From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Primeira denúncia surgiu em 1999
09/06/2002
Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ
O uso de convênios para camuflar a retirada ilegal de espécies do ecossistema amazônico foi denunciado pela primeira vez em março de 1999, numa série de reportagens sobre biopirataria publicada pelo GLOBO. Na ocasião, uma comissão externa da Câmara que investigou a biopirataria apontou os convênios entre instituições científicas brasileiras e estrangeiras como uma das vias de saída indiscriminada de amostras e dados científicos. O Ministério Público Federal concluiu que a remessa de material genético para o exterior, ligada aos convênios, não era fiscalizada.
De acordo com a denúncia, plantas e animais estavam sendo desviados para o desenvolvimento de produtos pelas indústrias farmacêutica, têxtil, cosmética e alimentícia sem benefícios para o país.
A série de reportagens contou a história do paraense Alaécio Marajó dos Reis, que ganhava a vida colhendo plantas e sementes e capturando insetos, sapos e cobras nos arredores de Manaus. O caboclo era, na ocasião, coletor profissional de espécies para um instituto de pesquisas americano e fazia parte de uma rede de biopirataria muito mais intensa e grave do que a de aventureiros que se infiltram em tribos indígenas para aprender segredos do pajé.
- Eles levam e não vemos mais - disse Alaécio na época, sobre as frutas, folhas e flores que colhia para os seus patrões.
Com menos de 1% das verbas destinadas à pesquisa científica em 1998, a Região Norte era uma porta aberta à biopirataria, uma vez que suas instituições de pesquisas dependiam dos convênios bilaterais para sobreviver. Para cada R$ 100 injetados pelo governo federal nessas instituições, os parceiros internacionais entravam com R$ 80.
A associação dos pesquisadores de uma dessas entidades divulgou, na época, a opinião de 118 cientistas sobre o controle da saída de amostras. Do total, 43% o consideraram ruim e péssimo; 23%, regular; 23% não souberam responder. Só 11% o consideraram bom e ótimo.
Para o analista de ciência e tecnologia William Gama, com tese de mestrado sobre o tema na Universidade Federal do Pará, isso transforma o estrangeiro no único responsável pelo trabalho.
- Estrangeiros vêm e vão, sem controle sobre a saída de material. Podem até fazer biopirataria, depende da honestidade deles - disse Gama, na ocasião.
De acordo com a denúncia, plantas e animais estavam sendo desviados para o desenvolvimento de produtos pelas indústrias farmacêutica, têxtil, cosmética e alimentícia sem benefícios para o país.
A série de reportagens contou a história do paraense Alaécio Marajó dos Reis, que ganhava a vida colhendo plantas e sementes e capturando insetos, sapos e cobras nos arredores de Manaus. O caboclo era, na ocasião, coletor profissional de espécies para um instituto de pesquisas americano e fazia parte de uma rede de biopirataria muito mais intensa e grave do que a de aventureiros que se infiltram em tribos indígenas para aprender segredos do pajé.
- Eles levam e não vemos mais - disse Alaécio na época, sobre as frutas, folhas e flores que colhia para os seus patrões.
Com menos de 1% das verbas destinadas à pesquisa científica em 1998, a Região Norte era uma porta aberta à biopirataria, uma vez que suas instituições de pesquisas dependiam dos convênios bilaterais para sobreviver. Para cada R$ 100 injetados pelo governo federal nessas instituições, os parceiros internacionais entravam com R$ 80.
A associação dos pesquisadores de uma dessas entidades divulgou, na época, a opinião de 118 cientistas sobre o controle da saída de amostras. Do total, 43% o consideraram ruim e péssimo; 23%, regular; 23% não souberam responder. Só 11% o consideraram bom e ótimo.
Para o analista de ciência e tecnologia William Gama, com tese de mestrado sobre o tema na Universidade Federal do Pará, isso transforma o estrangeiro no único responsável pelo trabalho.
- Estrangeiros vêm e vão, sem controle sobre a saída de material. Podem até fazer biopirataria, depende da honestidade deles - disse Gama, na ocasião.
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