From Indigenous Peoples in Brazil
News
Pólos-base estão sem comida e remédio
11/11/2005
Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
Situação na reserva indígena foi narrada pelos funcionários por
radiofonia
A falta de pagamento das horas de vôo da empresa Roraima Táxi Aéreo,
que atua na terra indígena Yanomami, está deixando os 30
profissionais que estão a mais de um mês dentro da área em situação
complicada. Começa a faltar comida para os funcionários e
medicamentos para os índios, como penicilina procaína e dipirona.
Através da radiofonia, a Folha conversou na tarde de ontem com
funcionários que atuam em vários pólos-base. Pela situação vivida,
eles relataram não agüentar mais passarem por esse problema, que vem
se arrastando por três meses. "Ficamos trabalhando sem data certa
para sair", falou um deles.
O grupo é composto por enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos
em laboratório, dentistas e auxiliares. Segundo relato, existem
casos de pessoas com mais de 45 dias trabalhando nas áreas. Há casos
de malária entre os funcionários. Eles se dizem revoltados com o
descaso para com eles e os indígenas.
Pela regra, a cada 30 dias devem ser trocadas as equipes. Sábado
passado, 5, venceu o prazo desses profissionais voltarem, para outra
equipe entrar na reserva. Também aguardam normalização dos vôos
aproximadamente 40 indígenas, que estão de alta na Casa do Índio, em
Boa Vista, e precisam voltar para suas aldeias.
Os vôos transportam os profissionais de saúde e os pacientes
indígenas, além de abastecer com medicamentos, insumos e alimentos
os 20 pólos-base - atendem uma população de 8 mil indígenas. O avião
é o único meio de transporte para chegar à área yanomami.
Sem condições de trabalho, esses profissionais enfrentam outro
problema: ameaças de agressões. "O indígena não quer saber se tem
comida ou não. Ele quer saber de atendimento. Agora, como vamos
atender, se não temos mais condições para isso?", questionou uma das
pessoas na radiofonia, afirmando já ter sido ameaçada de ser
flechada.
Mesmo vivendo problema delicado, eles disseram que, chegando na
cidade, não tem como abandonar o trabalho. "Precisamos sobreviver.
Temos que nos submeter a essa situação, porque temos família para
sustentar, contas a pagar e precisamos desse salário", desabafaram.
Por se tratar de um serviço especial, os profissionais disseram não
entender como pôde se chegar a essa situação, já que o Governo
Federal destina milhões de reais para execução dos serviços. Eles
acreditam que enquanto houver "dedo político" apontando os rumos dos
órgãos, nada vai funcionar.
radiofonia
A falta de pagamento das horas de vôo da empresa Roraima Táxi Aéreo,
que atua na terra indígena Yanomami, está deixando os 30
profissionais que estão a mais de um mês dentro da área em situação
complicada. Começa a faltar comida para os funcionários e
medicamentos para os índios, como penicilina procaína e dipirona.
Através da radiofonia, a Folha conversou na tarde de ontem com
funcionários que atuam em vários pólos-base. Pela situação vivida,
eles relataram não agüentar mais passarem por esse problema, que vem
se arrastando por três meses. "Ficamos trabalhando sem data certa
para sair", falou um deles.
O grupo é composto por enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos
em laboratório, dentistas e auxiliares. Segundo relato, existem
casos de pessoas com mais de 45 dias trabalhando nas áreas. Há casos
de malária entre os funcionários. Eles se dizem revoltados com o
descaso para com eles e os indígenas.
Pela regra, a cada 30 dias devem ser trocadas as equipes. Sábado
passado, 5, venceu o prazo desses profissionais voltarem, para outra
equipe entrar na reserva. Também aguardam normalização dos vôos
aproximadamente 40 indígenas, que estão de alta na Casa do Índio, em
Boa Vista, e precisam voltar para suas aldeias.
Os vôos transportam os profissionais de saúde e os pacientes
indígenas, além de abastecer com medicamentos, insumos e alimentos
os 20 pólos-base - atendem uma população de 8 mil indígenas. O avião
é o único meio de transporte para chegar à área yanomami.
Sem condições de trabalho, esses profissionais enfrentam outro
problema: ameaças de agressões. "O indígena não quer saber se tem
comida ou não. Ele quer saber de atendimento. Agora, como vamos
atender, se não temos mais condições para isso?", questionou uma das
pessoas na radiofonia, afirmando já ter sido ameaçada de ser
flechada.
Mesmo vivendo problema delicado, eles disseram que, chegando na
cidade, não tem como abandonar o trabalho. "Precisamos sobreviver.
Temos que nos submeter a essa situação, porque temos família para
sustentar, contas a pagar e precisamos desse salário", desabafaram.
Por se tratar de um serviço especial, os profissionais disseram não
entender como pôde se chegar a essa situação, já que o Governo
Federal destina milhões de reais para execução dos serviços. Eles
acreditam que enquanto houver "dedo político" apontando os rumos dos
órgãos, nada vai funcionar.
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