From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Parlamentares discordam de ampliação da serra da Moça
18/02/2002
Fonte: Folha de Boa Vista-RR
A proposta de revisão da terra indígena serra da Moça para ampliar os limites da área feita por índios da região não é aceita pelos parlamentares ouvidos pela Folha.
Segundo o senador Romero Jucá (PSDB), a questão indígena está sendo mal conduzida. "De 1991 para cá, essa questão já deveria estar resolvida. O governo estadual erra quando se omite".
Ele acredita que a demarcação deve ser feita de uma só vez e o restante deve ser trabalhado para o desenvolvimento do Estado. "O governo estadual precisa se envolver nisso. Os parlamentares estão à disposição e já passou da hora de ser feito um levantamento geral. Enquanto não houver controle, a ampliação vai afetar todo o Estado", advertiu Jucá.
Para o senador, quando o governo movimenta a questão indígena, não se deve criar conflitos entre os índios e não-índios. "O índio precisa de terra, mas temos que definir o perfil das áreas do Exército, área ambiental e da União. Tem que ser resolvido no entendimento", analisou. Já o deputado Federal Almir Sá (PPB) afirma que os índios têm muita terra. "Eles precisam cultivá-las, só que temos que analisar a realidade. Metade do Estado está passando por isso", falou, sugerindo que seja feito um aperfeiçoamento de tecnologia para que os índios produzam dentro dos recursos naturais existentes.
"O Governo Federal tem, através da Funai, que implantar um sistema de irrigação, por exemplo. Não adianta estender a área e os índios permanecerem com fome", reforçando que os índios são inteligentes e têm total condição de absorver a tecnologia.
Sá diz ser um absurdo tirar pessoas que estão produzindo com alta tecnologia das terras. Segundo uma proposta de sua autoria que está em tramitação no Congresso Nacional, para demarcar áreas indígenas é preciso ser aprovado pelo próprio Congresso.
DESCASO - O deputado federal Salomão Cruz (PFL) vê a situação com preocupação. "Estamos pagando o preço pelo descaso da política na demarcação da terra. A sociedade não tem vez e não opina. Meia dúzia de índios se reúne e pede para que suas terras sejam ampliadas e a Funai aceita", discorda.
Para ele, a única explicação para a ampliação das terras indígenas é o aumento demográfico daquela população. "A Funai, o CIR (Conselho Indígena de Roraima) e a Igreja Católica estão reunidos para ampliar as terras dos índios. Quem sabe nessa área não tem índios de outras malocas que já foram demarcadas?", questionou, falando de uma possível corrente migratória de índios, para justificar o aumento das terras.
EMPRESÁRIO - Ouvido pela reportagem da Folha, o rizicultor Paulo César Quartiero também discorda sobre a ampliação de áreas indígenas. "Essa situação está fugindo do controle. É o futuro do Estado que está sendo comprometido. Está instalado o caos em Roraima".
Segundo ele, "está ocorrendo um vácuo no governo para fazer propostas absurdas. Os índios querem progresso, estradas".
Conforme ele, falta desenvolvimento. "Se tivéssemos agricultura e pecuária fortes, isso não estaria acontecendo", declarou.
Segundo o senador Romero Jucá (PSDB), a questão indígena está sendo mal conduzida. "De 1991 para cá, essa questão já deveria estar resolvida. O governo estadual erra quando se omite".
Ele acredita que a demarcação deve ser feita de uma só vez e o restante deve ser trabalhado para o desenvolvimento do Estado. "O governo estadual precisa se envolver nisso. Os parlamentares estão à disposição e já passou da hora de ser feito um levantamento geral. Enquanto não houver controle, a ampliação vai afetar todo o Estado", advertiu Jucá.
Para o senador, quando o governo movimenta a questão indígena, não se deve criar conflitos entre os índios e não-índios. "O índio precisa de terra, mas temos que definir o perfil das áreas do Exército, área ambiental e da União. Tem que ser resolvido no entendimento", analisou. Já o deputado Federal Almir Sá (PPB) afirma que os índios têm muita terra. "Eles precisam cultivá-las, só que temos que analisar a realidade. Metade do Estado está passando por isso", falou, sugerindo que seja feito um aperfeiçoamento de tecnologia para que os índios produzam dentro dos recursos naturais existentes.
"O Governo Federal tem, através da Funai, que implantar um sistema de irrigação, por exemplo. Não adianta estender a área e os índios permanecerem com fome", reforçando que os índios são inteligentes e têm total condição de absorver a tecnologia.
Sá diz ser um absurdo tirar pessoas que estão produzindo com alta tecnologia das terras. Segundo uma proposta de sua autoria que está em tramitação no Congresso Nacional, para demarcar áreas indígenas é preciso ser aprovado pelo próprio Congresso.
DESCASO - O deputado federal Salomão Cruz (PFL) vê a situação com preocupação. "Estamos pagando o preço pelo descaso da política na demarcação da terra. A sociedade não tem vez e não opina. Meia dúzia de índios se reúne e pede para que suas terras sejam ampliadas e a Funai aceita", discorda.
Para ele, a única explicação para a ampliação das terras indígenas é o aumento demográfico daquela população. "A Funai, o CIR (Conselho Indígena de Roraima) e a Igreja Católica estão reunidos para ampliar as terras dos índios. Quem sabe nessa área não tem índios de outras malocas que já foram demarcadas?", questionou, falando de uma possível corrente migratória de índios, para justificar o aumento das terras.
EMPRESÁRIO - Ouvido pela reportagem da Folha, o rizicultor Paulo César Quartiero também discorda sobre a ampliação de áreas indígenas. "Essa situação está fugindo do controle. É o futuro do Estado que está sendo comprometido. Está instalado o caos em Roraima".
Segundo ele, "está ocorrendo um vácuo no governo para fazer propostas absurdas. Os índios querem progresso, estradas".
Conforme ele, falta desenvolvimento. "Se tivéssemos agricultura e pecuária fortes, isso não estaria acontecendo", declarou.
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