From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Documentário alemão sobre Belo Monte será exibido amanhã, em Davos
28/01/2010
Autor: Pedro Alexandre Vivan Gonçalves
Fonte: Cimi - http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=4393&eid=257
O documentário "Um outro mundo é possível - Luta pela Amazônia" é do cineasta Martin Keßler
Nesta sexta-feira, 29, um documentário alemão sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte será exibido num encontro paralelo ao Fórum Econômico de Davos. A exibição será acompanhada de uma palestra e uma petição contra a construção da Usina. Com o título "Um outro mundo é possível - Luta pela Amazônia", o cineasta Martin Keßler apresenta entrevistas, imagens da realidade do povo do Xingu e as consequências de tal obra tão grandiosa e tão temida por povos indígenas e ribeirinhos.
Sobre o filme
Sua foto em 1989 girou o mundo: falamos da índia Tuíra Kayapo, que com um facão atacou o representante do consórcio de energia da Eletrobrás na época. Um protesto contra a planejada destruição do habitat natural indígena, graças à construção da usina hidrelétrica de "Belo Monte", no rio Xingú (coração da Amazônia).
Resistências locais e internacionais conseguiram barrar "Belo Monte" naquele ano. Agora, o governo Lula quer finalmente terminar o maior projeto hidrelétrico brasileiro da atualidade. Como dizem, para dotar as empresas de mineração internacionais e indústrias com "eletricidade barata" e para "desenvolver economicamente" a Amazônia. Em consequência da obra, serão inundados cerca de 100 km quadrados de vegetação nativa. Contra isso, estão na luta as populações indígena e ribeirinha.
No início de 2009, o cineasta Martin Keßler visitou Belo Monte e o povo do rio Xingu com sua câmera. Ele investigou a fundo o sistema lucrativo relacionado à energia e ao alumínio na região. Ao mesmo tempo, defrontou-se com pescadores em suas casas miseráveis, com a crise financeira internacional e com metalúrgicos alemães e brasileiros. Além disso, conversou com o Presidente Lula, com o ex-chefe da Secretária de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, com o Teólogo Leonardo Boff e com a lendária índia Tuíra Kayapo. E muitos outros, que de todos os cantos do planeta foram ao Fórum Social Mundial, realizado na capital Belém (PA) em 2009, para lutar pela preservação do meio-ambiente e pela idéia de que um outro mundo é possível. Um mundo que não se trate em maximizar lucros, mas sim naturalizar economia e vida, conservando, desta forma, o nosso planeta, assim como a população indígena o vem praticando há séculos.
O documentário de Keßler também fornece um bom panorama do que foi o FSM 2009. Os entrevistados, como empresários e civis, desabafam suas angústias e desejos em construir e manter um mundo melhor para as gerações futuras. Situam aspectos políticos e sociais que precisamos melhorar, como um consumo consciente e planejado, em que o necessário não implique extravagância. Além de Berlim, o documentário fez uma turnê pela Alemanha, sendo exibido nas cidades de Munique, Saarbrucken, Stuttgart e Frankfurt. O próximo passo do cineasta será a divulgação do filme no Brasil, programado para o início deste ano.
Apoio(s): Fundação Hans-Böckler, Fundação Heinrich-Böll, IG BAU (BV), Fundação Otto-Brenner, Fundação Rosa-Luxemburg,Fundação Menschenwürde und Arbeitswelt, Fundação Umverteilen, ver.di BV
*Pedro Alexandre Vivan Gonçalves, jornalista e produtor do programa "Hora do Brasil" na rádio Unerhört Marburg
Nesta sexta-feira, 29, um documentário alemão sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte será exibido num encontro paralelo ao Fórum Econômico de Davos. A exibição será acompanhada de uma palestra e uma petição contra a construção da Usina. Com o título "Um outro mundo é possível - Luta pela Amazônia", o cineasta Martin Keßler apresenta entrevistas, imagens da realidade do povo do Xingu e as consequências de tal obra tão grandiosa e tão temida por povos indígenas e ribeirinhos.
Sobre o filme
Sua foto em 1989 girou o mundo: falamos da índia Tuíra Kayapo, que com um facão atacou o representante do consórcio de energia da Eletrobrás na época. Um protesto contra a planejada destruição do habitat natural indígena, graças à construção da usina hidrelétrica de "Belo Monte", no rio Xingú (coração da Amazônia).
Resistências locais e internacionais conseguiram barrar "Belo Monte" naquele ano. Agora, o governo Lula quer finalmente terminar o maior projeto hidrelétrico brasileiro da atualidade. Como dizem, para dotar as empresas de mineração internacionais e indústrias com "eletricidade barata" e para "desenvolver economicamente" a Amazônia. Em consequência da obra, serão inundados cerca de 100 km quadrados de vegetação nativa. Contra isso, estão na luta as populações indígena e ribeirinha.
No início de 2009, o cineasta Martin Keßler visitou Belo Monte e o povo do rio Xingu com sua câmera. Ele investigou a fundo o sistema lucrativo relacionado à energia e ao alumínio na região. Ao mesmo tempo, defrontou-se com pescadores em suas casas miseráveis, com a crise financeira internacional e com metalúrgicos alemães e brasileiros. Além disso, conversou com o Presidente Lula, com o ex-chefe da Secretária de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, com o Teólogo Leonardo Boff e com a lendária índia Tuíra Kayapo. E muitos outros, que de todos os cantos do planeta foram ao Fórum Social Mundial, realizado na capital Belém (PA) em 2009, para lutar pela preservação do meio-ambiente e pela idéia de que um outro mundo é possível. Um mundo que não se trate em maximizar lucros, mas sim naturalizar economia e vida, conservando, desta forma, o nosso planeta, assim como a população indígena o vem praticando há séculos.
O documentário de Keßler também fornece um bom panorama do que foi o FSM 2009. Os entrevistados, como empresários e civis, desabafam suas angústias e desejos em construir e manter um mundo melhor para as gerações futuras. Situam aspectos políticos e sociais que precisamos melhorar, como um consumo consciente e planejado, em que o necessário não implique extravagância. Além de Berlim, o documentário fez uma turnê pela Alemanha, sendo exibido nas cidades de Munique, Saarbrucken, Stuttgart e Frankfurt. O próximo passo do cineasta será a divulgação do filme no Brasil, programado para o início deste ano.
Apoio(s): Fundação Hans-Böckler, Fundação Heinrich-Böll, IG BAU (BV), Fundação Otto-Brenner, Fundação Rosa-Luxemburg,Fundação Menschenwürde und Arbeitswelt, Fundação Umverteilen, ver.di BV
*Pedro Alexandre Vivan Gonçalves, jornalista e produtor do programa "Hora do Brasil" na rádio Unerhört Marburg
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