From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Após negociação, índios liberam reféns em aldeia no Pará
20/01/2017
Fonte: G1- http://g1.globo.com/
Após dias de negociações entre representantes da Funai e índios da tribo Aúkre, os indígenas decidiram libertar dois empresários na última quinta-feira (19). Eles foram feitos reféns desde a tarde da última terça-feira (17), e após a liberação, partiram da aldeia, localizada em São Félix do Xingu, em um voo fretado pela Funai até o município de Redenção, no sudeste do Pará. O caso também está sendo apurado pela Polícia Federal.
Segundo o empresário matogrossense Tito Lívio Correa, dois amigos dele foram impedidos de deixar a tribo para garantir o pagamento de uma quantia que os nativos exigiam pela utilização de uma pista de pouso localizada na aldeia. Em nota, a Funai de Brasília informou que acompanhava a situação e já entrara em contato com os órgãos competentes.
Tito e outros dois amigos decolaram de Cuiabá no dia 17 em um avião bimotor modelo Baron. O destino seria a cidade de Altamira, no sudeste do Pará, mas o grupo enfrentou mau tempo quando a aeronave sobrevoava a Serra do Cachimbo. O piloto procurou, através do GPS, uma pista homologada para o pouso de emergência durante um temporal e encontrou este local na aldeia.
"Fizemos pouso na pista da aldeia Aúkre, que é homologada, mas os índios chamaram a gente e pediram R$ 30 mil para liberar o avião. Explicamos que era um pouso de emergência, e eu só tinha R$ 3 mil no bolso. Esperamos duas horas e meia, passou a chuva e fomos decolar, mas eles nos cercaram", disse Tito.
Segundo o empresário, ele foi vítima de uma tentativa de extorsão. "Falei que não tinha o dinheiro, e que só teria como conseguir R$ 20 mil. Eles liberaram eu e o piloto, ficou meu sócio e um amigo lá. Fomos para São Félix para sacar o dinheiro, mas outro cacique da região ficou de nos ajudar, para não pagarmos o dinheiro já que era um pouso de emergência. Fretei outro avião, menor, abasteci com compras para levar para a aldeia e iamos lá, só que chegou a Funai e disse que não era para ir. Agora a situação piorou, porque os índios passaram a querer R$ 100 mil", relata.
Susto
No saguão de um hotel em Redenção, o empresário Tito Correa respirava aliviado com o desfecho da história.
"Graças a Deus o pesadelo acabou, estamos aqui com os amigos do lado, de volta e muito felizes pelo desfecho maravilhoso", relatou.
O também empresário Cristian Barreto Lima recorda os momentos de tensão vividos na aldeia indígena.
"O pessoal da floresta protegida chegou lá e argumentou que veio para nos buscar e eu falei 'Agora está tranquilo, nós vamos embora'. E eles fizeram a reunião, conversaram e nada aconteceu. Quando eu vi que eles foram embora e a gente não ia, aí eu comecei a ficar preocupado", relembrou.
Após ver o valor da cobrança aumentar para R$ 100 mil, Tito procurou a Justiça e após três dias de negociação, os outros dois empresários foram liberados.
"Vão ser feitos alguns levantamentos até para confirmar as versões prestadas pelos índios e pelos empresários e o desdobramento a partir daí não tem como adiantar porque primeiro preciso tomar essas providências preliminares até para confirmar as alegações que foram feitas", informou a delegada Shirley Sitta.
Após o susto vivido, o empresário Carlos Egídio só pensa em voltar à vida normal. "Graças a Deus acabou e eu só pensei: 'Tamo no céu' e viemos embora. Agora é outra vida", confessa, aliviado.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2017/01/apos-negociacao-indios-liberam-refens-em-aldeia-no-para.html
Segundo o empresário matogrossense Tito Lívio Correa, dois amigos dele foram impedidos de deixar a tribo para garantir o pagamento de uma quantia que os nativos exigiam pela utilização de uma pista de pouso localizada na aldeia. Em nota, a Funai de Brasília informou que acompanhava a situação e já entrara em contato com os órgãos competentes.
Tito e outros dois amigos decolaram de Cuiabá no dia 17 em um avião bimotor modelo Baron. O destino seria a cidade de Altamira, no sudeste do Pará, mas o grupo enfrentou mau tempo quando a aeronave sobrevoava a Serra do Cachimbo. O piloto procurou, através do GPS, uma pista homologada para o pouso de emergência durante um temporal e encontrou este local na aldeia.
"Fizemos pouso na pista da aldeia Aúkre, que é homologada, mas os índios chamaram a gente e pediram R$ 30 mil para liberar o avião. Explicamos que era um pouso de emergência, e eu só tinha R$ 3 mil no bolso. Esperamos duas horas e meia, passou a chuva e fomos decolar, mas eles nos cercaram", disse Tito.
Segundo o empresário, ele foi vítima de uma tentativa de extorsão. "Falei que não tinha o dinheiro, e que só teria como conseguir R$ 20 mil. Eles liberaram eu e o piloto, ficou meu sócio e um amigo lá. Fomos para São Félix para sacar o dinheiro, mas outro cacique da região ficou de nos ajudar, para não pagarmos o dinheiro já que era um pouso de emergência. Fretei outro avião, menor, abasteci com compras para levar para a aldeia e iamos lá, só que chegou a Funai e disse que não era para ir. Agora a situação piorou, porque os índios passaram a querer R$ 100 mil", relata.
Susto
No saguão de um hotel em Redenção, o empresário Tito Correa respirava aliviado com o desfecho da história.
"Graças a Deus o pesadelo acabou, estamos aqui com os amigos do lado, de volta e muito felizes pelo desfecho maravilhoso", relatou.
O também empresário Cristian Barreto Lima recorda os momentos de tensão vividos na aldeia indígena.
"O pessoal da floresta protegida chegou lá e argumentou que veio para nos buscar e eu falei 'Agora está tranquilo, nós vamos embora'. E eles fizeram a reunião, conversaram e nada aconteceu. Quando eu vi que eles foram embora e a gente não ia, aí eu comecei a ficar preocupado", relembrou.
Após ver o valor da cobrança aumentar para R$ 100 mil, Tito procurou a Justiça e após três dias de negociação, os outros dois empresários foram liberados.
"Vão ser feitos alguns levantamentos até para confirmar as versões prestadas pelos índios e pelos empresários e o desdobramento a partir daí não tem como adiantar porque primeiro preciso tomar essas providências preliminares até para confirmar as alegações que foram feitas", informou a delegada Shirley Sitta.
Após o susto vivido, o empresário Carlos Egídio só pensa em voltar à vida normal. "Graças a Deus acabou e eu só pensei: 'Tamo no céu' e viemos embora. Agora é outra vida", confessa, aliviado.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2017/01/apos-negociacao-indios-liberam-refens-em-aldeia-no-para.html
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