From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
Assassinato de Cinta-Larga acentua tensão na reserva Roosevelt-RO
02/03/2002
Fonte: Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
O assassinato do índio César Cinta-Larga, de 38 anos, aumentou o clima de tensão na área de exploração ilegal de diamantes na reserva indígena de Roosevelt, no município de Espigão d'Oeste, a 50 quilômetros da capital de Rondônia. O corpo de César foi encontrado na quinta-feira, abandonado à beira de uma estrada. Nos últimos 12 meses, a Polícia Federal localizou cinco corpos de garimpeiros na região, uma reserva de 200 mil hectares de floresta invadida por quase 3.000 aventureiros em busca de riqueza. César foi o primeiro índio a morrer na disputa pela exploração de pedras preciosas.
No local do crime, foram recolhidas seis cápsulas deflagradas de revólver calibre 38. Não havia, porém, nenhuma marca de tiro no corpo, encontrado com a mão esquerda decepada. ''A morte pode ter sido por asfixia ou por anemia aguda'', explicou o delegado do município, Raimundo Mendes de Souza Filho. Pelo estado do corpo, os legistas calculam que o índio tenha sido morto no domingo.
Morador de Espigão do Oeste, César trabalhava no garimpo ilegal de diamantes. Tinha vendido a draga e teria repartido 70 diamantes com os sócios. Para a polícia, o índio pode ter sido vítima de matadores contratados por mineradores em disputa pela exploração de pedras preciosas na reserva, que costumam marcar as vítimas com a amputação das mãos. A morte de César aconteceu na mesma semana em que representantes da tribo cinta-larga estiveram na Funai para pedir a retirada de garimpeiros da área.
Parte dos índios da tribo ganhou dinheiro autorizando a entrada de garimpeiros, mas a situação fugiu do controle. No ano passado, a Polícia Federal retirou cerca de 2 mil garimpeiros das terras indígenas. Todos voltaram, e, hoje, 3 mil garimpeiros atuam clandestinamente na região. Os agentes da PF calculam que o negócio ilegal movimentou 50 milhões de dólares no ano passado, e constataram o envolvimento de servidores públicos.
Hoje, uma comissão de representantes do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Funai se reúnem em Rondônia para concluir detalhes de uma grande operação de combate ao garimpo ilegal, planejada desde janeiro. Na Funai, há quem defenda uma intervenção federal, com a participação do Exército. O medo da repressão do governo provocou uma migração em massa de garimpeiros para as cidades nos últimos sete dias.
No local do crime, foram recolhidas seis cápsulas deflagradas de revólver calibre 38. Não havia, porém, nenhuma marca de tiro no corpo, encontrado com a mão esquerda decepada. ''A morte pode ter sido por asfixia ou por anemia aguda'', explicou o delegado do município, Raimundo Mendes de Souza Filho. Pelo estado do corpo, os legistas calculam que o índio tenha sido morto no domingo.
Morador de Espigão do Oeste, César trabalhava no garimpo ilegal de diamantes. Tinha vendido a draga e teria repartido 70 diamantes com os sócios. Para a polícia, o índio pode ter sido vítima de matadores contratados por mineradores em disputa pela exploração de pedras preciosas na reserva, que costumam marcar as vítimas com a amputação das mãos. A morte de César aconteceu na mesma semana em que representantes da tribo cinta-larga estiveram na Funai para pedir a retirada de garimpeiros da área.
Parte dos índios da tribo ganhou dinheiro autorizando a entrada de garimpeiros, mas a situação fugiu do controle. No ano passado, a Polícia Federal retirou cerca de 2 mil garimpeiros das terras indígenas. Todos voltaram, e, hoje, 3 mil garimpeiros atuam clandestinamente na região. Os agentes da PF calculam que o negócio ilegal movimentou 50 milhões de dólares no ano passado, e constataram o envolvimento de servidores públicos.
Hoje, uma comissão de representantes do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Funai se reúnem em Rondônia para concluir detalhes de uma grande operação de combate ao garimpo ilegal, planejada desde janeiro. Na Funai, há quem defenda uma intervenção federal, com a participação do Exército. O medo da repressão do governo provocou uma migração em massa de garimpeiros para as cidades nos últimos sete dias.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source