From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios Guarani recebem nova escola
03/10/2002
Autor: VIVIANE BEVILACQUA
Fonte: Diário Catarinense-Florianópolis-SC
Galpões foram substituídos por prédio em alvenaria na aldeia no Morro dos Cavalos, Palhoça
As crianças e adolescentes da reserva indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça, receberam oficialmente, ontem, a nova Escola de Educação Básica Itaty.
Os 38 alunos das quatro séries iniciais do ensino fundamental e os 15 da educação de jovens e adultos apresentaram danças e canções em Guarani.
A escola funcionava há quatro anos em dois galpões improvisados. A Secretaria de Estado da Educação autorizou a construção de uma nova sede, em alvenaria, com quatro salas, para as aulas ministradas em Português e Guarani. A maioria das crianças e adolescentes fala e escreve melhor na língua indígena. A proposta do Núcleo de Educação Indígena (NEI) da secretaria é manter a cultura desse povo.
A grade curricular é discutida com a comunidade. "Nossa preocupação é fortalecer os vínculos dos alunos com suas raízes, respeitando a religião, o modo de vida, sua simplicidade e amor à natureza", explica a coordenadora do NEI, Sandra Mara Cardoso.
"Queremos que essas crianças e jovens aprendam a falar e a escrever em Português, até para poderem defender os interesses de nosso povo fora da aldeia, mas precisamos também que eles conheçam e valorizem a sua própria história", diz o cacique Artur Benite. Para a inauguração da escola, o cacique colocou sua melhor roupa - terno branco, gravata de seda cinza e colares. "Eu sou uma prova dessa miscigenação cultural existente no Brasil", comenta.
A Escola Itaty possui cinco professores, sendo dois índios. Joana Mongelô, 35 anos, é natural da Reserva Guarani de Foz do Iguaçu, no Paraná. Aprendeu a falar Português quando entrou na escola, aos oito anos, mas fala melhor o Guarani. Joana cursa Pedagogia na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) à noite. Durante o dia, é professora bilíngüe na escola.
Não há material didático (livros e cartilhas) em Guarani. "Temos que nos virar escrevendo no quadro e falando, mas o ideal seria ter o material didático na língua que eles entendem", defende.
A Reserva Indígena do Morro dos Cavalos começou a se formar há mais de 50 anos, quando chegaram as primeiras famílias Guarani da região de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul. Hoje, habitam a área 30 famílias, totalizando pouco mais de 150 pessoas
As crianças e adolescentes da reserva indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça, receberam oficialmente, ontem, a nova Escola de Educação Básica Itaty.
Os 38 alunos das quatro séries iniciais do ensino fundamental e os 15 da educação de jovens e adultos apresentaram danças e canções em Guarani.
A escola funcionava há quatro anos em dois galpões improvisados. A Secretaria de Estado da Educação autorizou a construção de uma nova sede, em alvenaria, com quatro salas, para as aulas ministradas em Português e Guarani. A maioria das crianças e adolescentes fala e escreve melhor na língua indígena. A proposta do Núcleo de Educação Indígena (NEI) da secretaria é manter a cultura desse povo.
A grade curricular é discutida com a comunidade. "Nossa preocupação é fortalecer os vínculos dos alunos com suas raízes, respeitando a religião, o modo de vida, sua simplicidade e amor à natureza", explica a coordenadora do NEI, Sandra Mara Cardoso.
"Queremos que essas crianças e jovens aprendam a falar e a escrever em Português, até para poderem defender os interesses de nosso povo fora da aldeia, mas precisamos também que eles conheçam e valorizem a sua própria história", diz o cacique Artur Benite. Para a inauguração da escola, o cacique colocou sua melhor roupa - terno branco, gravata de seda cinza e colares. "Eu sou uma prova dessa miscigenação cultural existente no Brasil", comenta.
A Escola Itaty possui cinco professores, sendo dois índios. Joana Mongelô, 35 anos, é natural da Reserva Guarani de Foz do Iguaçu, no Paraná. Aprendeu a falar Português quando entrou na escola, aos oito anos, mas fala melhor o Guarani. Joana cursa Pedagogia na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) à noite. Durante o dia, é professora bilíngüe na escola.
Não há material didático (livros e cartilhas) em Guarani. "Temos que nos virar escrevendo no quadro e falando, mas o ideal seria ter o material didático na língua que eles entendem", defende.
A Reserva Indígena do Morro dos Cavalos começou a se formar há mais de 50 anos, quando chegaram as primeiras famílias Guarani da região de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul. Hoje, habitam a área 30 famílias, totalizando pouco mais de 150 pessoas
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