From Indigenous Peoples in Brazil
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Ingleses suspendem pesquisa
01/06/1997
Fonte: Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe010605.htm)
Ingleses suspendem pesquisa
O Jardim Botânico Real do Reino Unido suspendeu as pesquisas para a produção de medicamentos a partir de plantas brasileiras por considerar delicada demais a questão dos direitos sobre eventuais descobertas.
"Não queremos afetar negativamente o resto do trabalho que fazemos", disse Ghillean Prance, especialista em flora da Amazônia e diretor do Jardim Botânico Real de Kew.
O local possui um acervo de milhares de plantas da região.
Prance coordenou o programa de graduação do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) entre 1973 e 1975, e visita o Brasil com regularidade.
"Com razão, o Brasil quer proteger seus direitos. Nós somos totalmente a favor dos termos do tratado das Nações Unidas sobre a biodiversidade", disse ele.
A Convenção sobre a Biodiversidade foi assinada por representantes de 144 países durante a Eco-92.
O acordo prevê que produtos que utilizem conhecimento de comunidades indígenas ou matéria prima nativa devem pagar royalties à comunidade ou ao país.
Prance afirmou que os pesquisadores de Kew estão trabalhando com empresas do Chile e da Costa Rica, com a garantia de que, se houver viabilidade comercial dos medicamentos, os países de origem das plantas receberão parte dos royalties.
Empresas do ramo de cosméticos também estão interessadas em materiais encontrados no Brasil. A Body Shop, uma rede de lojas de artigos de higiene e beleza, tem um contrato com os índios caiapó para a compra de castanha do Pará.
A castanha é usada no preparo de xampus e condicionadores.
O valor anual do contrato é de US$ 160 mil. Segundo a empresa, nenhum conhecimento dos caiapó foi usado na produção. Eles só fornecem matéria-prima.
Pesquisadores ligados à rede estão em contato com os índios para a criação de novos cosméticos.
O Jardim Botânico Real do Reino Unido suspendeu as pesquisas para a produção de medicamentos a partir de plantas brasileiras por considerar delicada demais a questão dos direitos sobre eventuais descobertas.
"Não queremos afetar negativamente o resto do trabalho que fazemos", disse Ghillean Prance, especialista em flora da Amazônia e diretor do Jardim Botânico Real de Kew.
O local possui um acervo de milhares de plantas da região.
Prance coordenou o programa de graduação do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) entre 1973 e 1975, e visita o Brasil com regularidade.
"Com razão, o Brasil quer proteger seus direitos. Nós somos totalmente a favor dos termos do tratado das Nações Unidas sobre a biodiversidade", disse ele.
A Convenção sobre a Biodiversidade foi assinada por representantes de 144 países durante a Eco-92.
O acordo prevê que produtos que utilizem conhecimento de comunidades indígenas ou matéria prima nativa devem pagar royalties à comunidade ou ao país.
Prance afirmou que os pesquisadores de Kew estão trabalhando com empresas do Chile e da Costa Rica, com a garantia de que, se houver viabilidade comercial dos medicamentos, os países de origem das plantas receberão parte dos royalties.
Empresas do ramo de cosméticos também estão interessadas em materiais encontrados no Brasil. A Body Shop, uma rede de lojas de artigos de higiene e beleza, tem um contrato com os índios caiapó para a compra de castanha do Pará.
A castanha é usada no preparo de xampus e condicionadores.
O valor anual do contrato é de US$ 160 mil. Segundo a empresa, nenhum conhecimento dos caiapó foi usado na produção. Eles só fornecem matéria-prima.
Pesquisadores ligados à rede estão em contato com os índios para a criação de novos cosméticos.
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