From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

News

Polícia recolhe lençóis e cadeira de rodas em casa de apoio onde morreu jovem índia

27/06/2008

Autor: Juliana Maya

Fonte: Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br



Brasília - Peritos da 2ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal estiveram na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e recolheram para análise os lençóis e a cadeira de rodas em que ficava a xavante de 16 anos, que morreu na última quarta-feira (25) no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

O delegado responsável pelo caso, Antônio José Romeiro, aguarda o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar se realmente houve estupro. "O que se comprova é que de fato algum instrumento com pelo menos 40 centímetros foi introduzido e esse instrumento perfurou o reto, o baço, o estômago e o diafragma. Essas lesões é que causaram possivelmente a hemorragia, depois a infecção e, em conseqüência, a morte".

Na última quarta-feira (25), a jovem chegou a ser atendida no HUB, foi submetida a uma cirurgia, mas teve duas paradas cardíacas e morreu.

O delegado informou que está reunindo elementos para saber exatamente o que aconteceu e onde foi cometido o crime. Mas ele suspeita que tenha sido na própria Casai. "Pelas informações preliminares, que o fato ocorreu entre 24 e 48 horas do atendimento dela lá no HUB, então tudo indica que possa ter ocorrido lá na Casai", afirma Romeiro.

Segundo nota da Funasa, a menina estava na Casai desde o dia 28 de maio, com a mãe e a tia. A adolescente fazia tratamento no Hospital Sarah Kubitschek, pois tinha lesão neurológica grave, não falava nem andava e se locomovia por meio de uma cadeira de rodas. A Casai é uma estrutura da Funasa que oferece apoio aos pacientes que passam por tratamento especializado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o delegado, a Casai possui segurança 24 horas por dia, o que poderia dificultar o contato da índia com pessoas estranhas, principalmente, porque ela dependia de cuidados e, em princípio, não poderia ficar sozinha.

Romeiro não descarta a possibilidade de a Polícia Federal assumir o caso, mas enquanto isso não acontece, pretende ouvir todos os envolvidos, incluindo a família da adolescente e os funcionários da Casai. Os familiares da jovem índia já retornaram para a aldeia de São Pedro, no município de Campinápolis (MT), onde o corpo será enterrado.

O delegado acredita que um laudo preliminar poderá ser divulgado pelo IML em uma semana. O instituto afirma que o laudo oficial será divulgado em 30 dias.

Em nota à imprensa, o Hospital Universitário de Brasília informou que não vai se pronunciar sobre o caso.

Até o momento, a Polícia Federal diz não ter conhecimento de qualquer denúncia sobre a morte da indígena, embora, em nota, a Funasa afirme que encaminhou um ofício à PF pedindo que a denúncia seja investigada.
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source