From Indigenous Peoples in Brazil
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Noticias
Grupo de índios deixa isolamento e chega a aldeia caiapó em MT
02/06/2007
Fonte: Folha de S.Paulo
Um grupo de índios metyktire, que optou pelo isolamento no sul do Pará há 50 anos, percorreu por cinco dias cerca de 100 km na floresta amazônica e atravessou a divisa com Mato Grosso para fugir de ataques de garimpeiros ou madeireiros, segundo informou a Funai (Fundação Nacional do Índio).
Hoje 87 metyktire (caiapós) estão refugiados na aldeia Kapot, ocupada por índios da mesma etnia, mas que, nos anos 50, aceitaram manter contato com brancos e têm como líder Megaron Txucarramãe, também administrador da Funai em Colíder (MT). A Funai não tem informações de índios feridos ou mortos na área que ocupavam no sul do Pará e se ainda restam membros da etnia no local.
No meio indígena, eles eram considerados desaparecidos, por morte em supostos conflitos ou vítimas de epidemia.
"É como se uma família de judeus que sobreviveu ao Holocausto 30 ou 40 anos depois descobrisse que boa parte de seus parentes sobreviveu", disse o presidente da Funai, Márcio Meira. "Há um sentimento de comoção em toda a área caiapó. Uma gravação de cantos [dos isolados] foi espalhada via rádio para todas as aldeias."
A aldeia Kapot, onde buscaram refúgio, fica próxima ao local da queda do Boeing da Gol, em outubro do ano passado.
Por precaução, a Funai determinou que o contato com os 87 metyktire fique restrito aos indígenas, para evitar que sejam expostos a vírus. Os cerca de 500 índios da aldeia Kapot serão vacinados.
Os contatos da Funai com o local ocorrem apenas via rádio do líder Megaron. Segundo a autarquia, os 87 índios isolados estão num acampamento afastado 2 km da aldeia. A pista de pouso da aldeia está interditada pela Funai, e uma equipe da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) está de prontidão.
"[Essa migração de etnias] é uma situação absolutamente inusitada", disse Elias Bigio, da coordenação de índios isolados da Funai. Segundo ele, há referência sobre 68 grupos isolados no país --a maioria por opção.
Segundo a Funai, no anos 50, após expedições do governo terem localizado os metyktire no norte de Mato Grosso, parte deles (familiares desses 87) preferiu o isolamento e rumou para o sul do Pará.
O primeiro contato com índios da aldeia Kapot ocorreu na quinta da semana passada. Parentes distantes do cacique Raoni, os índios isolados usam botoque (disco de madeira preso no lábio), arco e flecha e pintam os rostos de vermelho e preto. Entre o sul do Pará e o norte de Mato Grosso vivem cerca de 7.000 caiapós.
Hoje 87 metyktire (caiapós) estão refugiados na aldeia Kapot, ocupada por índios da mesma etnia, mas que, nos anos 50, aceitaram manter contato com brancos e têm como líder Megaron Txucarramãe, também administrador da Funai em Colíder (MT). A Funai não tem informações de índios feridos ou mortos na área que ocupavam no sul do Pará e se ainda restam membros da etnia no local.
No meio indígena, eles eram considerados desaparecidos, por morte em supostos conflitos ou vítimas de epidemia.
"É como se uma família de judeus que sobreviveu ao Holocausto 30 ou 40 anos depois descobrisse que boa parte de seus parentes sobreviveu", disse o presidente da Funai, Márcio Meira. "Há um sentimento de comoção em toda a área caiapó. Uma gravação de cantos [dos isolados] foi espalhada via rádio para todas as aldeias."
A aldeia Kapot, onde buscaram refúgio, fica próxima ao local da queda do Boeing da Gol, em outubro do ano passado.
Por precaução, a Funai determinou que o contato com os 87 metyktire fique restrito aos indígenas, para evitar que sejam expostos a vírus. Os cerca de 500 índios da aldeia Kapot serão vacinados.
Os contatos da Funai com o local ocorrem apenas via rádio do líder Megaron. Segundo a autarquia, os 87 índios isolados estão num acampamento afastado 2 km da aldeia. A pista de pouso da aldeia está interditada pela Funai, e uma equipe da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) está de prontidão.
"[Essa migração de etnias] é uma situação absolutamente inusitada", disse Elias Bigio, da coordenação de índios isolados da Funai. Segundo ele, há referência sobre 68 grupos isolados no país --a maioria por opção.
Segundo a Funai, no anos 50, após expedições do governo terem localizado os metyktire no norte de Mato Grosso, parte deles (familiares desses 87) preferiu o isolamento e rumou para o sul do Pará.
O primeiro contato com índios da aldeia Kapot ocorreu na quinta da semana passada. Parentes distantes do cacique Raoni, os índios isolados usam botoque (disco de madeira preso no lábio), arco e flecha e pintam os rostos de vermelho e preto. Entre o sul do Pará e o norte de Mato Grosso vivem cerca de 7.000 caiapós.
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