From Indigenous Peoples in Brazil
News
Funai defende criação da reserva
29/05/2009
Fonte: A Tarde
Segundo o relatório da Funai que propôs a criação da reserva, a Vila de Olivença é um marco referencial da etnia, que "teria marca efetiva na organização social e modo de vida atuais dos cerca de 3 mil (número estimado pelos antropólogos que realizaram o estudo) representantes da etnia que ali residiriam em pequenos grupos familiares. Ainda segundo o estudo realizado a pedido da Funai, a região seria uma área de exercício de inúmeras atividades que envolveriam a pesca, extração vegetal (piaçaba), desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo, festas e rituais que "guardariam características do modo de ser e estar no mundo" desta comunidade.
O documento produzido pela Funai afirma que um movimento consistente de ocupação da Vila de Olivença pelos "brancos" se deu apenas a partir da década de 30, com uma ocupação efetiva plena dos espaços outrora indígenas, a partir da década de 60.
Esta privatização da área, inclusive das matas remanescentes, teria restringido e posteriormente impedido a reprodução do modo tradicional de vida.
INVERDADES - As alegações da Funai são, no entanto, rebatidas por um relatório preliminar feito pela professora Célia Gimenez das Faculdades do Descobrimento (Facdesco), em Santa Cruz Cabrália, o qual classifica como inverdades ou afirmações duvidosas do ponto de vista científico, aquelas contidas no documento apresentado pelo órgão federal. Segundo a professora, a etnia tupinambá é das mais estudadas e, por isso, melhor conhecida que as outras. Entretanto estes estudos teriam sido totalmente desprezados na elaboração do documento.
Ela observa que o aldeamento de Olivença foi implementado pelos Jesuítas com as etnias tupiniquim, guerén ou kren e botocudos, mas extinto desde meados do século XVIII, sendo irreal a presença de tupinambás na área, visto que eram inimigos das etnias do aldeamento.
A partir da apresentação do documento da Funai teve início uma corrida contra o tempo por parte de proprietários rurais, empresários e moradores do bairro ilheense, que serão atingidos pela medida, caso esta venha a se concretizar, no sentido de montar um relatório antropológico e socioeconômico de contestação das alegações feitas pelo órgão para propor a demarcação da reserva no local. (A. N.)
O documento produzido pela Funai afirma que um movimento consistente de ocupação da Vila de Olivença pelos "brancos" se deu apenas a partir da década de 30, com uma ocupação efetiva plena dos espaços outrora indígenas, a partir da década de 60.
Esta privatização da área, inclusive das matas remanescentes, teria restringido e posteriormente impedido a reprodução do modo tradicional de vida.
INVERDADES - As alegações da Funai são, no entanto, rebatidas por um relatório preliminar feito pela professora Célia Gimenez das Faculdades do Descobrimento (Facdesco), em Santa Cruz Cabrália, o qual classifica como inverdades ou afirmações duvidosas do ponto de vista científico, aquelas contidas no documento apresentado pelo órgão federal. Segundo a professora, a etnia tupinambá é das mais estudadas e, por isso, melhor conhecida que as outras. Entretanto estes estudos teriam sido totalmente desprezados na elaboração do documento.
Ela observa que o aldeamento de Olivença foi implementado pelos Jesuítas com as etnias tupiniquim, guerén ou kren e botocudos, mas extinto desde meados do século XVIII, sendo irreal a presença de tupinambás na área, visto que eram inimigos das etnias do aldeamento.
A partir da apresentação do documento da Funai teve início uma corrida contra o tempo por parte de proprietários rurais, empresários e moradores do bairro ilheense, que serão atingidos pela medida, caso esta venha a se concretizar, no sentido de montar um relatório antropológico e socioeconômico de contestação das alegações feitas pelo órgão para propor a demarcação da reserva no local. (A. N.)
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