From Indigenous Peoples in Brazil
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Novo presidente de mineradora canadense no Brasil já foi proibido de entrar em aldeia indígena
01/07/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Novo presidente de mineradora canadense no Brasil já foi proibido de entrar em aldeia indígena
01/07/2025
Rodrigo Castro
O anúncio de Adriano Espeschit como novo presidente da mineradora canadense Belo Sun no Brasil acendeu o alerta de indígenas.
O executivo comandava a Potássio do Brasil, que sob sua gestão foi acusada pelo povo Mura e pelo MPF de uma série de irregularidadesno curso do licenciamento para exploração do minério nas terras em processo de demarcação pela Funai. Entre as queixas, estavam cooptação, assédia e até ameaças de morte de indígenas.
No ano passado, a Justiça Federal do Amazonas proibiu Espeschit de entrar em uma aldeia indígena em Autazes (AM), sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo a decisão, o então presidente da Potássio do Brasil pretendia ir ao local explicar pessoalmente o projeto de exploração pela companhia, mas ele não tinha autorização judicial nem da Funai para ingressar no território.
A juíza do caso afirmou que a terra se tratava de um "asilo inviolável", não sendo permitida a entrada sem consentimento dos moradores.
Relatórios do MPF apontaram que a atuação da empresa sob sua liderança fragmentou a comunidade Mura e resultou em um processo de consulta considerado fraudulento, que excluiu e silenciou as comunidades mais impactadas pelo projeto.
Segundo avaliação da Amazon Watch, tal histórico preocupa, dada a possibilidade de que o mesmo padrão seja replicado no Pará.
De acordo com uma porta-voz da organização, "a soma dessas experiências indica que Espeschit é um executivo treinado para avançar empreendimentos mesmo diante de fortes resistências sociais e ambientais, e até mesmo impasses legais".
Diz:
"Sua nomeação pela Belo Sun sinaliza que a mineradora pode buscar repetir táticas já denunciadas em outros territórios. Em uma região tão fragilizada quanto a Volta Grande do Xingu, que já sofre com os impactos da hidrelétrica de Belo Monte, sua chegada exige vigilância redobrada da sociedade civil, do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização ambiental".
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/07/novo-presidente-de-mineradora-canadense-no-brasil-ja-foi-proibido-de-entrar-em-aldeia-indigena.ghtml
01/07/2025
Rodrigo Castro
O anúncio de Adriano Espeschit como novo presidente da mineradora canadense Belo Sun no Brasil acendeu o alerta de indígenas.
O executivo comandava a Potássio do Brasil, que sob sua gestão foi acusada pelo povo Mura e pelo MPF de uma série de irregularidadesno curso do licenciamento para exploração do minério nas terras em processo de demarcação pela Funai. Entre as queixas, estavam cooptação, assédia e até ameaças de morte de indígenas.
No ano passado, a Justiça Federal do Amazonas proibiu Espeschit de entrar em uma aldeia indígena em Autazes (AM), sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo a decisão, o então presidente da Potássio do Brasil pretendia ir ao local explicar pessoalmente o projeto de exploração pela companhia, mas ele não tinha autorização judicial nem da Funai para ingressar no território.
A juíza do caso afirmou que a terra se tratava de um "asilo inviolável", não sendo permitida a entrada sem consentimento dos moradores.
Relatórios do MPF apontaram que a atuação da empresa sob sua liderança fragmentou a comunidade Mura e resultou em um processo de consulta considerado fraudulento, que excluiu e silenciou as comunidades mais impactadas pelo projeto.
Segundo avaliação da Amazon Watch, tal histórico preocupa, dada a possibilidade de que o mesmo padrão seja replicado no Pará.
De acordo com uma porta-voz da organização, "a soma dessas experiências indica que Espeschit é um executivo treinado para avançar empreendimentos mesmo diante de fortes resistências sociais e ambientais, e até mesmo impasses legais".
Diz:
"Sua nomeação pela Belo Sun sinaliza que a mineradora pode buscar repetir táticas já denunciadas em outros territórios. Em uma região tão fragilizada quanto a Volta Grande do Xingu, que já sofre com os impactos da hidrelétrica de Belo Monte, sua chegada exige vigilância redobrada da sociedade civil, do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização ambiental".
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/07/novo-presidente-de-mineradora-canadense-no-brasil-ja-foi-proibido-de-entrar-em-aldeia-indigena.ghtml
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