From Indigenous Peoples in Brazil
News
João Pedro defende direitos do povo Waimiri-Atroari
11/11/2008
Fonte: Agência Senado - www.senado.gov.br
O senador João Pedro (PT-AM) fez, nesta terça-feira (11), a defesa da tribo indígena Waimiri-Atroari, a qual visitou no fim de semana, acompanhado de uma equipe de assessores. O parlamentar disse ter encontrado na reserva desses índios, localizada em terras dos estados do Amazonas e de Roraima, um povo disposto a lutar por sua cultura e pelas condições de vida que estabeleceram como as melhores para seus 1.287 integrantes.
Entre os direitos que os índios acreditam como legítimos destaca-se o controle seletivo do trânsito na BR-174, que liga Manaus, no Amazonas, a Boa Vista, em Roraima. No período compreendido entre 18h e 6h, uma barreira com correntes impede a passagem de veículos, com exceção daqueles transportando doentes, dos ônibus de passageiros e de caminhões com cargas perecíveis. A medida, porém, como observou João Pedro, está sendo questionada na Justiça Federal.
- Os waimiri-atroari são brasileiros felizes e desejosos da paz permanente. Mas estão conscientes, também, de que a felicidade e a paz dependem da compreensão de que eles têm o direito de viver com dignidade, conforme a organização social e espiritual herdada dos seus ancestrais - argumentou João Pedro.
Na opinião do parlamentar, essa é uma questão crucial, uma vez que os índios se sentem, continuamente, sob a ameaça de invasão e perda do controle das suas terras. No passado, em função da construção da BR-174 e da hidrelétrica de Balbina, além da exploração da cassiterita da mina de Pitinga pela empresa Paranapanema, os índios sofreram massacres deliberados. Em 15 anos, de 1.500, foram reduzidos a apenas 374 indivíduos. Posteriormente, conseguiram reverter esse quadro de dizimação, chegando hoje a mais de 1200 integrantes.
- Não seria exagero afirmar, diante dos fatos, que o Estado brasileiro, sob o tacão da ditadura militar e de setores da iniciativa privada, havia decidido pelo extermínio dessa etnia - denunciou João Pedro.
Para João Pedro, quando reclamam o direito à demarcação de terras, os índios são vítimas da intolerância, como as minorias de um modo geral. Já no entender do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que aparteou o parlamentar amazonense, os índios não podem ser separados da sociedade brasileira como um todo, num sistema que classificou de "apartheid". Quanto ao tráfego seletivo, Mozarildo disse considerá-lo "inconstitucional".
- Lá há uma rodovia federal que corta uma reserva indígena que tem reserva de domínio sobre essa rodovia federal. O que existe lá é uma afronta à legislação, inclusive com a cobrança de pedágio. Na verdade, o tráfego à noite não causaria dano aos índios - disse Mozarildo.
João Pedro garantiu que não há cobrança de pedágio e que a corrente, implantada primeiramente pelos militares, defende o sossego dos índios à noite e a segurança dos animais silvestres. Num ponto de floresta densa, só neste ano morreram 442 animais, conforme João Pedro.
- Trago a esta tribuna o apelo dos Waimiri-Atroari para que esta Casa se una aos que lutam para que não se permita mais um ato de injustiça contra eles - conclamou o senador petista.
Entre os direitos que os índios acreditam como legítimos destaca-se o controle seletivo do trânsito na BR-174, que liga Manaus, no Amazonas, a Boa Vista, em Roraima. No período compreendido entre 18h e 6h, uma barreira com correntes impede a passagem de veículos, com exceção daqueles transportando doentes, dos ônibus de passageiros e de caminhões com cargas perecíveis. A medida, porém, como observou João Pedro, está sendo questionada na Justiça Federal.
- Os waimiri-atroari são brasileiros felizes e desejosos da paz permanente. Mas estão conscientes, também, de que a felicidade e a paz dependem da compreensão de que eles têm o direito de viver com dignidade, conforme a organização social e espiritual herdada dos seus ancestrais - argumentou João Pedro.
Na opinião do parlamentar, essa é uma questão crucial, uma vez que os índios se sentem, continuamente, sob a ameaça de invasão e perda do controle das suas terras. No passado, em função da construção da BR-174 e da hidrelétrica de Balbina, além da exploração da cassiterita da mina de Pitinga pela empresa Paranapanema, os índios sofreram massacres deliberados. Em 15 anos, de 1.500, foram reduzidos a apenas 374 indivíduos. Posteriormente, conseguiram reverter esse quadro de dizimação, chegando hoje a mais de 1200 integrantes.
- Não seria exagero afirmar, diante dos fatos, que o Estado brasileiro, sob o tacão da ditadura militar e de setores da iniciativa privada, havia decidido pelo extermínio dessa etnia - denunciou João Pedro.
Para João Pedro, quando reclamam o direito à demarcação de terras, os índios são vítimas da intolerância, como as minorias de um modo geral. Já no entender do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que aparteou o parlamentar amazonense, os índios não podem ser separados da sociedade brasileira como um todo, num sistema que classificou de "apartheid". Quanto ao tráfego seletivo, Mozarildo disse considerá-lo "inconstitucional".
- Lá há uma rodovia federal que corta uma reserva indígena que tem reserva de domínio sobre essa rodovia federal. O que existe lá é uma afronta à legislação, inclusive com a cobrança de pedágio. Na verdade, o tráfego à noite não causaria dano aos índios - disse Mozarildo.
João Pedro garantiu que não há cobrança de pedágio e que a corrente, implantada primeiramente pelos militares, defende o sossego dos índios à noite e a segurança dos animais silvestres. Num ponto de floresta densa, só neste ano morreram 442 animais, conforme João Pedro.
- Trago a esta tribuna o apelo dos Waimiri-Atroari para que esta Casa se una aos que lutam para que não se permita mais um ato de injustiça contra eles - conclamou o senador petista.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source