From Indigenous Peoples in Brazil
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Apesar de distância e 'fake news', 53 por cento dos indígenas foram vacinados contra a Covid-19 no AP
06/02/2021
Autor: Núbia Pacheco
Fonte: G1 - https://g1.globo.com
Vacinação chegou a pouco mais de 4 mil indígenas. Governo pretende imunizar 7.616 habitantes de aldeias no AP e no Norte do PA. Público prioritário, eles integram a 1ª fase da campanha.
Mais de 4 mil indígenas já foram vacinados contra a Covid-19 no Amapá e Norte do Pará. Eles representam 53% da população que deve ser alcançada pela operação conjunta do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), do Ministério da Saúde (MS), com o governo do Estado.
A vacinação para esse público iniciou no dia 20 de janeiro, para os indígenas que estavam na área urbana de Macapá, e dois dias depois as doses foram enviadas para as aldeias. Eles integram a 1ª fase da vacinação contra a doença, por ser grupo prioritário.
A meta é levar a imunização para 7.616 habitantes de 142 aldeias indígenas que integram os municípios de Pedra Branca do Amapari, Oiapoque, e também o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.
Apesar de ter logística à disposição, o governo ressalta que algumas dificuldades foram encontradas, como por exemplo o difícil acesso às comunidades mais distantes e a recusa de alguns indígenas devido à propagação de "fake news" relacionadas ao imunizante.
As comunidades cujo acesso é somente aéreo, como por exemplos as terras Wajãpi, contam com o apoio do Ministério da Defesa e do Exército. Já as comunidade que possuem apenas o acesso fluvial ainda não foram alcançadas.
O coordenador do Dsei no Amapá e norte do Pará, Roberto Bernardes, informou que a primeira fase da imunização ainda não acabou.
"Isso se dá devido ao vasto território sanitário pelo qual o distrito é responsável. Estamos com todo o Amapá e o norte Pará. Enfrentamos dificuldades de chegar em Óbidos e Almeirim, que o único acesso é via aérea, mas estamos superando isso", contou Bernardes.
A coordenadora do Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi), Andreia Pacheco, contou que mesmo diante de algumas situações de desconfiança, a recepção da vacina pelos indígenas pode ser considerada boa. Ela falou com otimismo sobre o resultado do trabalho realizado.
"O trabalho é imenso, as distâncias, a estrada, o inverno amazônico, tudo são desafios [...]. Houve também indígenas que queriam esperar alguns serem vacinados para eles poderem ter certeza que as pessoas não iriam morrer, se com 20 dias iria ter óbitos, se iriam virar jacaré ou que não poderiam fazer filhos, essas 'fake news' que atingiram muito a aldeia [Kumenê], mas de forma geral, foi muito bom", contou Andreia.
Segundo o governo, a primeira fase da vacinação continua nas regiões ainda não alcançadas. Já nas demais comunidades, a aplicação da segunda dose está prevista para iniciar na próxima semana.
Cobertura da vacinação
Oiapoque (AP):
Polo Base Manga: 1.56
Polo Base Kumarumã: 745
Polo Base Kumenê: 195
Pedra Branca do Amapari (AP):
Polo Base Aramirã: 399
Óbidos - PA:
Polo Base Missão Tiriyó: 440
Almeirim (PA):
Polo Base Bona: 213
Área urbana do Amapá:
Macapá: 205
Oiapoque: 293
Total no Amapá e Norte do Pará: 4.053
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2021/02/06/apesar-de-distancia-e-fake-news-53percent-dos-indigenas-foram-vacinados-contra-a-covid-19-no-ap.ghtml
Mais de 4 mil indígenas já foram vacinados contra a Covid-19 no Amapá e Norte do Pará. Eles representam 53% da população que deve ser alcançada pela operação conjunta do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), do Ministério da Saúde (MS), com o governo do Estado.
A vacinação para esse público iniciou no dia 20 de janeiro, para os indígenas que estavam na área urbana de Macapá, e dois dias depois as doses foram enviadas para as aldeias. Eles integram a 1ª fase da vacinação contra a doença, por ser grupo prioritário.
A meta é levar a imunização para 7.616 habitantes de 142 aldeias indígenas que integram os municípios de Pedra Branca do Amapari, Oiapoque, e também o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.
Apesar de ter logística à disposição, o governo ressalta que algumas dificuldades foram encontradas, como por exemplo o difícil acesso às comunidades mais distantes e a recusa de alguns indígenas devido à propagação de "fake news" relacionadas ao imunizante.
As comunidades cujo acesso é somente aéreo, como por exemplos as terras Wajãpi, contam com o apoio do Ministério da Defesa e do Exército. Já as comunidade que possuem apenas o acesso fluvial ainda não foram alcançadas.
O coordenador do Dsei no Amapá e norte do Pará, Roberto Bernardes, informou que a primeira fase da imunização ainda não acabou.
"Isso se dá devido ao vasto território sanitário pelo qual o distrito é responsável. Estamos com todo o Amapá e o norte Pará. Enfrentamos dificuldades de chegar em Óbidos e Almeirim, que o único acesso é via aérea, mas estamos superando isso", contou Bernardes.
A coordenadora do Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi), Andreia Pacheco, contou que mesmo diante de algumas situações de desconfiança, a recepção da vacina pelos indígenas pode ser considerada boa. Ela falou com otimismo sobre o resultado do trabalho realizado.
"O trabalho é imenso, as distâncias, a estrada, o inverno amazônico, tudo são desafios [...]. Houve também indígenas que queriam esperar alguns serem vacinados para eles poderem ter certeza que as pessoas não iriam morrer, se com 20 dias iria ter óbitos, se iriam virar jacaré ou que não poderiam fazer filhos, essas 'fake news' que atingiram muito a aldeia [Kumenê], mas de forma geral, foi muito bom", contou Andreia.
Segundo o governo, a primeira fase da vacinação continua nas regiões ainda não alcançadas. Já nas demais comunidades, a aplicação da segunda dose está prevista para iniciar na próxima semana.
Cobertura da vacinação
Oiapoque (AP):
Polo Base Manga: 1.56
Polo Base Kumarumã: 745
Polo Base Kumenê: 195
Pedra Branca do Amapari (AP):
Polo Base Aramirã: 399
Óbidos - PA:
Polo Base Missão Tiriyó: 440
Almeirim (PA):
Polo Base Bona: 213
Área urbana do Amapá:
Macapá: 205
Oiapoque: 293
Total no Amapá e Norte do Pará: 4.053
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2021/02/06/apesar-de-distancia-e-fake-news-53percent-dos-indigenas-foram-vacinados-contra-a-covid-19-no-ap.ghtml
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