From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Em Mato Grosso, o primeiro padre xavante do País
22/10/2002
Autor: (Marcos de Moura e Souza)
Fonte: Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Ontem, 600 índios da aldeia Água Branca estiveram em sua missa de estréia
Os cerca de 600 índios da aldeia Água Branca, no Mato Grosso, assistiram ontem à primeira missa celebrada por um padre de sua própria etnia. Aquilino Tsere'Ubu'õ Tsirui'a, de 41 anos - ordenado no sábado e convertido no primeiro padre xavante do País -, rezou durante todo o tempo em sua própria língua. "Eles colocaram uma mesa pequena que serviu de altar. Ficamos à sombra de um mangueiral", contou ele por telefone ao Estado, da casa da Congregação Salesiana da cidade de Nova Xavantina.
Aquilino tem uma longa tradição cristã. Aos 5 anos deixou com os pais a aldeia Suia Missu, também no Mato Grosso, e passou a viver na missão salesiana São Marcos. "Meus pais já estavam iniciando no catolicismo. Quando cheguei, fui para o internato, junto com todos os outros meninos." Passou 19 anos ali. "Eu falava que queria ser padre, como os missionários, para trabalhar com índios."
Na adolescência, a idéia perdeu um pouco a força. Cumprindo um rito xavante, furou as orelhas, num sinal de que já poderia se casar. "Mas, depois, eu fiz a opção de não me casar e ficar na vida religiosa." Aquilino entrou para o seminário, em Campo Grande com 29 anos. Nos últimos quatro anos, estudou na Faculdade de Teologia Pio XI dos Salesianos, na Lapa, zona oeste de São Paulo. Formado, voltou em dezembro para a missão. No sábado, sua ordenação reuniu 800 indígenas no ginásio de Nova Xavantina.
As aldeias do Mato Grosso já são "civilizadas" e os índios, convertidos - ou pelos católicos ou pelos evangélicos. "Mas a nossa cultura ainda é forte. Os xavantes vão à missa, mas também fazem suas festas religiosas." No sábado, após receber o diaconato, Aquilino batizou seus pais e alguns parentes.
Os cerca de 600 índios da aldeia Água Branca, no Mato Grosso, assistiram ontem à primeira missa celebrada por um padre de sua própria etnia. Aquilino Tsere'Ubu'õ Tsirui'a, de 41 anos - ordenado no sábado e convertido no primeiro padre xavante do País -, rezou durante todo o tempo em sua própria língua. "Eles colocaram uma mesa pequena que serviu de altar. Ficamos à sombra de um mangueiral", contou ele por telefone ao Estado, da casa da Congregação Salesiana da cidade de Nova Xavantina.
Aquilino tem uma longa tradição cristã. Aos 5 anos deixou com os pais a aldeia Suia Missu, também no Mato Grosso, e passou a viver na missão salesiana São Marcos. "Meus pais já estavam iniciando no catolicismo. Quando cheguei, fui para o internato, junto com todos os outros meninos." Passou 19 anos ali. "Eu falava que queria ser padre, como os missionários, para trabalhar com índios."
Na adolescência, a idéia perdeu um pouco a força. Cumprindo um rito xavante, furou as orelhas, num sinal de que já poderia se casar. "Mas, depois, eu fiz a opção de não me casar e ficar na vida religiosa." Aquilino entrou para o seminário, em Campo Grande com 29 anos. Nos últimos quatro anos, estudou na Faculdade de Teologia Pio XI dos Salesianos, na Lapa, zona oeste de São Paulo. Formado, voltou em dezembro para a missão. No sábado, sua ordenação reuniu 800 indígenas no ginásio de Nova Xavantina.
As aldeias do Mato Grosso já são "civilizadas" e os índios, convertidos - ou pelos católicos ou pelos evangélicos. "Mas a nossa cultura ainda é forte. Os xavantes vão à missa, mas também fazem suas festas religiosas." No sábado, após receber o diaconato, Aquilino batizou seus pais e alguns parentes.
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