From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios de SP pressionam por terras
29/03/2009
Fonte: OESP, Nacional, p. A1
Índios de SP pressionam por terras
Tribos vivem precariamente e, para atendê-las, seria preciso demarcar área três vezes maior à que têm hoje
José Maria Tomazela, SOROCABA
Mais de 50% dos 5 mil índios do Estado de São Paulo não possuem terra. Eles vivem precariamente em áreas ocupadas e, para atendê-los, o governo precisaria demarcar cerca de 50 mil hectares - o triplo de toda área destinada a eles hoje, 17 mil hectares. Em várias frentes, grupos indígenas estão mobilizados para reivindicar a demarcação ou ampliação de seus territórios. A Fundação Nacional do Índio (Funai) reconhece que há risco de conflitos.
Em fevereiro, guaranis invadiram uma fazenda e instalações religiosas da Ordem Cisterciense, da Igreja Católica, em Itaporanga, no sudoeste paulista. Eles alegam que os antepassados viviam na região e querem de volta o território. Um grupo de trabalho da Funai iniciou o levantamento antropológico.
Segundo o administrador substituto do órgão em São Paulo, Amaury Xavier, a discussão em torno da demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, definida a favor dos índios pelo Supremo Tribunal Federal (STF), criou novas expectativas. "A pressão por território tende a aumentar."
Das 28 aldeias instaladas em São Paulo, apenas 12 estão homologadas, mas a maioria ainda não possui terras demarcadas. Onde houve demarcação, os territórios tornaram-se pequenos, segundo ele. Em média, no Brasil, cada índio dispõe de cerca de 250 hectares. No Estado de São Paulo, a média cai para apenas 3,4 hectares.
A demarcação e a delimitação física de terras para usufruto dos índios estão previstas na Constituição de 1988. Em São Paulo, o processo está atrasado, admite Xavier. Em três aldeias paulistanas - Barragem, Krukutu e Jaraguá - os índios ocupam terrenos exíguos. Na aldeia de Jaraguá, cerca de 300 pessoas vivem em 1,75 hectare. Há também grande concentração de índios sem-terra na região do Vale do Ribeira.
OESP, 29/03/2009, Nacional, p. A13
Tribos vivem precariamente e, para atendê-las, seria preciso demarcar área três vezes maior à que têm hoje
José Maria Tomazela, SOROCABA
Mais de 50% dos 5 mil índios do Estado de São Paulo não possuem terra. Eles vivem precariamente em áreas ocupadas e, para atendê-los, o governo precisaria demarcar cerca de 50 mil hectares - o triplo de toda área destinada a eles hoje, 17 mil hectares. Em várias frentes, grupos indígenas estão mobilizados para reivindicar a demarcação ou ampliação de seus territórios. A Fundação Nacional do Índio (Funai) reconhece que há risco de conflitos.
Em fevereiro, guaranis invadiram uma fazenda e instalações religiosas da Ordem Cisterciense, da Igreja Católica, em Itaporanga, no sudoeste paulista. Eles alegam que os antepassados viviam na região e querem de volta o território. Um grupo de trabalho da Funai iniciou o levantamento antropológico.
Segundo o administrador substituto do órgão em São Paulo, Amaury Xavier, a discussão em torno da demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, definida a favor dos índios pelo Supremo Tribunal Federal (STF), criou novas expectativas. "A pressão por território tende a aumentar."
Das 28 aldeias instaladas em São Paulo, apenas 12 estão homologadas, mas a maioria ainda não possui terras demarcadas. Onde houve demarcação, os territórios tornaram-se pequenos, segundo ele. Em média, no Brasil, cada índio dispõe de cerca de 250 hectares. No Estado de São Paulo, a média cai para apenas 3,4 hectares.
A demarcação e a delimitação física de terras para usufruto dos índios estão previstas na Constituição de 1988. Em São Paulo, o processo está atrasado, admite Xavier. Em três aldeias paulistanas - Barragem, Krukutu e Jaraguá - os índios ocupam terrenos exíguos. Na aldeia de Jaraguá, cerca de 300 pessoas vivem em 1,75 hectare. Há também grande concentração de índios sem-terra na região do Vale do Ribeira.
OESP, 29/03/2009, Nacional, p. A13
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source