From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

News

Escolas Indígenas promovem ações para celebrar o Dia do Índio

18/04/2016

Fonte: Governo da Bahia - http://escolas.educacao.ba.gov.br



As es­colas in­dí­genas da rede es­ta­dual de en­sino da Bahia re­a­lizam ações de co­me­mo­ração ao Dia do índio, ce­le­brado nesta terça-feira (19). No Co­légio Es­ta­dual In­dí­gena de Coroa Ver­melha, no mu­ni­cípio de Santa Cruz Ca­brália, os es­tu­dantes par­ti­cipam de uma pro­gra­mação que reúne ma­ni­fes­tação cul­tural, de­bate e re­flexão sobre a data, com a par­ti­ci­pação da co­mu­ni­dade, du­rante toda a se­mana. Já no Co­légio In­dí­gena Dom Jackson Be­ren­guer, em Eu­clides da Cunha, a pro­gra­mação se es­tende até esta terça-feira (19/04).

Com uma pro­gra­mação vol­tada para a va­lo­ri­zação dos sa­beres cul­tu­rais do povo de etnia Pa­taxó, os es­tu­dantes do Co­légio Es­ta­dual In­dí­gena de Coroa Ver­melha par­ti­cipam de com­pe­tição de ade­reços, jogos in­dí­genas mu­ni­cipal e es­ta­dual, noite cul­tural com co­midas tí­picas e des­file. "Esta data tem um sig­ni­fi­cado forte para nós in­dí­genas porque re­pre­senta re­sis­tência, de que ainda es­tamos aqui lu­tando. É um mo­mento de au­to­a­fir­mação para con­ti­nu­armos nossa luta", disse o gestor do co­légio, Railson Pa­taxó.

Com­posta por es­tu­dantes ín­dios e não-ín­dios, o Co­légio Dom Jackson Be­ren­guer conta com uma pro­gra­mação que es­ti­mula o de­bate e a re­flexão sobre os ín­dios. "Essa data é im­por­tante para apro­fundar sobre ques­tões que fazem parte da nossa his­tória", con­si­dera Fá­tima Car­valho, ges­tora da uni­dade. Para a es­tu­dante Kei­lani Silva, 13 anos, es­tu­dante do 8o ano, de etnia Kaimbé, co­nhecer sobre sua cul­tura e as das ou­tras et­nias é in­te­res­sante. "Eu acho muito in­te­res­sante, porque aprendo na es­cola his­tó­rias que minha avó conta sobre ou­tras cul­turas, além da nossa", diz.


Mesa-re­donda


A Se­cre­taria da Edu­cação do Es­tado abre es­paço para uma mesa-re­donda com a te­má­tica "Abril In­dí­gena: pen­sando onde es­tamos e onde po­demos e pre­ci­samos chegar". O evento acon­te­cerá no dia 28 de abril, no au­di­tório da Se­cre­taria da Edu­cação, no Centro Ad­mi­nis­tra­tivo, que, por meio de pes­quisas re­a­li­zadas por pro­fis­si­o­nais da edu­cação, busca va­lo­rizar a cul­tura e os sa­beres in­dí­genas.

Para Va­luza Sa­raiva, as­ses­sora pe­da­gó­gica da Se­cre­taria da Edu­cação do Es­tado e uma das pa­les­trantes da mesa-re­donda, "trazer o de­bate sobre in­dí­genas na con­tem­po­ra­nei­dade é fun­da­mental para dis­cutir ra­cismo em suas vá­rias ver­tentes (ra­cismo re­li­gioso, ins­ti­tu­ci­onal e tantos ou­tros) para nos re­co­nhe­cermos fa­zendo edu­cação com mais ver­dade e in­tei­reza", de­clara, acres­cen­tando que, entre ou­tros as­suntos, "dis­cu­ti­remos sobre as di­men­sões que a Bahia já avançou e tem avan­çado para dar ro­bustez à área edu­ca­ci­onal nas es­colas in­dí­genas".


Avanços


A Se­cre­taria vem in­ves­tindo em ações para a me­lhoria da qua­li­dade da edu­cação in­dí­gena, que já al­cançam 8.468 es­tu­dantes, oriundos de 16 et­nias em 130 co­mu­ni­dades in­dí­genas, aten­didos pela rede es­ta­dual de en­sino. Estas ações são re­sul­tado do pi­o­nei­rismo do Es­tado na cri­ação da car­reira de pro­fessor in­dí­gena e na re­a­li­zação de con­curso pú­blico es­pe­cí­fico, ga­ran­tindo aos pro­fes­sores o di­reito de in­gressar no quadro per­ma­nente e es­tável do Es­tado, aten­dendo pe­cu­li­a­ri­dades cul­tu­rais, so­ciais, po­lí­ticas e econô­micas.

"O con­curso foi muito im­por­tante para o re­co­nhe­ci­mento e va­lo­ri­zação dos povos in­dí­genas, veio para for­ta­lecer nossa luta", de­clarou a pro­fes­sora in­dí­gena Maria Adal­gisa Xa­vier, de etnia Kaimbé, que dá aula no Co­légio Es­ta­dual Dom Jackson Be­ren­guer, em Eu­clides da Cunha. A pro­fes­sora fala ainda sobre ne­ces­si­dade de se ter um pro­fessor in­dí­gena na al­deia. "Aqui damos aula para ín­dios e não-ín­dios, o co­nhe­ci­mento pas­sado é im­por­tante para que os ín­dios se in­te­ressem e va­lo­rizem sua cul­tura e para que os não-ín­dios co­nheçam a cul­tura e res­peitem".


Edu­cação In­dí­gena


A rede es­ta­dual de en­sino conta com 104 es­paços es­co­lares para edu­cação in­dí­gena, cer­ti­ficou 170 pro­fes­sores com ti­tu­lação em Ma­gis­tério In­dí­gena, Nível Médio, pro­fis­si­o­na­li­zando-os para a ação pe­da­gó­gica es­pe­cí­fica/di­fe­ren­ciada nas es­colas in­dí­genas e re­a­lizou cursos de for­mação con­ti­nuada en­vol­vendo 510 pro­fes­sores in­dí­genas de todo o Es­tado. Para aten­di­mento de edu­cação es­pe­cial, existe a in­ter­lo­cução com a Co­or­de­nação de Edu­cação Es­pe­cial, que pro­move a re­a­li­zação de cursos nesta área para os pro­fes­sores in­dí­genas.



http://escolas.educacao.ba.gov.br/node/21385
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source