From Indigenous Peoples in Brazil
News
Cacique admite que ofereceu mogno a empresa canadense
25/05/2005
Autor: Reportagem - Ariadne Oliveira e Allan Pimentel Edição - Reja
Fonte: Agência Câmara-Brasília-DF
Em depoimento à CPI da Biopirataria, o chefe do posto da Funai em Colider (MT), cacique Megaron Txucarramãe, admitiu que viajou ao Canadá para oferecer madeira a uma empresa daquele país, com autorização do Ministério do Meio Ambiente e do próprio Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Minutos antes, ele havia garantido que jamais saíra do País.
O cacique negou envolvimento na suposta doação pelo Ibama de 66 mil metros cúbicos de mogno situado em terras indígenas, cuja extração é ilegal, à ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Segundo denúncias que chegaram à comissão, o material doado à ONG pelo Ibama foi vendido irregularmente a empresas japonesas e norte-americanas.
O depoimento não convenceu o deputado Hamilton Casara (PL-RO), que presidiu a audiência. Ele disse que vai pedir a convocação do assessor do cacique, conhecido como Chicão, e de um representante da ONG para depor na CPI.
Para Casara, é preciso fortalecer a presença dos órgãos públicos nas reservas indígenas para evitar a extração ilegal de madeira. "Precisamos fortalecer o braço do controle da fiscalização e monitoramento ambiental", afirmou o deputado.
Autorização do governo
No depoimento desta manhã, Megaron Txucarramãe relatou à CPI que os madeireiros abandonaram as reservas indígenas depois que o governo proibiu a extração de mogno. O cacique, então, teria ido ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama pedir orientação sobre o uso da madeira, quando teria recebido autorização para oferecer o produto a empresas interessadas, em troca de compensação financeira para as aldeias.
O depoente chegou a exibir uma carta do Ministério do Meio Ambiente para comprovar suas afirmações, mas o documento apresentado não contém a suposta autorização para negociação de mogno.
Próxima reunião
A CPI volta a se reunir nesta terça-feira (31), quando serão ouvidos o ex-coordenador de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Antenor Bastos Filho; e o assessor do presidente do Ibama, Paulo Henrique Borges Júnior.
O cacique negou envolvimento na suposta doação pelo Ibama de 66 mil metros cúbicos de mogno situado em terras indígenas, cuja extração é ilegal, à ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Segundo denúncias que chegaram à comissão, o material doado à ONG pelo Ibama foi vendido irregularmente a empresas japonesas e norte-americanas.
O depoimento não convenceu o deputado Hamilton Casara (PL-RO), que presidiu a audiência. Ele disse que vai pedir a convocação do assessor do cacique, conhecido como Chicão, e de um representante da ONG para depor na CPI.
Para Casara, é preciso fortalecer a presença dos órgãos públicos nas reservas indígenas para evitar a extração ilegal de madeira. "Precisamos fortalecer o braço do controle da fiscalização e monitoramento ambiental", afirmou o deputado.
Autorização do governo
No depoimento desta manhã, Megaron Txucarramãe relatou à CPI que os madeireiros abandonaram as reservas indígenas depois que o governo proibiu a extração de mogno. O cacique, então, teria ido ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama pedir orientação sobre o uso da madeira, quando teria recebido autorização para oferecer o produto a empresas interessadas, em troca de compensação financeira para as aldeias.
O depoente chegou a exibir uma carta do Ministério do Meio Ambiente para comprovar suas afirmações, mas o documento apresentado não contém a suposta autorização para negociação de mogno.
Próxima reunião
A CPI volta a se reunir nesta terça-feira (31), quando serão ouvidos o ex-coordenador de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Antenor Bastos Filho; e o assessor do presidente do Ibama, Paulo Henrique Borges Júnior.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source