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Beyo, índio de Mato Grosso, ficou bem na foto. E ganhou prêmio

03/05/2016

Fonte: Diário de Cuiabá - http://www.diariodecuiaba.com.br



O fotógrafo brasiliense Ricardo Stuckert aparece muito na mídia com seu nome ligado ao nome do presidente Luís Inácio Lula da Silva. É que durante os 8 anos em que o líder metalúrgico se transformou em uma das personalidade mais importantes da política mundial, governando o Brasil, eleito e reeleito para dois mandatos sucessivos, lá estava o Ricardo, atuando como o fotografo oficial da presidência da República. Assim como o fotógrafo José Medeiros, aqui em Mato Grosso acompanha o governador Zé Pedro Taques, retratando cada momento de sua trajetória governamental, assim também atuava o Ricardo Stuckert lá em Brasília.

Outra paixão, todavia, aproxima o Ricardo Stuckert do nosso José Medeiros, que é a paixão e a solidariedade para com os índios brasileiros. Ricardo Stuckert é autor de um grande projeto para documentar o modo de vida dos indíos brasileiros em diversas regiões do País, incluindo este nosso Mato Grosso, onde a presença das nações indígenas ainda é muito forte - por mais que os ruralistas, desmatadores e predadores de toda sorte, com seus jagunços e pistoleiros, batalhem pela sua dizimação.

Esta semana foi anunciado que o fotógrafo Ricardo Stuckert, que foi o fotógrafo do presidente Lula, e que é também o dedicado fotógrafo dos índios brasileiros, foi um dos premiados no Oman 1st Internacional Photography Circuit, premiação de fotografia que reuniu participantes de nada menos do 45 países de todo o mundo. A edição do concurso, este ano, teve quatro temas principais: pessoas, paisagem, preto e branco e colorido.

Ricardo Stuckert concorreu com uma imagem de um índio Kaiapó fotogrado enquanto mergulhava, paramentado com as cores de sua tribo, nas águas do rio Xingu. Para gáudio do fotografo e do índio Kaiapó, esta fotografia recebeu a medalha de ouro na categoria Muscat - Pessoas. Um prêmio muito disputado, já que a fotografia de Ricardo Stuckert competiu com nada menos que 1.885 imagens de profissionais do mais alto gabarito de países como China, Rússia, Portugal, Itália, Egito, entre outros.

O prêmio recebido pelo fotógrafo do presidente Lula é também um prêmio para os índios e para todo o povo humilde de Mato Grosso porque a imagem de Ricardo Stuckert foi feita durante viagem que realizou, em 2015, dentro de um projeto especial, à aldeia Kaiapó no Parque Nacional do Xingu, aqui no estado do Mato Grosso. Beyo, o índio retratado, vive na aldeia Metuktire.

Para mostrar o seu alto gabarito profissional, vejam que, além da foto do índio Beyo, da tribo Kaiapó, Ricardo Stuckert teve também outra fotografia selecionada na competição na categoria Nizwa-Pessoas. Na imagem, uma índia da etnia Ashaninka é retratada em um barco no rio Amônia, no estado do Acre. As duas fotos do fotógrafo brasileiro participarão de uma exposição na Sociedade Fotográfica de Omã, situada na península arábica.

O julgamento do concurso foi feito por uma comissão arbitrária composta por 12 fotógrafos de Omã experientes que ganharam títulos e medalhas, em nível local e internacional, além de quatro fotógrafos internacionais da China, Kuwait, Bahrein e Macedónia. As fotografias de Stuckert fazem parte do projeto "Índios brasileiros", um livro que deve ser lançado pelo fotógrafo em 2017 e que tem como proposta mostrar como vive hoje a população indígena do Brasil.

Ricardo Stuckert é de Brasília e tem 28 anos de profissão. Foi fotógrafo oficial da Presidência da República entre 2003 e 2011. Também trabalhou no jornal O Globo e nas revistas Caras, Istoé, e Veja. Em 1997, recebeu o prêmio Abril de fotojornalismo pela reportagem publicada na revista Veja sobre os índios da Amazônia.



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