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Funai participa de cúpula mundial e reforça o protagonismo dos povos indígenas na preservação das florestas
08/10/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A criação do projeto Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi o destaque da participação da presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, durante a Cúpula Mundial dos Povos Indígenas e da Natureza, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, nesta quarta-feira (8). A diretora de Gestão Ambiental e Territorial, Lucia Alberta, também participa da agenda.
Na ocasião, a presidenta da Funai ressaltou que o TFFF é uma proposta brasileira que visa implementar um modelo econômico e inovador de financiamento para a preservação das florestas tropicais. "Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente [da República] Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil foi o primeiro país do mundo a investir na criação de um fundo para florestas, um mecanismo que será lançado oficialmente no próximo mês, na Conferência das Partes (COP 30)", destacou Joenia Wapichana.
A declaração aconteceu durante o painel "Liderança Indígena na Política Global: Territórios Indígenas e Tradicionais (ITTs) e Conservação da Biodiversidade", que reuniu líderes de povos indígenas, representantes de governos e organizações internacionais de todo o mundo, para troca de conhecimentos sobre Territórios Indígenas e Tradicionais e Conservação da Biodiversidade.
Durante o evento, a presidenta da Funai reforçou que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre busca remunerar países pela preservação florestal e destinar 20% dos recursos diretamente aos povos indígenas, reconhecendo-os como os verdadeiros protetores da natureza. "Trata-se de um novo paradigma de justiça ambiental, em que o reconhecimento se traduz em financiamento, autonomia e poder de decisão".
Joenia mencionou dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que apontam que os povos indígenas são responsáveis pela proteção de 25% das florestas tropicais remanescentes, além de garantir a preservação de 80% da biodiversidade mundial. "Enquanto o mundo busca soluções tecnológicas, nós praticamos soluções territoriais, baseadas no equilíbrio entre uso e conservação. Sem os povos indígenas, as metas climáticas globais não serão alcançadas. Nosso modo de vida é, há séculos, uma resposta viva ao desafio climático", afirmou.
A presidenta da Funai ainda destacou que não há solução real para a crise climática sem os povos indígenas. "A agenda climática global passa necessariamente pelos territórios tradicionais, pelos conhecimentos ancestrais e pelas lideranças indígenas. Os povos indígenas são protagonistas da conservação da natureza, da proteção das florestas e da defesa da vida".
Outro ponto de destaque mencionado por Joenia Wapichana em Abu Dhabi, foi o processo de reestruturação da Funai iniciado em 2025, representando um avanço na política indigenista do país e fortalecimento da capacidade institucional do órgão.
Conservação da biodiversidade
O Brasil abriga atualmente 305 povos indígenas que falam 274 línguas, ocupando mais de 730 terras indígenas em aproximadamente 500 territórios já regularizados, o que corresponde a 14% do território nacional, presentes em todos os biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
Esses territórios protegem uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta e cumprem papel essencial na regulação do clima global. "De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento em terras indígenas é dez vezes menor do que em áreas não protegidas. Onde há presença indígena, há floresta viva, há equilíbrio e há futuro", destacou Joenia Wapichana.
Essa proteção se organiza por meio da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PNGATI), um marco de integração entre conservação, manejo sustentável e autonomia dos povos.
Mais de 200 Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) estão em execução em todo o país, fortalecendo economias de base comunitária, promovendo a educação ambiental intercultural e aprimorando o monitoramento participativo dos territórios.
Segundo a presidenta da Funai, o Brasil finalmente retomou seu papel de protagonista global na pauta do clima. "Todas as ações reafirmam uma diretriz central: o Brasil enxerga os povos indígenas não como beneficiários, mas como parceiros de Estado na governança ambiental. E essa visão se projeta para o mundo".
COP 30
Neste ano, o Brasil sediará a COP 30, em Belém do Pará: a COP da Amazônia e da Implementação. De acordo com Joenia Wapichana este será um marco histórico, que colocará os povos indígenas e as comunidades tradicionais no centro da transformação climática global. "Realizá-la no coração da floresta é um gesto simbólico e estratégico: reconhecer que o futuro do planeta depende das florestas tropicais", concluiu, reafirmando o compromisso da Funai com o diálogo, a transparência e a implementação de políticas globais relacionadas ao clima e à biodiversidade.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-participa-de-cupula-mundial-e-reforca-o-protagonismo-dos-povos-indigenas-na-preservacao-das-florestas
Na ocasião, a presidenta da Funai ressaltou que o TFFF é uma proposta brasileira que visa implementar um modelo econômico e inovador de financiamento para a preservação das florestas tropicais. "Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente [da República] Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil foi o primeiro país do mundo a investir na criação de um fundo para florestas, um mecanismo que será lançado oficialmente no próximo mês, na Conferência das Partes (COP 30)", destacou Joenia Wapichana.
A declaração aconteceu durante o painel "Liderança Indígena na Política Global: Territórios Indígenas e Tradicionais (ITTs) e Conservação da Biodiversidade", que reuniu líderes de povos indígenas, representantes de governos e organizações internacionais de todo o mundo, para troca de conhecimentos sobre Territórios Indígenas e Tradicionais e Conservação da Biodiversidade.
Durante o evento, a presidenta da Funai reforçou que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre busca remunerar países pela preservação florestal e destinar 20% dos recursos diretamente aos povos indígenas, reconhecendo-os como os verdadeiros protetores da natureza. "Trata-se de um novo paradigma de justiça ambiental, em que o reconhecimento se traduz em financiamento, autonomia e poder de decisão".
Joenia mencionou dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que apontam que os povos indígenas são responsáveis pela proteção de 25% das florestas tropicais remanescentes, além de garantir a preservação de 80% da biodiversidade mundial. "Enquanto o mundo busca soluções tecnológicas, nós praticamos soluções territoriais, baseadas no equilíbrio entre uso e conservação. Sem os povos indígenas, as metas climáticas globais não serão alcançadas. Nosso modo de vida é, há séculos, uma resposta viva ao desafio climático", afirmou.
A presidenta da Funai ainda destacou que não há solução real para a crise climática sem os povos indígenas. "A agenda climática global passa necessariamente pelos territórios tradicionais, pelos conhecimentos ancestrais e pelas lideranças indígenas. Os povos indígenas são protagonistas da conservação da natureza, da proteção das florestas e da defesa da vida".
Outro ponto de destaque mencionado por Joenia Wapichana em Abu Dhabi, foi o processo de reestruturação da Funai iniciado em 2025, representando um avanço na política indigenista do país e fortalecimento da capacidade institucional do órgão.
Conservação da biodiversidade
O Brasil abriga atualmente 305 povos indígenas que falam 274 línguas, ocupando mais de 730 terras indígenas em aproximadamente 500 territórios já regularizados, o que corresponde a 14% do território nacional, presentes em todos os biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
Esses territórios protegem uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta e cumprem papel essencial na regulação do clima global. "De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento em terras indígenas é dez vezes menor do que em áreas não protegidas. Onde há presença indígena, há floresta viva, há equilíbrio e há futuro", destacou Joenia Wapichana.
Essa proteção se organiza por meio da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PNGATI), um marco de integração entre conservação, manejo sustentável e autonomia dos povos.
Mais de 200 Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) estão em execução em todo o país, fortalecendo economias de base comunitária, promovendo a educação ambiental intercultural e aprimorando o monitoramento participativo dos territórios.
Segundo a presidenta da Funai, o Brasil finalmente retomou seu papel de protagonista global na pauta do clima. "Todas as ações reafirmam uma diretriz central: o Brasil enxerga os povos indígenas não como beneficiários, mas como parceiros de Estado na governança ambiental. E essa visão se projeta para o mundo".
COP 30
Neste ano, o Brasil sediará a COP 30, em Belém do Pará: a COP da Amazônia e da Implementação. De acordo com Joenia Wapichana este será um marco histórico, que colocará os povos indígenas e as comunidades tradicionais no centro da transformação climática global. "Realizá-la no coração da floresta é um gesto simbólico e estratégico: reconhecer que o futuro do planeta depende das florestas tropicais", concluiu, reafirmando o compromisso da Funai com o diálogo, a transparência e a implementação de políticas globais relacionadas ao clima e à biodiversidade.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-participa-de-cupula-mundial-e-reforca-o-protagonismo-dos-povos-indigenas-na-preservacao-das-florestas
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