temporária para preventiva.
Provas
Imagens de câmeras de segurança mostraram o movimentação do suspeito pela rodoviária da cidade no Sul catarinense minutos antes do assassinato, e também a reação da mãe, que ainda tentou buscar ajuda com o filho nos braços.
O vídeo mostra o rapaz caminhando pela rodoviária, onde aparece sentado em uma cadeira e passando perto de uma outra criança que brincava no chão. Na sequência, ele aparece atravessando a rua em direção a uma árvore, onde Vitor estava sentado com a mãe, Sônia da Silva.
As imagens mostram que ele se abaixa com calma. Na sequência, ele atinge o menino no pescoço com um canivete e foge. Desesperada, a mãe também sai correndo com o filho. A criança morreu em seguida.
Convicção 'religiosa'
Em depoimento, o suspeito confirmou ser ele a pessoa que aparece nas imagens cometendo o crime. Sobre a motivação, afirmou que ao matar a criança, acreditava que "alcançaria seus objetivos". Ele afirmou ainda que "foi por acaso que encontrou um índio e que não cometeu o crime por motivo de raça, credo ou cor", de acordo com o depoimento.
"Ele fala que não é porque é índio, e sim por ser uma criança, mais indefesa. E o principal, porque isso seria mais impactante para a sociedade", conta o delegado Raphael Giordani.
Defesa alega 'insanidade'
O advogado de Matheus afirmou acreditar que seu cliente sofre de insanidade mental. Ele deve pedir que o suspeito seja avaliado por uma junta médica. "A defesa não tem a expertise, não tem a especialidade para dizer se tem uma doença. É a concepção que nós temos mediante as conversas, os depoimentos, tudo que a gente viu até agora no processo", afirmou o defensor Guilherme Silva Araújo.
Segundo o delegado Raphael Giordani, o crime foi cometido por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima, que se alimentava ao lado da mãe quando foi atingido no pescoço com um estilete.
O inquérito seria encaminhado ainda na tarde desta terça ao judiciário, informou o delegado. O documento, de cerca de 200 páginas, compila provas que indicam a autoria do crime, como as roupas sujas de sangue encontradas com o suspeito, as imagens de segurança ao redor da rodoviária, além de depoimentos de testemunhas.
O delegado diz que, caso o jovem seja condenado, poderá cumprir pena de 12 a 30 anos. Nesta etapa do processo, não foi solicitada nenhuma avaliação da condição psicológica do jovem, o que poderá ser solicitado pelo judiciário.
Influência de 'espíritos'
Segundo o delegado, o jovem ainda sustenta que "espíritos disseram que ele deveria matar uma criança". Matheus chegou a dizer que era um "Exu Tranca Rua". Entretanto, o delegado diz que nenhuma relação com "convicção religiosa" pode ser efetivamente comprovada.
O jovem seguia preso temporariamente na Unidade Prisional Avançada de Imbituba nesta terça (26). O delegado informou que, ao entregar o inquérito, também solicitou que a prisão seja convertida de temporária para preventiva.
Provas
Imagens de câmeras de segurança mostraram o movimentação do suspeito pela rodoviária da cidade no Sul catarinense minutos antes do assassinato, e também a reação da mãe, que ainda tentou buscar ajuda com o filho nos braços.
O vídeo mostra o rapaz caminhando pela rodoviária, onde aparece sentado em uma cadeira e passando perto de uma outra criança que brincava no chão. Na sequência, ele aparece atravessando a rua em direção a uma árvore, onde Vitor estava sentado com a mãe, Sônia da Silva.
As imagens mostram que ele se abaixa com calma. Na sequência, ele atinge o menino no pescoço com um canivete e foge. Desesperada, a mãe também sai correndo com o filho. A criança morreu em seguida.
Convicção 'religiosa'
Em depoimento, o suspeito confirmou ser ele a pessoa que aparece nas imagens cometendo o crime. Sobre a motivação, afirmou que ao matar a criança, acreditava que "alcançaria seus objetivos". Ele afirmou ainda que "foi por acaso que encontrou um índio e que não cometeu o crime por motivo de raça, credo ou cor", de acordo com o depoimento.
"Ele fala que não é porque é índio, e sim por ser uma criança, mais indefesa. E o principal, porque isso seria mais impactante para a sociedade", conta o delegado Raphael Giordani.
Defesa alega 'insanidade'
O advogado de Matheus afirmou acreditar que seu cliente sofre de insanidade mental. Ele deve pedir que o suspeito seja avaliado por uma junta médica. "A defesa não tem a expertise, não tem a especialidade para dizer se tem uma doença. É a concepção que nós temos mediante as conversas, os depoimentos, tudo que a gente viu até agora no processo", afirmou o defensor Guilherme Silva Araújo.
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