From Indigenous Peoples in Brazil

News

Desmatamento na Terra Indígena Apyterewa (PA) cai 97% no primeiro semestre de 2024 com ações do Governo Federal

12/09/2024

Fonte: Funai - https://www.gov.br



O desmatamento na Terra Indígena (TI) Apyterewa, no estado do Pará, caiu 97% no primeiro semestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre 1o de janeiro e 30 de junho de 2023, cerca de 357 hectares foram desmatados. Já neste ano, considerando o mesmo intervalo de tempo, a área desmatada corresponde a aproximadamente 11 hectares. Os dados são do Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A presença permanente do Estado brasileiro, com ações de desintrusão, fez com que o chamado desmatamento de corte raso - ação de derrubar a floresta de uma só vez para atividade ilegal - diminuísse consideravelmente na TI Apyterewa. Até então, o território era considerado o mais desmatado da Amazônia Legal. A Vila Renascer, por exemplo, era o principal núcleo de invasores. Hoje, está 100% desocupada desde dezembro de 2023.

Os dados do CMR mostram ainda uma queda acentuada na comparação com 2022, quando foram registrados 8,6 mil hectares de floresta desmatada de janeiro a dezembro. Já em 2023, no mesmo período, o número caiu para 2,6 mil - uma queda de cerca de 69,77% na área desmatada. O Governo Federal tem realizado ações de fiscalização, por meio das forças de segurança pública e agentes ambientais, com apoio da Funai, para aumentar a proteção do povo Parakanã, que vive na região, e dos recursos naturais na TI Apyterewa. Os esforços governamentais incluem ainda o apoio à reocupação do território pelos indígenas

Na série histórica, iniciada em 2016 (ver gráfico), é possível observar que foram registrados 492 hectares de área desmatada. Naquela ocasião estavam em curso ações de desintrusão, que não chegaram a ser concluídas. Com a paralisação dos trabalhos, o desmatamento aumentou nos anos subsequentes e alcançou patamares muito elevados entre os anos de 2019 e 2022, recuando somente em 2023, quando as ações de retirada de invasores foram retomadas.

CMR

O Centro de Monitoramento Remoto foi desenvolvido pela Funai para possibilitar o acompanhamento diário de ocorrências em terras indígenas como desmatamento, degradação, mudança de uso e de ocupação do solo nesses territórios.

As informações geradas a partir de imagens captadas pelo satélite Landsat-8 são subsídios indispensáveis não só ao planejamento de ações de proteção territorial, mas ao trabalho indigenista como um todo.

A função do CMR é integrar informações que fundamentam o planejamento de ações indigenistas. O banco que vem sendo alimentado desde o ano de 2015 disponibiliza dados extraídos de imagens produzidas ciclicamente, com resolução espacial de 30 metros, em que a menor unidade da imagem representa 30 metros na superfície da Terra.

A varredura praticamente quinzenal da superfície torna possível a detecção de mudanças como corte raso, degradação, desmatamento em área de regeneração e fogo em floresta.

Funai, Ibama, Polícia Federal e Força Nacional combatem incêndios criminosos na Terra Indígena Apyterewa, no Pará

Assessoria de Comunicação/Funai

https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2024/desmatamento-na-terra-indigena-apyterewa-pa-cai-96-7-no-primeiro-semestre-de-2024-com-acoes-do-governo-federal
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source