From Indigenous Peoples in Brazil
News
Três décadas perdidas
18/03/2001
Autor: Marcus Fernando Fiori
Fonte: Jornal do Brasil - Rio de Janeiro - RJ
Boatos fizeram lavrador deixar de investir em 69
Os agricultores também estranham não ser indenizados como em qualquer processo de desapropriação. "De fato, eles não têm direito a indenizações", afirma o procurador da República no Pará Ubiratan Gazetta. "Mas poderiam questionar o Estado judicialmente, já que, estando documentados, os sertanejos estariam na terrai indígena por responsabilidade da União."
Mais do que perder a propriedade, a revolta dos sertanejos está no fato de terem perdido mais de 30 anos. Desde que começaram os rumores sobre a criação da terra indígena, em 1969, não investiram, não construíram, não produziram, não cresceram. Não valia a pena, pois estavam por perder as propriedades, o que não aconteceu até hoje.
"Seria muito melhor que essa história tivesse se resolvido há 30 anos. Iríamos para outros lugares e recomeçaríamos nossas vidas. Agora, estamos mais sem alternativa do que nunca", diz Joan Ferraz Mota Pereira, de 26 anos, dono de 300 hectares de terras em Amarante do Maranhão.
Os agricultores também estranham não ser indenizados como em qualquer processo de desapropriação. "De fato, eles não têm direito a indenizações", afirma o procurador da República no Pará Ubiratan Gazetta. "Mas poderiam questionar o Estado judicialmente, já que, estando documentados, os sertanejos estariam na terrai indígena por responsabilidade da União."
Mais do que perder a propriedade, a revolta dos sertanejos está no fato de terem perdido mais de 30 anos. Desde que começaram os rumores sobre a criação da terra indígena, em 1969, não investiram, não construíram, não produziram, não cresceram. Não valia a pena, pois estavam por perder as propriedades, o que não aconteceu até hoje.
"Seria muito melhor que essa história tivesse se resolvido há 30 anos. Iríamos para outros lugares e recomeçaríamos nossas vidas. Agora, estamos mais sem alternativa do que nunca", diz Joan Ferraz Mota Pereira, de 26 anos, dono de 300 hectares de terras em Amarante do Maranhão.
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