From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Kaiabis mantêm reféns no Xingu (MT)
21/08/2002
Autor: ALINE CUBAS
Fonte: Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
Pelo menos seis homens estão sendo mantidos reféns pelos índios kaiabis, no Parque Nacional do Xingu, desde segunda-feira pela manhã. Conforme os índios, eles estavam extraindo madeira 10 quilômetros adentro do parque, nas proximidades do posto indígena Arraias.
Trabalhavam no local aproximadamente 38 homens, que teriam entrado pela fazenda Bandeirantes, distante cerca de 160 quilômetros da cidade de Feliz Natal, na divisa do Xingu com o município. Entre 30 e 32 deles foram liberados pelos índios pouco depois de serem encontrados e o restante levado pelos kaiabis.
Todos seriam funcionários do madeireiro Valter Luiz Golo, que mora no município de Santa Carmem, e que também estaria entre os reféns. A família de Valter Golo não confirmou ontem esta informação.
De acordo com a prefeitura de Feliz Natal, a fazenda Bandeirantes é de propriedade de Ivo Vicentine (morador de Londrina-PR) e teria projeto de manejo florestal, sendo considerada modelo de exploração sustentável.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, esta não é a primeira vez que madeireiros utilizam a fazenda para ter acesso ao parque do Xingu. "Anteriormente eles cortaram toda a madeira exatamente em cima do marco demarcatório, o que irritou os índios mas nada pode ser feito porque eles não entraram efetivamente no parque", explicou ontem, por telefone, o assessor da Funai, Fernando Ladeira.
Hoje uma equipe formada por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e um técnico do Departamento do Patrimônio Indígena (Depima) da Funai seguem para a região, onde farão a vistoria para confirmar se os madeireiros estavam mesmo trabalhando dentro do parque. Eles também vão negociar a liberação dos reféns. "Caso seja confirmada a invasão do Xingu, os fiscais do Ibama farão a autuação com o cálculo da multa a ser aplicada e a apreensão dos bens encontrados com os madeireiros", afirmou Ladeira.
A Polícia Militar foi acionada pela prefeitura de Feliz Natal, mas por se tratar de área indígena informou a situação à Polícia Federal. Segundo o chefe do gabinete da prefeitura, Manuel Messias Sales, nenhuma equipe esteve até agora no município e as informações que chegaram à cidade sobre os reféns dão conta que eles não estão sofrendo maus-tratos. "Embora tivessem sido alvo de uma abordagem violenta, o que sabemos é que eles estão bem", concluiu.
Trabalhavam no local aproximadamente 38 homens, que teriam entrado pela fazenda Bandeirantes, distante cerca de 160 quilômetros da cidade de Feliz Natal, na divisa do Xingu com o município. Entre 30 e 32 deles foram liberados pelos índios pouco depois de serem encontrados e o restante levado pelos kaiabis.
Todos seriam funcionários do madeireiro Valter Luiz Golo, que mora no município de Santa Carmem, e que também estaria entre os reféns. A família de Valter Golo não confirmou ontem esta informação.
De acordo com a prefeitura de Feliz Natal, a fazenda Bandeirantes é de propriedade de Ivo Vicentine (morador de Londrina-PR) e teria projeto de manejo florestal, sendo considerada modelo de exploração sustentável.
Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, esta não é a primeira vez que madeireiros utilizam a fazenda para ter acesso ao parque do Xingu. "Anteriormente eles cortaram toda a madeira exatamente em cima do marco demarcatório, o que irritou os índios mas nada pode ser feito porque eles não entraram efetivamente no parque", explicou ontem, por telefone, o assessor da Funai, Fernando Ladeira.
Hoje uma equipe formada por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e um técnico do Departamento do Patrimônio Indígena (Depima) da Funai seguem para a região, onde farão a vistoria para confirmar se os madeireiros estavam mesmo trabalhando dentro do parque. Eles também vão negociar a liberação dos reféns. "Caso seja confirmada a invasão do Xingu, os fiscais do Ibama farão a autuação com o cálculo da multa a ser aplicada e a apreensão dos bens encontrados com os madeireiros", afirmou Ladeira.
A Polícia Militar foi acionada pela prefeitura de Feliz Natal, mas por se tratar de área indígena informou a situação à Polícia Federal. Segundo o chefe do gabinete da prefeitura, Manuel Messias Sales, nenhuma equipe esteve até agora no município e as informações que chegaram à cidade sobre os reféns dão conta que eles não estão sofrendo maus-tratos. "Embora tivessem sido alvo de uma abordagem violenta, o que sabemos é que eles estão bem", concluiu.
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