From Indigenous Peoples in Brazil
News
Governador atrapalha operação da PF
31/01/2002
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
José Orcírio dos Santos determinou que a Polícia Militar cancelasse o apoio para que os agentes realizassem a desocupação
Uma determinação que partiu do governador José Orcírio dos Santos acabou "abortando" a operação de despejo de 300 índios, na Fazenda Fronteira, em Antônio João, comandada pela Polícia Federal. Envolvendo diárias, deslocamento de viaturas e da equipe especial de Brasília, entre outras estruturas, calcula-se que a Polícia Federal tenha gastado mais de R$ 30 mil, dinheiro público, que acabou sendo totalmente desperdiçado.
Pela manhã a justificativa do chefe da Casa Civil, Ben Hur Ferreira, para explicar a decisão do governador é que ele teria recebido um telefonema do ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, informando que a reintegração de posse não seria mais realizada. Já no início da tarde, ele disse que se confundiu e que na verdade o telefonema teria partido do ministro da Justiça, Aloysio Nunes.
Independentemente de qual ministro teria feito a suposta ligação ao governador, o fato é que em Brasília não havia sido confirmada esta decisão. O ministro Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário, disse ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, desconhecer as supostas ordens para que a polícia se afastasse das negociações para desocupação da Fazenda Fronteira, em Antônio João. "Daqui é que essa ordem não partiu", afirmou um dos assessores do ministro. No Ministério da Justiça a posição foi a mesma, informando que nenhuma decisão oficial neste sentido havia sido feita.
A Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul também informou ontem que não havia recebido nenhuma orientação de Brasília do Ministério da Justiça para cancelar o despejo. Desta forma, as justificativas passadas pelo Governo acabaram tendo repercussão negativa tanto em Brasília, como entre os agentes da Polícia Federal. Como o Comando da Polícia Militar de Ponta Porã não tinha autorização para prosseguir na ação, os 70 agentes que haviam sido mobilizados acabaram retornando para suas bases operacionais em Naviraí, Dourados e Campo Grande.
A Polícia Federal, que contava com o apoio de no mínimo 100 soldados da Polícia Militar, alegou que sem este reforço não teria condições de realizar o despejo, conforme o que havia sido planejado.
Ontem de manhã, o boato do recuo do Governo do Estado acabou provocando um corre-corre de policiais na fronteira, numa mobilização jamais vista na região. No entanto todos os esforços para concretizar a operação foram em vão. No final da manhã os policiais convocados de outras cidades do Estado e do Distrito Federal foram liberados.
Uma determinação que partiu do governador José Orcírio dos Santos acabou "abortando" a operação de despejo de 300 índios, na Fazenda Fronteira, em Antônio João, comandada pela Polícia Federal. Envolvendo diárias, deslocamento de viaturas e da equipe especial de Brasília, entre outras estruturas, calcula-se que a Polícia Federal tenha gastado mais de R$ 30 mil, dinheiro público, que acabou sendo totalmente desperdiçado.
Pela manhã a justificativa do chefe da Casa Civil, Ben Hur Ferreira, para explicar a decisão do governador é que ele teria recebido um telefonema do ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, informando que a reintegração de posse não seria mais realizada. Já no início da tarde, ele disse que se confundiu e que na verdade o telefonema teria partido do ministro da Justiça, Aloysio Nunes.
Independentemente de qual ministro teria feito a suposta ligação ao governador, o fato é que em Brasília não havia sido confirmada esta decisão. O ministro Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário, disse ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, desconhecer as supostas ordens para que a polícia se afastasse das negociações para desocupação da Fazenda Fronteira, em Antônio João. "Daqui é que essa ordem não partiu", afirmou um dos assessores do ministro. No Ministério da Justiça a posição foi a mesma, informando que nenhuma decisão oficial neste sentido havia sido feita.
A Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul também informou ontem que não havia recebido nenhuma orientação de Brasília do Ministério da Justiça para cancelar o despejo. Desta forma, as justificativas passadas pelo Governo acabaram tendo repercussão negativa tanto em Brasília, como entre os agentes da Polícia Federal. Como o Comando da Polícia Militar de Ponta Porã não tinha autorização para prosseguir na ação, os 70 agentes que haviam sido mobilizados acabaram retornando para suas bases operacionais em Naviraí, Dourados e Campo Grande.
A Polícia Federal, que contava com o apoio de no mínimo 100 soldados da Polícia Militar, alegou que sem este reforço não teria condições de realizar o despejo, conforme o que havia sido planejado.
Ontem de manhã, o boato do recuo do Governo do Estado acabou provocando um corre-corre de policiais na fronteira, numa mobilização jamais vista na região. No entanto todos os esforços para concretizar a operação foram em vão. No final da manhã os policiais convocados de outras cidades do Estado e do Distrito Federal foram liberados.
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