From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Funasa inicia ação para eliminar a oncocercose no país até 2007
08/05/2002
Fonte: Folha de Boa Vista-RR
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está realizando desde ontem uma oficina de educação em saúde que visa a eliminação da oncocercose na reserva indígena Yanomami. O encontro ocorre no auditório do hotel Uiramutã, de 8h ao meio-dia e das 14h às 18h.
Profissionais da saúde das organizações não-governamentais que trabalham na área indígena de Roraima e do Amazonas, além de técnicos da Funasa, são os participantes do encontro. Três técnicas da Funasa e uma representante da Organização dos Estados Americanos (Oepa) estão coordenando os trabalhos.
Segundo o coordenador da Funasa, Ipojucan Carneiro, o objetivo é montar uma estratégia de trabalho para o controle da doença que inclua, principalmente, a participação dos indígenas dentro desse processo que tem como finalidade eliminar a doença no Brasil até 2007.
"Estamos buscando estratégias para concretizar essa meta através da capacitação e ainda da definição dos rumos dessa política de forma a manter as ações médicas necessárias para esse fim. Além disso, possibilitar aos índios um conhecimento sobre a doença e também os meios preventivos", explicou Carneiro.
Para alcançar esse objetivo, a Fundação Nacional de Saúde tem realizado esse trabalho em parceria com a Oepa e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). Paralelo a essa ação, as Ongs que atuam nas reservas indígenas já realizam o tratamento de controle da oncocercose.
A DOENÇA - Conforme os dados da Funasa do segundo semestre do ano passado, estão realizando o tratamento cerca de 4,1 mil pessoas entre índios e não-índios que se encontram nas reserva indígena Yanomami, que se estende entre Roraima e Amazonas.
Esse número representa 90% da população que mora nessa região. O tratamento da oncocercose é feito não só com as pessoas que já possuem sintomas da doença, mas também com aquelas que correm o risco de serem infectadas. Além disso, só não podem fazer o tratamento crianças com até 15 quilos e mulheres que amamentam.
A oncocercose é transmitida por um mosquito do gênero Simulium (o popular borrachudo) e causada por pequenos vermes (microfilárias) que se infiltram na pele, provocando coceira e inchaço.
Quando esses vermes chegam à fase adulta produzem nódulos, onde se escondem e de onde se propagam os vermes por todo o corpo.
Quando são muitos os vermes, podem ocorrer lesões graves, como perda da elasticidade da pele, especialmente do rosto, orelhas e das virilhas. Eventualmente podem causar cegueira.
O diagnóstico é feito através de biópsia de pele, oftalmoscopia e teste de Mazzotti. A prevenção se faz com a eliminação dos focos do inseto e com o tratamento dos doentes, obrigados a tomar comprimidos de Mectizan, que mata os vermes pequenos, embora não aja sobre os adultos (macrofilárias).
Por esta razão, a maior dificuldade para controlar a doença é manter o tratamento através de aplicações semestrais de dez a 14 anos, tempo necessário para ocorrer a morte das macrofilárias no organismo humano.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que em torno de 85 milhões de pessoas no mundo estão sob risco e cerca de 18 milhões estão infectadas. Destas, um milhão apresenta alterações oculares e 350.000 ficaram cegas. No Brasil, a doença está restrita à reserva indígena Yanomami.
Profissionais da saúde das organizações não-governamentais que trabalham na área indígena de Roraima e do Amazonas, além de técnicos da Funasa, são os participantes do encontro. Três técnicas da Funasa e uma representante da Organização dos Estados Americanos (Oepa) estão coordenando os trabalhos.
Segundo o coordenador da Funasa, Ipojucan Carneiro, o objetivo é montar uma estratégia de trabalho para o controle da doença que inclua, principalmente, a participação dos indígenas dentro desse processo que tem como finalidade eliminar a doença no Brasil até 2007.
"Estamos buscando estratégias para concretizar essa meta através da capacitação e ainda da definição dos rumos dessa política de forma a manter as ações médicas necessárias para esse fim. Além disso, possibilitar aos índios um conhecimento sobre a doença e também os meios preventivos", explicou Carneiro.
Para alcançar esse objetivo, a Fundação Nacional de Saúde tem realizado esse trabalho em parceria com a Oepa e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). Paralelo a essa ação, as Ongs que atuam nas reservas indígenas já realizam o tratamento de controle da oncocercose.
A DOENÇA - Conforme os dados da Funasa do segundo semestre do ano passado, estão realizando o tratamento cerca de 4,1 mil pessoas entre índios e não-índios que se encontram nas reserva indígena Yanomami, que se estende entre Roraima e Amazonas.
Esse número representa 90% da população que mora nessa região. O tratamento da oncocercose é feito não só com as pessoas que já possuem sintomas da doença, mas também com aquelas que correm o risco de serem infectadas. Além disso, só não podem fazer o tratamento crianças com até 15 quilos e mulheres que amamentam.
A oncocercose é transmitida por um mosquito do gênero Simulium (o popular borrachudo) e causada por pequenos vermes (microfilárias) que se infiltram na pele, provocando coceira e inchaço.
Quando esses vermes chegam à fase adulta produzem nódulos, onde se escondem e de onde se propagam os vermes por todo o corpo.
Quando são muitos os vermes, podem ocorrer lesões graves, como perda da elasticidade da pele, especialmente do rosto, orelhas e das virilhas. Eventualmente podem causar cegueira.
O diagnóstico é feito através de biópsia de pele, oftalmoscopia e teste de Mazzotti. A prevenção se faz com a eliminação dos focos do inseto e com o tratamento dos doentes, obrigados a tomar comprimidos de Mectizan, que mata os vermes pequenos, embora não aja sobre os adultos (macrofilárias).
Por esta razão, a maior dificuldade para controlar a doença é manter o tratamento através de aplicações semestrais de dez a 14 anos, tempo necessário para ocorrer a morte das macrofilárias no organismo humano.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que em torno de 85 milhões de pessoas no mundo estão sob risco e cerca de 18 milhões estão infectadas. Destas, um milhão apresenta alterações oculares e 350.000 ficaram cegas. No Brasil, a doença está restrita à reserva indígena Yanomami.
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