From Indigenous Peoples in Brazil
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Notícias
Arrozeiro compara ação da PF à invasão do Iraque pelos Estados Unidos
10/04/2008
Autor: José Eduardo Rondon
Fonte: Folha Online
O presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima, Paulo César Quartiero (DEM), 55, comparou ontem a presença da Polícia Federal e de soldados da Força Nacional de Segurança em Roraima à invasão do Iraque por tropas dos EUA.
Ele classificou de "uma vitória" a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a operação de retirada dos não-índios da terra indígena Raposa/Serra do Sol.
"A polícia vem aqui, de forma prepotente, parecendo a chegada dos americanos no Iraque. A população se revolta. A revolta é geral. Não estou aqui só como arrozeiro, estou como prefeito de Pacaraima. Estou no Surumu, que é uma área de Pacaraima. Tenho a obrigação de defendê-la", afirmou à Folha.
O rizicultor teve seu mandato de prefeito de Pacaraima cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima. No mês passado, uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou o seu retorno ao cargo, o que não havia ocorrido até ontem.
Para ele, o processo de "resistência" à ação da PF na terra indígena foi "desgastante". "Estamos em cima de uma ponte resistindo há 11 dias. Foi desgastante, tivemos um ferido, quatro ordens de prisão contra o nosso pessoal e a minha própria prisão. Mas não se consegue vitória sem luta."
Prisão
No dia 31 de março, o arrozeiro foi preso pela Polícia Federal durante protesto na região do Surumu. Segundo a PF, Quartiero desacatou policiais e tentou obstruir os trabalhos dos agentes federais naquela região. Ele pagou fiança de R$ 500 e foi solto.
Na última segunda-feira, durante protestos em Pacaraima, um índio foi preso pela PF. De acordo com a corporação, ele havia estacionado um carro carregado com explosivos --que não explodiu-- em frente ao posto da PF e jogado um coquetel molotov no imóvel.
Em depoimento, ele disse à PF que foi "arregimentado" por dois funcionários de Quartiero. O arrozeiro nega e diz que as manifestações que participou foram pacíficas.
Ele classificou de "uma vitória" a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a operação de retirada dos não-índios da terra indígena Raposa/Serra do Sol.
"A polícia vem aqui, de forma prepotente, parecendo a chegada dos americanos no Iraque. A população se revolta. A revolta é geral. Não estou aqui só como arrozeiro, estou como prefeito de Pacaraima. Estou no Surumu, que é uma área de Pacaraima. Tenho a obrigação de defendê-la", afirmou à Folha.
O rizicultor teve seu mandato de prefeito de Pacaraima cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima. No mês passado, uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou o seu retorno ao cargo, o que não havia ocorrido até ontem.
Para ele, o processo de "resistência" à ação da PF na terra indígena foi "desgastante". "Estamos em cima de uma ponte resistindo há 11 dias. Foi desgastante, tivemos um ferido, quatro ordens de prisão contra o nosso pessoal e a minha própria prisão. Mas não se consegue vitória sem luta."
Prisão
No dia 31 de março, o arrozeiro foi preso pela Polícia Federal durante protesto na região do Surumu. Segundo a PF, Quartiero desacatou policiais e tentou obstruir os trabalhos dos agentes federais naquela região. Ele pagou fiança de R$ 500 e foi solto.
Na última segunda-feira, durante protestos em Pacaraima, um índio foi preso pela PF. De acordo com a corporação, ele havia estacionado um carro carregado com explosivos --que não explodiu-- em frente ao posto da PF e jogado um coquetel molotov no imóvel.
Em depoimento, ele disse à PF que foi "arregimentado" por dois funcionários de Quartiero. O arrozeiro nega e diz que as manifestações que participou foram pacíficas.
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