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Funai diz que guaranis não deixam área antes da colheita

21/01/2005

Autor: Thaísa Bueno

Fonte: Campo Grande News-Campo Grande-MS



Os índios guarani-caiuá-ñandeva não aceitaram a decisão do juiz federal Odilon de Oliveira, que indeferiu o pedido de dilatação do prazo para deixem a Fazenda Fronteira, no município de Antônio João, e prometem resistir ação de despejo da Polícia Federal. A informação é confirmada pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que esteve ontem na região tentando negociar com os líderes indígenas. Conforme o diretor de Patrimônio e Meio Ambiente do órgão em Amambaí, Cleomar Vaz, a comunidade recusa a deixar a área antes dos 90 dias necessários para concluir a colheita.
"Eles alegam que, além de ser impossível abrigar 500 pessoas numa área de 26 hectares, como quer a Justiça, se não tiverem tempo para colher vão passar fome", explica Vaz. Ele adiantou que os índios estão dispostos a brigar pela permanência no local e que já começaram a se articular para manter a resistência.
O Juiz Federal alegou na sentença que a reintegração de posse já foi dada desde o ano passado e que portanto não há justificativa para ampliar o prazo de retirada das famílias do local. A Funai aguarda que o Ministério Público Federal, através do procurador Charles Pessoa, entre com recurso na Justiça Federal de São Paulo. "É a melhor as saída", defende o representante da Funai.
Os índios ocupam a terra desde 1998. A área tem sido motivo de protesto, tanto por parte dos indígenas, quanto pelos fazendeiros, que chegaram a fazer piquete, no ano passado, em frente ao Tribunal Regional Federal, em São Paulo.
 

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