From Indigenous Peoples in Brazil
News
ONU: Povos indígenas ainda enfrentam muitos desafios à sua saúde e bem-estar
08/08/2015
Fonte: Organização das Nações Unidas - ONU - www.nacoesunidas.org
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, marcado neste domingo (9), secretário-geral da ONU lembra que muitos avanços globais foram alcançados, mas alerta para problemas persistentes e por vezes crescentes, como a violência contra os povos originários e a mortalidade infantil.
No ano em que as Nações Unidas comemoram o seu 70o aniversário, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou por meio de uma mensagem global o Dia Internacional dos Povos Indígenas, marcado anualmente em 9 de agosto.
"Podemos olhar para trás para avaliar os grandes avanços da humanidade. A adoção em 2007, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi um dos muitos êxitos alcançados através da frutífera parceria entre os povos indígenas e os Estados-membros das Nações Unidas", disse Ban.
Ele lembrou que o ano também marca um divisor de águas no desenvolvimento humano. O período dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) se encerra no final de 2015 e será sucedido por uma agenda de desenvolvimento pós-2015 que avançará na inclusão e na prosperidade partilhada. "Esta agenda popular é um plano concreto de ação para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões, de forma irreversível, em todos os lugares, não deixando ninguém para trás", disse Ban Ki-moon na mensagem.
70 anos de desenvolvimento em 70 segundos: Povos Indígenas
O Dia Internacional se concentra, neste ano, na saúde e no bem-estar dos povos indígenas do mundo. "A Declaração afirma o direito de manter as práticas de saúde indígenas, bem como ter acesso a todos os serviços sociais e de saúde para o desfrute dos mais altos padrões de saúde física e mental. Devemos fazer todos os esforços para apoiar os direitos e aspirações dos povos indígenas, como afirmado na Declaração", disse o chefe da ONU.
Segundo Ban, os povos indígenas enfrentam uma ampla gama de desafios à sua saúde e bem-estar. "A maioria é eminentemente evitável. Eles incluem o saneamento e a habitação inadequados, a falta de assistência pré-natal, a violência generalizada contra as mulheres, bem como os altos índices de diabetes, abuso de drogas e álcool, suicídio de jovens e mortalidade infantil. Estas questões devem ser abordadas com urgência, como parte da agenda de desenvolvimento pós-2015, de forma culturalmente apropriada de modo a atender às concepções dos povos indígenas de e suas aspirações de bem-estar", acrescentou.
"Neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, eu apelo à comunidade internacional para garantir que eles não sejam deixados para trás. Para criar um futuro melhor e mais justo, vamos nos comprometer a fazer mais para melhorar a saúde e o bem-estar dos povos indígenas", concluiu Ban.
No Brasil, o programa do governo federal "Mais Médicos", que conta com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), tem não só levado serviços de saúde povos indígenas como também resgatado o saber tradicional destes povos. É o caso do médico cubano Javier Lopez Salazar, do Programa Mais Médicos, que chegou ao Brasil em janeiro de 2014. Especialista em Medicina Familiar e comunitária e com uma pós-graduação em Medicina Tradicional, ele iniciou um trabalho de resgate cultural na aldeia Kumenê, em Oiapoque, localizada a 590 quilômetros da capital do Amapá. (saiba mais aqui)
Em outro caso, os beneficiados vivem na aldeia tupiniquim Irajá, localizada a 12 km do centro do município de Aracruz, ao norte do Espírito Santo. Formada por pouco mais de 560 pessoas que lutam pela sobrevivência do seu povo, a aldeia conta pela primeira vez com um médico fixo, atendendo de segunda a sexta e exclusivo para a comunidade.
"É uma reivindicação antiga da gente, porque antes só tinha médico de vez em quando, às vezes era difícil conseguir ir até o polo ter atendimento ou esperar pela vinda do médico até aqui. Então isso para nós é uma vitória", disse Bruno Joaquim Siqueira, presidente do Conselho de Saúde da aldeia.
O médico cubano do Programa Mais Médicos José Antonio Fuentes Cabrera foi designado para a função. Além do curso de adaptação e capacitação que todos os médicos do Programa Mais Médicos fazem ao chegar ao Brasil, José Antonio fez um curso especial sobre cultura e saúde indígena antes de ser direcionado à aldeia. (saiba mais aqui)
Neste vídeo abaixo, indígenas do Brasil falam sobre seu futuro:
Povos indígenas falam sobre seu futuro
Confira abaixo um vídeo sobre a questão dos suicídios de jovens indígenas, abordado em uma reportagem especial da TV ONU:
Suicídio e desespero entre os indígenas do Brasil
http://nacoesunidas.org/onu-povos-indigenas-ainda-enfrentam-muitos-desafios-a-sua-saude-e-bem-estar/
No ano em que as Nações Unidas comemoram o seu 70o aniversário, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou por meio de uma mensagem global o Dia Internacional dos Povos Indígenas, marcado anualmente em 9 de agosto.
"Podemos olhar para trás para avaliar os grandes avanços da humanidade. A adoção em 2007, pela Assembleia Geral da ONU, da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas foi um dos muitos êxitos alcançados através da frutífera parceria entre os povos indígenas e os Estados-membros das Nações Unidas", disse Ban.
Ele lembrou que o ano também marca um divisor de águas no desenvolvimento humano. O período dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) se encerra no final de 2015 e será sucedido por uma agenda de desenvolvimento pós-2015 que avançará na inclusão e na prosperidade partilhada. "Esta agenda popular é um plano concreto de ação para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões, de forma irreversível, em todos os lugares, não deixando ninguém para trás", disse Ban Ki-moon na mensagem.
70 anos de desenvolvimento em 70 segundos: Povos Indígenas
O Dia Internacional se concentra, neste ano, na saúde e no bem-estar dos povos indígenas do mundo. "A Declaração afirma o direito de manter as práticas de saúde indígenas, bem como ter acesso a todos os serviços sociais e de saúde para o desfrute dos mais altos padrões de saúde física e mental. Devemos fazer todos os esforços para apoiar os direitos e aspirações dos povos indígenas, como afirmado na Declaração", disse o chefe da ONU.
Segundo Ban, os povos indígenas enfrentam uma ampla gama de desafios à sua saúde e bem-estar. "A maioria é eminentemente evitável. Eles incluem o saneamento e a habitação inadequados, a falta de assistência pré-natal, a violência generalizada contra as mulheres, bem como os altos índices de diabetes, abuso de drogas e álcool, suicídio de jovens e mortalidade infantil. Estas questões devem ser abordadas com urgência, como parte da agenda de desenvolvimento pós-2015, de forma culturalmente apropriada de modo a atender às concepções dos povos indígenas de e suas aspirações de bem-estar", acrescentou.
"Neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, eu apelo à comunidade internacional para garantir que eles não sejam deixados para trás. Para criar um futuro melhor e mais justo, vamos nos comprometer a fazer mais para melhorar a saúde e o bem-estar dos povos indígenas", concluiu Ban.
No Brasil, o programa do governo federal "Mais Médicos", que conta com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), tem não só levado serviços de saúde povos indígenas como também resgatado o saber tradicional destes povos. É o caso do médico cubano Javier Lopez Salazar, do Programa Mais Médicos, que chegou ao Brasil em janeiro de 2014. Especialista em Medicina Familiar e comunitária e com uma pós-graduação em Medicina Tradicional, ele iniciou um trabalho de resgate cultural na aldeia Kumenê, em Oiapoque, localizada a 590 quilômetros da capital do Amapá. (saiba mais aqui)
Em outro caso, os beneficiados vivem na aldeia tupiniquim Irajá, localizada a 12 km do centro do município de Aracruz, ao norte do Espírito Santo. Formada por pouco mais de 560 pessoas que lutam pela sobrevivência do seu povo, a aldeia conta pela primeira vez com um médico fixo, atendendo de segunda a sexta e exclusivo para a comunidade.
"É uma reivindicação antiga da gente, porque antes só tinha médico de vez em quando, às vezes era difícil conseguir ir até o polo ter atendimento ou esperar pela vinda do médico até aqui. Então isso para nós é uma vitória", disse Bruno Joaquim Siqueira, presidente do Conselho de Saúde da aldeia.
O médico cubano do Programa Mais Médicos José Antonio Fuentes Cabrera foi designado para a função. Além do curso de adaptação e capacitação que todos os médicos do Programa Mais Médicos fazem ao chegar ao Brasil, José Antonio fez um curso especial sobre cultura e saúde indígena antes de ser direcionado à aldeia. (saiba mais aqui)
Neste vídeo abaixo, indígenas do Brasil falam sobre seu futuro:
Povos indígenas falam sobre seu futuro
Confira abaixo um vídeo sobre a questão dos suicídios de jovens indígenas, abordado em uma reportagem especial da TV ONU:
Suicídio e desespero entre os indígenas do Brasil
http://nacoesunidas.org/onu-povos-indigenas-ainda-enfrentam-muitos-desafios-a-sua-saude-e-bem-estar/
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source