From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Desmatamento na Amazônia sobe 33,2% em julho, mas cai 45,7% em um ano
07/08/2024
Fonte: Valor Econômico - https://valor.globo.com/
Desmatamento na Amazônia sobe 33,2% em julho, mas cai 45,7% em um ano
No cerrado, porém, a alta foi de 9%, levando-se em conta os meses entre agosto de 2023 e julho de 2024
Fabio Murakawa
07/08/2024
O desmatamento na Amazônia aumentou 33,2%, para 666 quilômetros quadrados em julho em comparação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje o Ministério do Meio Ambiente (MMA) com base em dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entretanto, se considerados os dados anuais, a tendência é inversa. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a queda foi de 45,7% em relação ao período anterior, chegando a 4.315 quilômetros quadrados, ante 7.952 quilômetros quadrados registrados no período anterior. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a queda havia sido de 7,4%.
No cerrado, porém, a alta foi de 9%, levando-se em conta os meses entre agosto de 2023 e julho de 2024. Com 7.015 quilômetros quadrados, o bioma bateu um recorde negativo de alertas de desmatamento.
Secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco listou vários fatores sazonais e circunstanciais, como a seca intensa, a greve dos servidores do Ibama e o ano eleitoral, para explicar a alta do desmate amazônico no mês de julho.
"São vários fatores que explicam isso. Em todos os anos, o mês de julho é um período de aceleração do desmatamento. Segundo, que neste ano temos questões atípicas. Temos uma seca muito intensa na Amazônia. Temos um período eleitoral, que via de regra cria algumas dificuldades nos processos de controle do desmatamento, por estímulo à ocupação em muitas áreas", afirmou. "E, temos também a greve do Ibama, que tem algumas consequências. Mas, realmente, na série anual a redução é extremamente importante."
Capobianco afirmou que a expressiva queda do desmatamento em julho do ano passado explica o índice ruim registrado no mesmo período deste ano. Ele exemplificou dizendo que, mesmo com a alta de 33,2% em relação a 2023, o desmatamento foi 55,2% menor do que o registrado em julho de 2022.
Cerrado em alerta
Capobianco afirmou ainda uma preocupação especial com os Estados do chamado Matopiba, que concentraram 75% das áreas sob alerta de desmatamento do bioma entre agosto de 2023 e julho de 2024. Desses, três registraram aumentos expressivos no desmate: Maranhão (30,9%), Tocantins (58,6%) e Piauí (14,7%). Na Bahia, houve uma queda de 52% no período.
Ao todo, apenas 53 municípios somam metade dos alertas de desmatamento do Cerrado. Eles representam 4% dos municípios do bioma.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/08/07/desmatamento-na-amaznia-sobe-332-pontos-percentuais-em-julho-mas-cai-457-em-um-ano.ghtml
No cerrado, porém, a alta foi de 9%, levando-se em conta os meses entre agosto de 2023 e julho de 2024
Fabio Murakawa
07/08/2024
O desmatamento na Amazônia aumentou 33,2%, para 666 quilômetros quadrados em julho em comparação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje o Ministério do Meio Ambiente (MMA) com base em dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entretanto, se considerados os dados anuais, a tendência é inversa. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a queda foi de 45,7% em relação ao período anterior, chegando a 4.315 quilômetros quadrados, ante 7.952 quilômetros quadrados registrados no período anterior. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a queda havia sido de 7,4%.
No cerrado, porém, a alta foi de 9%, levando-se em conta os meses entre agosto de 2023 e julho de 2024. Com 7.015 quilômetros quadrados, o bioma bateu um recorde negativo de alertas de desmatamento.
Secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco listou vários fatores sazonais e circunstanciais, como a seca intensa, a greve dos servidores do Ibama e o ano eleitoral, para explicar a alta do desmate amazônico no mês de julho.
"São vários fatores que explicam isso. Em todos os anos, o mês de julho é um período de aceleração do desmatamento. Segundo, que neste ano temos questões atípicas. Temos uma seca muito intensa na Amazônia. Temos um período eleitoral, que via de regra cria algumas dificuldades nos processos de controle do desmatamento, por estímulo à ocupação em muitas áreas", afirmou. "E, temos também a greve do Ibama, que tem algumas consequências. Mas, realmente, na série anual a redução é extremamente importante."
Capobianco afirmou que a expressiva queda do desmatamento em julho do ano passado explica o índice ruim registrado no mesmo período deste ano. Ele exemplificou dizendo que, mesmo com a alta de 33,2% em relação a 2023, o desmatamento foi 55,2% menor do que o registrado em julho de 2022.
Cerrado em alerta
Capobianco afirmou ainda uma preocupação especial com os Estados do chamado Matopiba, que concentraram 75% das áreas sob alerta de desmatamento do bioma entre agosto de 2023 e julho de 2024. Desses, três registraram aumentos expressivos no desmate: Maranhão (30,9%), Tocantins (58,6%) e Piauí (14,7%). Na Bahia, houve uma queda de 52% no período.
Ao todo, apenas 53 municípios somam metade dos alertas de desmatamento do Cerrado. Eles representam 4% dos municípios do bioma.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/08/07/desmatamento-na-amaznia-sobe-332-pontos-percentuais-em-julho-mas-cai-457-em-um-ano.ghtml
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