From Indigenous Peoples in Brazil
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News
YANOMAMI - Índios aprendem sobre patrimônio genético
24/10/2007
Autor: Shirleide Vasconcelos
Fonte: Folha de Boa Vista
Índios yanomami participam, até amanhã, na Hutukara Associação, no bairro São Pedro, da oficina sobre patrimônio genético. Estão ministrando as palestras técnicos do Ministério do Meio Ambiente, que repassam dados sobre a Medida Provisória 2.186/2001.
A assessora técnica do MMA, Carla Lemos, explicou que a oficina é para mostrar aos indígenas os elementos que podem ajudá-los na proteção do meio ambiente.
Segundo representante do Departamento de Patrimônio Genético do MMA, entre as questões apresentadas aos yanomami está a informação de que qualquer pesquisa científica que for realizada na área indígena precisa de autorização das lideranças da comunidade e também de aval do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético.
Um dos requisitos para aprovação é que estas instituições públicas ou privadas sejam brasileiras. As palestras mostram, na prática, a necessidade de proteger o meio ambiente, apresentando os elementos da biodiversidade, frutas e plantas com as quais os índios convivem.
Também falou que o Conselho de Gestão está discutindo a consulta pública que trata da repartição de benefícios gerados a partir do conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético. Essa análise ocorre até dia 16 de dezembro e também foi apresentada aos índios.
Segundo Carla, essa consulta é para definir que decisão tomar no caso de uma indústria querer utilizar do conhecimento de um povo para produzir uma bebida. "Vamos citar o exemplo do caxiri, que os índios têm conhecimento da produção. Caso uma empresa resolva produzi-lo, é preciso saber se o contrato é com aquela comunidade em que as informações foram dadas para o preparo da bebida e com o Ministério para a distribuição dos valores, já que outras comunidades também podem saber preparar o produto", disse.
O coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Gonçalo Teixeira, presente no primeiro dia da oficina, ressaltou que o trabalho de proteção do meio ambiente já é uma preocupação dos povos indígenas e com as informações repassadas pelo MMA isso se intensifica.
HUTUKARA - Representante da Hutukara Associação Yanomami, Anselmo Xiropino, afirmou que a iniciativa em realizar a oficina tem a proposta de fazer com que os índios jovens aprendam sobre biodiversidade e patrimônio genético.
Xiropino relatou que a grande preocupação dos indígenas atualmente é quanto à invasão das terras por garimpeiros e fazendeiros, ação, segundo ele, que tem como conseqüência a degradação do meio ambiente. "Eles estragam muito os rios, fazem buracos para garimpar e isso contamina as águas. Por outro lado, os fazendeiros derrubam as árvores e causam queimadas", reclamou.
Na opinião do representante da associação, os índios precisam enxergar o problema no meio ambiente e saber legalmente, como impedir essas ações.
PROGRAMAÇÃO - A oficina continua até amanhã, das 8h às 12h e das 14h às 18h, com o mesmo tema, porém não há uma programação definida sobre os pontos a serem abordados por cada dia, porque, segundo Carla, isso depende conforme o avanço dos trabalhos.
A assessora técnica do MMA, Carla Lemos, explicou que a oficina é para mostrar aos indígenas os elementos que podem ajudá-los na proteção do meio ambiente.
Segundo representante do Departamento de Patrimônio Genético do MMA, entre as questões apresentadas aos yanomami está a informação de que qualquer pesquisa científica que for realizada na área indígena precisa de autorização das lideranças da comunidade e também de aval do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético.
Um dos requisitos para aprovação é que estas instituições públicas ou privadas sejam brasileiras. As palestras mostram, na prática, a necessidade de proteger o meio ambiente, apresentando os elementos da biodiversidade, frutas e plantas com as quais os índios convivem.
Também falou que o Conselho de Gestão está discutindo a consulta pública que trata da repartição de benefícios gerados a partir do conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético. Essa análise ocorre até dia 16 de dezembro e também foi apresentada aos índios.
Segundo Carla, essa consulta é para definir que decisão tomar no caso de uma indústria querer utilizar do conhecimento de um povo para produzir uma bebida. "Vamos citar o exemplo do caxiri, que os índios têm conhecimento da produção. Caso uma empresa resolva produzi-lo, é preciso saber se o contrato é com aquela comunidade em que as informações foram dadas para o preparo da bebida e com o Ministério para a distribuição dos valores, já que outras comunidades também podem saber preparar o produto", disse.
O coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Gonçalo Teixeira, presente no primeiro dia da oficina, ressaltou que o trabalho de proteção do meio ambiente já é uma preocupação dos povos indígenas e com as informações repassadas pelo MMA isso se intensifica.
HUTUKARA - Representante da Hutukara Associação Yanomami, Anselmo Xiropino, afirmou que a iniciativa em realizar a oficina tem a proposta de fazer com que os índios jovens aprendam sobre biodiversidade e patrimônio genético.
Xiropino relatou que a grande preocupação dos indígenas atualmente é quanto à invasão das terras por garimpeiros e fazendeiros, ação, segundo ele, que tem como conseqüência a degradação do meio ambiente. "Eles estragam muito os rios, fazem buracos para garimpar e isso contamina as águas. Por outro lado, os fazendeiros derrubam as árvores e causam queimadas", reclamou.
Na opinião do representante da associação, os índios precisam enxergar o problema no meio ambiente e saber legalmente, como impedir essas ações.
PROGRAMAÇÃO - A oficina continua até amanhã, das 8h às 12h e das 14h às 18h, com o mesmo tema, porém não há uma programação definida sobre os pontos a serem abordados por cada dia, porque, segundo Carla, isso depende conforme o avanço dos trabalhos.
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