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Funai, PF e ICMbio combatem garimpo ilegal no Vale do Javari e causam prejuízo de R$ 18 milhões aos criminosos
31/07/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Operação Kampô, deflagrada entre os dias 22 e 30 de julho, causou um prejuízo superior à R$ 18 milhões ao garimpo ilegal no Amazonas. A ação integrada foi realizada para combater a mineração na bacia hidrográfica dos rios Jutaí, Bóia e Igarapé Preto, no município de Jutaí (AM). A área fica no entorno da Terra Indígena Vale do Javari, onde vive a maior concentração de povos indígenas em isolamento voluntário do mundo.
A ação contou com a participação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da Coordenação Regional em Alto Solimões (CR-AS) e da Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari (FPE-VJ); da Polícia Federal; e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A FPE-VJ é uma das unidades da Funai especializada na proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas isolados e de recente contato.
A operação contou com o suporte da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), que congrega esforços dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira e dos outros oito países que também possuem a Floresta Amazônica em seus territórios.
Prejuízo ao garimpo
A operação resultou na destruição e apreensão de 16 dragas, 4 mil litros de combustível, 5 rebocadores, 2 embarcações regionais, 6 voadeiras, frascos de mercúrio, 4 motores de popa, 3 inversores, carregador de bateria e 2 redes de comunicação (Starlink). Os materiais foram destruídos de acordo com critérios previstos em normativos ambientais.
Além da apreensão e destruição dos materiais empregados na lavra ilegal, foram coletados documentos e registros que poderão subsidiar futuras investigações criminais voltadas à identificação dos responsáveis pela atividade ilícita e à responsabilização penal, civil e ambiental.
Impactos ambientais
Durante a operação, foram encontrados vivos, em algumas dragas, quelônios amazônicos pertencentes às espécies tartaruga-da-Amazônia, tracajá e iaçá. Esta última é classificada como quase ameaçada de extinção, conforme listas oficiais de conservação. Os quelônios foram apreendidos e soltos no local. Também foram localizados ovos de quelônios (tracajá) e de aves aquáticas da região, como a gaivota e o corta-água. Esses animais e seus ovos costumam ser capturados e coletados ilegalmente para consumo pelos garimpeiros.
O objetivo da operação foi interromper as atividades de mineração ilegal que vinham sendo praticadas na região, as quais causam severos danos ao meio ambiente e afetam diretamente a qualidade de vida das comunidades e povos tradicionais, como os indígenas isolados. Dentre os impactos ambientais identificados, destaca-se a degradação da calha do rio Jutaí e de seus afluentes, assoreamento, lançamento de sedimentos e rejeitos contaminados por mercúrio, substância tóxica utilizada no processo de extração de ouro.
Povos isolados
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, com cerca de 8,5 milhões de hectares, e concentra a maior população de indígenas isolados do mundo. Atualmente, há nove referências confirmadas de grupos isolados e outras cinco em estudo, além de aproximadamente 7 mil indígenas dos povos Matis, Matsés, Mayoruna, Marubo, Kanamary, Kulina Pano, Korubo e Tshom Dyapa.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-pf-e-icmbio-combatem-garimpo-ilegal-no-vale-do-javari-e-causam-prejuizo-de-r-18-milhoes-aos-criminosos
A ação contou com a participação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da Coordenação Regional em Alto Solimões (CR-AS) e da Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari (FPE-VJ); da Polícia Federal; e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A FPE-VJ é uma das unidades da Funai especializada na proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas isolados e de recente contato.
A operação contou com o suporte da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), que congrega esforços dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira e dos outros oito países que também possuem a Floresta Amazônica em seus territórios.
Prejuízo ao garimpo
A operação resultou na destruição e apreensão de 16 dragas, 4 mil litros de combustível, 5 rebocadores, 2 embarcações regionais, 6 voadeiras, frascos de mercúrio, 4 motores de popa, 3 inversores, carregador de bateria e 2 redes de comunicação (Starlink). Os materiais foram destruídos de acordo com critérios previstos em normativos ambientais.
Além da apreensão e destruição dos materiais empregados na lavra ilegal, foram coletados documentos e registros que poderão subsidiar futuras investigações criminais voltadas à identificação dos responsáveis pela atividade ilícita e à responsabilização penal, civil e ambiental.
Impactos ambientais
Durante a operação, foram encontrados vivos, em algumas dragas, quelônios amazônicos pertencentes às espécies tartaruga-da-Amazônia, tracajá e iaçá. Esta última é classificada como quase ameaçada de extinção, conforme listas oficiais de conservação. Os quelônios foram apreendidos e soltos no local. Também foram localizados ovos de quelônios (tracajá) e de aves aquáticas da região, como a gaivota e o corta-água. Esses animais e seus ovos costumam ser capturados e coletados ilegalmente para consumo pelos garimpeiros.
O objetivo da operação foi interromper as atividades de mineração ilegal que vinham sendo praticadas na região, as quais causam severos danos ao meio ambiente e afetam diretamente a qualidade de vida das comunidades e povos tradicionais, como os indígenas isolados. Dentre os impactos ambientais identificados, destaca-se a degradação da calha do rio Jutaí e de seus afluentes, assoreamento, lançamento de sedimentos e rejeitos contaminados por mercúrio, substância tóxica utilizada no processo de extração de ouro.
Povos isolados
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, com cerca de 8,5 milhões de hectares, e concentra a maior população de indígenas isolados do mundo. Atualmente, há nove referências confirmadas de grupos isolados e outras cinco em estudo, além de aproximadamente 7 mil indígenas dos povos Matis, Matsés, Mayoruna, Marubo, Kanamary, Kulina Pano, Korubo e Tshom Dyapa.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-pf-e-icmbio-combatem-garimpo-ilegal-no-vale-do-javari-e-causam-prejuizo-de-r-18-milhoes-aos-criminosos
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