From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Índios do Xingu fazem homenagem a médico
27/05/2017
Autor: ABRAMCZYK, Julio
Fonte: FSP, Ciência, p. B7
Índios do Xingu fazem homenagem a médico
Julio Abramczyk
Os índios da aldeia Kamaiurá do Parque Nacional do Xingu programaram para o dia 5 de agosto a cerimônia fúnebre Quarup em homenagem ao médico Roberto G. Baruzzi, morto no ano passado. É esperada a presença de cerca de 1.500 índios de aldeias vizinhas.
O ritual marca o fim de um ano de luto e é realizado ao longo de três dias. Antropólogos dividem o Quarup em "festas para espíritos" e "festas para pessoas importantes", como as realizadas para os irmãos Cláudio e Orlando Villas Boas, responsáveis pela implantação do Parque Nacional do Xingu em 1961.
O Projeto Xingu de atenção à saúde dos índios começou em 1965 quando Orlando Villas Boas convidou um grupo de médicos da Escola Paulista de Medicina para avaliar as condições de saúde dos povos indígenas de lá. A primeira caravana médica foi coordenada pelo professor Baruzzi.
De 1970 até 2005, a população indígena local passou de 1.220 índios para cerca de 5.000 e continua crescendo.
O estudante que trabalhava à noite na Caixa Econômica Federal para pagar o curso médico da Escola Paulista de Medicina (à época particular) e que optou pela carreira acadêmica e de professor na Unifesp continuou a coordenar, de 1965 a 1996, o Projeto Xingu, permanecendo depois como consultor do projeto.
Há alguns anos, já idoso, em visita à aldeia Kamaiurá, um dos caciques ofereceu-lhe um Quarup para homenageá-lo. Rápido, Baruzzi respondeu: "Não tenha pressa". O dia chegou.
Julio Abramczyk
Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
FSP, 27/05/2017, Ciência, p. B7
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/julioabramczyk/2017/05/1887869-indios-do-xingu-fazem-homenagem-a-medico.shtml
Julio Abramczyk
Os índios da aldeia Kamaiurá do Parque Nacional do Xingu programaram para o dia 5 de agosto a cerimônia fúnebre Quarup em homenagem ao médico Roberto G. Baruzzi, morto no ano passado. É esperada a presença de cerca de 1.500 índios de aldeias vizinhas.
O ritual marca o fim de um ano de luto e é realizado ao longo de três dias. Antropólogos dividem o Quarup em "festas para espíritos" e "festas para pessoas importantes", como as realizadas para os irmãos Cláudio e Orlando Villas Boas, responsáveis pela implantação do Parque Nacional do Xingu em 1961.
O Projeto Xingu de atenção à saúde dos índios começou em 1965 quando Orlando Villas Boas convidou um grupo de médicos da Escola Paulista de Medicina para avaliar as condições de saúde dos povos indígenas de lá. A primeira caravana médica foi coordenada pelo professor Baruzzi.
De 1970 até 2005, a população indígena local passou de 1.220 índios para cerca de 5.000 e continua crescendo.
O estudante que trabalhava à noite na Caixa Econômica Federal para pagar o curso médico da Escola Paulista de Medicina (à época particular) e que optou pela carreira acadêmica e de professor na Unifesp continuou a coordenar, de 1965 a 1996, o Projeto Xingu, permanecendo depois como consultor do projeto.
Há alguns anos, já idoso, em visita à aldeia Kamaiurá, um dos caciques ofereceu-lhe um Quarup para homenageá-lo. Rápido, Baruzzi respondeu: "Não tenha pressa". O dia chegou.
Julio Abramczyk
Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
FSP, 27/05/2017, Ciência, p. B7
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/julioabramczyk/2017/05/1887869-indios-do-xingu-fazem-homenagem-a-medico.shtml
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.