From Indigenous Peoples in Brazil
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Notícias
Yanomami participa de congresso da ONU
30/05/2002
Autor: ALEXSANDRA SAMPAIO
Fonte: Folha de Boa Vista-RR
O primeiro congresso realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com tema voltado para as questões indígenas contou com a participação do índio yanomami de Roraima João Davi Yanomama. O evento aconteceu entre os dias 13 e 24 de maio, em Nova Iorque (EUA), e teve a presença de aproximadamente 500 pessoas de vários países.
O indígena denunciou ao mundo que seu povo ainda enfrenta a poluição de rios causada pela presença de garimpeiros, além dos desafios que sua comunidade tem pela frente, no sentido de controlar doenças e desenvolver projetos de educação bilíngüe.
Falou também sobre as dificuldades que enfrentou para ir ao congresso. Segundo Cristina Haverkamp, que faz parte da Associação para os Povos Ameaçados, da Alemanha, acompanhante do indígena, a participação de Davi surpreendeu a todos, principalmente por ser um índio que ainda mantém sua cultura.
"A maioria dos povos indígenas do mundo está trabalhando como funcionários de suas organizações e de seus governos e já não possui mais os hábitos culturais de sua comunidade. Então a presença de Davi foi admirada pelos demais", enfatizou.
Ela afirmou que este foi um primeiro passo dado pela ONU no sentido de colaborar com as questões indígenas. Por conta disso, ela e o índio Davi aproveitaram o evento não só para divulgar os costumes dos povos indígenas do Brasil, mas para fazer contato com organizações em defesa dos direitos humanos.
A intenção do índio yanomami é conseguir apoio de instituições para desenvolver um projeto de educação em sua comunidade, para que os indígenas possam ter a oportunidade de aprender a língua materna e a portuguesa.
Hoje os índios da aldeia de Davi já contam com uma infra-estrutura construída pela ONG onde Cristina trabalha, a qual será destinada para o projeto de educação e também para um posto de saúde. Enquanto estiveram nos Estados Unidos, os dois visitaram uma unidade da Unicef para tratar sobre a possibilidade de apoiar o trabalho de educação.
"Eles demonstraram interesse e estamos aguardando contato de um representante da Unicef de Belém (PA)", comentou ao enfatizar que ao mesmo tempo em que os indígenas recebem apoio dessa natureza "os órgãos que representam os povos indígenas no Brasil os tratam com descaso".
O indígena denunciou ao mundo que seu povo ainda enfrenta a poluição de rios causada pela presença de garimpeiros, além dos desafios que sua comunidade tem pela frente, no sentido de controlar doenças e desenvolver projetos de educação bilíngüe.
Falou também sobre as dificuldades que enfrentou para ir ao congresso. Segundo Cristina Haverkamp, que faz parte da Associação para os Povos Ameaçados, da Alemanha, acompanhante do indígena, a participação de Davi surpreendeu a todos, principalmente por ser um índio que ainda mantém sua cultura.
"A maioria dos povos indígenas do mundo está trabalhando como funcionários de suas organizações e de seus governos e já não possui mais os hábitos culturais de sua comunidade. Então a presença de Davi foi admirada pelos demais", enfatizou.
Ela afirmou que este foi um primeiro passo dado pela ONU no sentido de colaborar com as questões indígenas. Por conta disso, ela e o índio Davi aproveitaram o evento não só para divulgar os costumes dos povos indígenas do Brasil, mas para fazer contato com organizações em defesa dos direitos humanos.
A intenção do índio yanomami é conseguir apoio de instituições para desenvolver um projeto de educação em sua comunidade, para que os indígenas possam ter a oportunidade de aprender a língua materna e a portuguesa.
Hoje os índios da aldeia de Davi já contam com uma infra-estrutura construída pela ONG onde Cristina trabalha, a qual será destinada para o projeto de educação e também para um posto de saúde. Enquanto estiveram nos Estados Unidos, os dois visitaram uma unidade da Unicef para tratar sobre a possibilidade de apoiar o trabalho de educação.
"Eles demonstraram interesse e estamos aguardando contato de um representante da Unicef de Belém (PA)", comentou ao enfatizar que ao mesmo tempo em que os indígenas recebem apoio dessa natureza "os órgãos que representam os povos indígenas no Brasil os tratam com descaso".
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