From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índio Baniwa defende reconhecimento das escolas yanomami
24/07/2003
Fonte: CCPY Comissão Pró Yanomami- Boletim Yanomami 40-Boa Vista-RR
O professor Gersen Baniwa defendeu o reconhecimento pelo governo das escolas indígenas yanomami. Como palestrante do 1º Seminário Criança Esperança - Igualdade na Diversidade, promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Rede Globo, de 25 a 27 de junho, Gersen Baniwa criticou o comportamento do poder público que ignora os modelos alternativos aos do Estado. Segundo ele, de todas as escolas yanomami nenhuma é reconhecida. "Será que isso se deve ao fato de não aceitarem o modelo imposto de fora para dentro?", questionou. Ele defendeu maior apoio de organismos como o Unicef para que o Estado respeite os modelos educativos criados pelos povos indígenas. Citou como exemplo o município do São Gabriel da Cachoeira (AM) onde quase 90% da população é indígena e, mesmo assim, o sistema educacional não é orientado por um modelo que respeite essa realidade. "Os índios podem pensar suas escolas", reiterou Gersen Baniwa. Afirmou também que o atual processo se configura como um desmonte do sistema anterior no qual os índios conseguiram construir um modelo educacional, levando em conta as suas peculiaridades culturais.
Para Gersen Baniwa, é preciso atacar a "absoluta ignorância" da sociedade nacional em relação aos povos indígenas. Ao mesmo tempo, diz ele, é fundamental criar políticas claras para as comunidades. No seu entender, a definição e o respeito às terras indígenas e à educação são imprescindíveis para os povos indígenas. "É preciso que a criança e o jovem indígena tenham certeza de que haverá um futuro para eles", afirmou.
Hoje, na sua avaliação, o conjunto de projetos que tramitam no Congresso Nacional constitui uma ameaça às conquistas alcançadas pelos índios na Constituição de 1988. Como retrocesso ele citou projetos que propõem alteração nas normas de reconhecimento e demarcação das terras indígenas.
Para Gersen Baniwa, é preciso atacar a "absoluta ignorância" da sociedade nacional em relação aos povos indígenas. Ao mesmo tempo, diz ele, é fundamental criar políticas claras para as comunidades. No seu entender, a definição e o respeito às terras indígenas e à educação são imprescindíveis para os povos indígenas. "É preciso que a criança e o jovem indígena tenham certeza de que haverá um futuro para eles", afirmou.
Hoje, na sua avaliação, o conjunto de projetos que tramitam no Congresso Nacional constitui uma ameaça às conquistas alcançadas pelos índios na Constituição de 1988. Como retrocesso ele citou projetos que propõem alteração nas normas de reconhecimento e demarcação das terras indígenas.
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