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MapBiomas afirma que 77% do garimpo na Amazônia está a menos de 500 metros de corpos d'água

03/06/2024

Fonte: Sagres Online - sagresonline.com.br



Dados de 2022 mostram como o garimpo ameaça a preservação de rios, lagos e igarapés, pois o MapBiomas identificou que 77% dessa atividade na Amazônia está a menos de 500 metros de algum corpo d'água. A informação está na Coleção 8 de mapas sobre a cobertura e uso da terra no Brasil e na Coleção 2 do mapeamento de superfície de água do país relativos ao ano de 2022.

Os números do levantamento indicam que a Amazônia tinha sozinha 92% da área de garimpo do país naquele ano, sendo assim 241 mil hectares. Então, desse total, 186 mil hectares estavam a menos de meio quilômetro de cursos d'água.

A proximidade não é novidade, pois a extração do ouro, por exemplo, está ligada à água na Amazônia. No entanto, o coordenador técnico do mapeamento de mineração no MapBiomas, Cesar Diniz, destacou que a contaminação da água alcança áreas maiores que o desmatamento.

"É uma das características de alto risco, ambiental e social, que essa atividade oferece ao bioma. Enquanto o desmatamento fica circunscrito à área garimpada, o assoreamento gerado pela movimentação de terra na proximidade das bordas de rios e igarapés e a contaminação da água pelo mercúrio, e mais recentemente por cianeto, alcançam áreas muito maiores", disse.

Terras Indígenas
O MapBiomas mapeou a quantidade de pistas de pouso dentro de Terras Indígenas (TI) na Amazônia e notou a proximidade delas com as áreas de garimpo. No total, a rede colaborativa identificou 201 pistas de pouso nas TI Yanomami, Raposa Serra do Sol, Kayapó, Munduruku e Parque do Xingu.

A maioria delas está localizada a menos de cinco quilômetros das áreas de garimpo. As imagens de satélite mostraram, por exemplo, que 10% da área garimpada da Amazônia está dentro de Terras Indígenas, isso representa 25,1 mil hectares.

O fato chamou atenção porque os territórios indígenas são áreas preservadas e porque a presença de garimpos próximos aos cursos d'água prejudica a subsistência alimentar e a saúde da população local.

"A contaminação dos rios e lagos representa para ribeirinhos e indígenas a fome, a sede e graves riscos à saúde destas comunidades - todos muito mais graves nas fases iniciais da vida", afirmou Diniz.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 - Ação contra a mudança global do clima.


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