From Indigenous Peoples in Brazil
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News

PF retirou 2.500 garimpeiros mas 1.200 voltaram em poucos dias

05/05/2002

Autor: Jailton de Carvalho

Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ



A maior preocupação da Polícia Federal e da Fundação Nacional do Índios (Funai) é o inchaço e a perda do controle do garimpo. Depois de retirar 2.500 garimpeiros da reserva entre março e abril, a PF descobriu que pelo menos 1.200 garimpeiros já voltaram à atividade. Existem ainda pelo menos três mil garimpeiros nas cidades vizinhas assediando os 2.600 quilômetros do perímetro da reserva. Os policiais estão esgotados com a constante reocupação do garimpo, é como se estivessem jogando um eterno pingue-pongue.

- O governo tem que chamar para si a responsabilidade de resolver este problema. Senão, mais cedo ou mais tarde, vamos ter aqui uma tragédia parecida com o caso dos ianomâmi - disse o delegado Márcio Valério de Souza.

Dinheiro está atraindo até outras etnias

O ponto de vista do delegado é compartilhado por técnicos da Funai. Isso porque o dinheiro está atraindo para a reserva índios de outras etnias, como suruís e xavantes, que reivindicam o direito sobre o garimpo. Para os técnicos da Funai, o governo tem que tentar, o mais cedo possível, regularizar a exploração de atividades econômicas em áreas indígenas.

A idéia é que os índios explorem o diamante, mas sob forte supervisão do governo. Os diamantes seriam taxados e depois comprados pela Caixa Econômica Federal.

- Só assim o governo teria como cobrar os devidos impostos e formar um fundo para custear um plano de recuperação ambiental - disse Antenor Gonçalves Bastos Filho, assessor da presidência da Funai.

Mas o sinal de alerta já acendeu no Palácio do Planalto. Amanhã, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, deverá tratar do assunto com o ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. Da reunião deverão participar também o presidente da Funai, Glênio Alvarez, e representantes do Ministério Público Federal.

- Precisamos dar um basta. O contrabando está muito alto - disse o procurador da República Pedro Taques.
 

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