From Indigenous Peoples in Brazil
News
Lula anuncia investimento de US$ 1 bi em fundo de florestas
23/09/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Lula anuncia investimento de US$ 1 bi em fundo de florestas
Mecanismo precisa de US$ 25 bilhões para começar; Brasil espera receber R$ 7 bi anuais, mais lucros
Objetivo é ter a iniciativa operacional para a COP30, para alavancar recursos privados
23/09/2025
João Gabriel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (23), durante evento em Nova York (EUA), um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bi) no Fundo Florestas para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).
A intenção de ser o primeiro investidor do mecanismo, antecipada pela Folha, tem como objetivo incentivar outros países a fazerem o mesmo. Lula foi aplaudido após o anúncio.
"O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com investimento no Fundo", disse Lula em discurso durante o evento, que foi voltado para promover o TFFF.
"Convido todos os parceiros presentes a apresentarem contribuições igualmente ambiciosas para que o TFFF possa entrar em operação na COP30, em novembro, na amazônia", continuou, reivindicando que outras nações também façam seus aportes até a conferência climática em Belém.
De acordo com informações obtidas pela Folha, este aporte inicial será feito com recursos do Fundo Clima, que já tem R$ 42,5 bilhões previstos pelo Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para o ano de 2026.
Segundo cálculos preliminares feitos pelo governo Lula, em um cenário de incêndios florestais controlados e desmatamento zero, o Brasil poderia receber algo em torno de R$ 7 bilhões por ano -o país é o com maior presença deste tipo de bioma no mundo, o que inclui a amazônia e a mata atlântica.
Mas para que isso se torne realidade, primeiro o fundo precisa ser criado, e o passo inicial para isso acontecer é conseguir uma soma de até US$ 25 bilhões (cerca de R$ 132 bilhões) em compromissos de investimentos por parte de nações ou entidades filantrópicas.
Por isso, o governo brasileiro deve focar, daqui até a COP30, em conseguir estes novos aportes.
Alemanha, Noruega e Reino Unido são citados, nos bastidores, como os que estão mais perto de tomarem essa mesma decisão. Representantes da China têm apoiado publicamente o mecanismo, mas ainda sem investimento.
Lula citou a importância das florestas tropicais na conservação das águas e na absorção de gases de efeito estufa.
Também lembrou que o financiamento tem sido a principal trava das negociações climáticas nos últimos anos. Como mostrou a Folha, isso acontece diante da resistência das nações ricas em responder à demanda das nações em desenvolvimento por maior alocação de recursos para soluções climáticas.
"Contar com financiamento estável e contínuo para políticas públicas estruturantes dessa natureza terá impacto transformador no Sul Global. Direcionar parte desses recursos aos povos indígenas e comunidades locais pode garantir meios adequados para quem sempre cuidou de nossos bosques e matas", disse Lula.
O mecanismo prevê que 20% dos recursos devem ir para os povos indígenas.
"O objetivo é remunerar os países que mantêm suas florestas tropicais em pé. O TFFF preserva o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas [parte da Convenção do Clima da ONU]. Ele será complementar aos mecanismos de pagamento por redução de emissões de gases de efeito estufa", completou.
O TFFF, mecanismo idealizado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, funciona como um fundo tradicional, que remunera seus acionistas com parte dos seus lucros.
A diferença é que parte deste percentual é revertido a nações com florestas tropicais, mesmo que elas não apliquem recursos no mecanismo, desde que cumpram requisitos de preservação ambiental.
Para calcular este retorno, são levados em consideração fatores como o tamanho da cobertura vegetal, a taxa de desmatamento e a de degradação.
O Brasil espera que, até a COP30, a soma dos compromissos das nações chegue a um valor ao menos próximo a US$ 25 bilhões, mas que já possibilite que o mecanismo inicie suas operações.
Essa é a condição inicial para então alavancar mais R$ 100 bilhões (R$ 530 bi) de recursos com o mercado financeiro.
Segundo a estrutura idealizada para o TFFF, esse montante seria capaz de fazer o mecanismo render um retorno a taxas de mercado para todos os seus investidores e mais US$ 4 (R$ 21) para cada hectare de floresta tropical no mundo.
Com a alocação de recursos no fundo, o Brasil terá direito tanto aos seus rendimentos quanto também à parcela pela conservação de sua vegetação.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/09/lula-anuncia-investimento-de-r-1-bi-em-fundo-de-florestas.shtml
Mecanismo precisa de US$ 25 bilhões para começar; Brasil espera receber R$ 7 bi anuais, mais lucros
Objetivo é ter a iniciativa operacional para a COP30, para alavancar recursos privados
23/09/2025
João Gabriel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (23), durante evento em Nova York (EUA), um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bi) no Fundo Florestas para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).
A intenção de ser o primeiro investidor do mecanismo, antecipada pela Folha, tem como objetivo incentivar outros países a fazerem o mesmo. Lula foi aplaudido após o anúncio.
"O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com investimento no Fundo", disse Lula em discurso durante o evento, que foi voltado para promover o TFFF.
"Convido todos os parceiros presentes a apresentarem contribuições igualmente ambiciosas para que o TFFF possa entrar em operação na COP30, em novembro, na amazônia", continuou, reivindicando que outras nações também façam seus aportes até a conferência climática em Belém.
De acordo com informações obtidas pela Folha, este aporte inicial será feito com recursos do Fundo Clima, que já tem R$ 42,5 bilhões previstos pelo Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para o ano de 2026.
Segundo cálculos preliminares feitos pelo governo Lula, em um cenário de incêndios florestais controlados e desmatamento zero, o Brasil poderia receber algo em torno de R$ 7 bilhões por ano -o país é o com maior presença deste tipo de bioma no mundo, o que inclui a amazônia e a mata atlântica.
Mas para que isso se torne realidade, primeiro o fundo precisa ser criado, e o passo inicial para isso acontecer é conseguir uma soma de até US$ 25 bilhões (cerca de R$ 132 bilhões) em compromissos de investimentos por parte de nações ou entidades filantrópicas.
Por isso, o governo brasileiro deve focar, daqui até a COP30, em conseguir estes novos aportes.
Alemanha, Noruega e Reino Unido são citados, nos bastidores, como os que estão mais perto de tomarem essa mesma decisão. Representantes da China têm apoiado publicamente o mecanismo, mas ainda sem investimento.
Lula citou a importância das florestas tropicais na conservação das águas e na absorção de gases de efeito estufa.
Também lembrou que o financiamento tem sido a principal trava das negociações climáticas nos últimos anos. Como mostrou a Folha, isso acontece diante da resistência das nações ricas em responder à demanda das nações em desenvolvimento por maior alocação de recursos para soluções climáticas.
"Contar com financiamento estável e contínuo para políticas públicas estruturantes dessa natureza terá impacto transformador no Sul Global. Direcionar parte desses recursos aos povos indígenas e comunidades locais pode garantir meios adequados para quem sempre cuidou de nossos bosques e matas", disse Lula.
O mecanismo prevê que 20% dos recursos devem ir para os povos indígenas.
"O objetivo é remunerar os países que mantêm suas florestas tropicais em pé. O TFFF preserva o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas [parte da Convenção do Clima da ONU]. Ele será complementar aos mecanismos de pagamento por redução de emissões de gases de efeito estufa", completou.
O TFFF, mecanismo idealizado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, funciona como um fundo tradicional, que remunera seus acionistas com parte dos seus lucros.
A diferença é que parte deste percentual é revertido a nações com florestas tropicais, mesmo que elas não apliquem recursos no mecanismo, desde que cumpram requisitos de preservação ambiental.
Para calcular este retorno, são levados em consideração fatores como o tamanho da cobertura vegetal, a taxa de desmatamento e a de degradação.
O Brasil espera que, até a COP30, a soma dos compromissos das nações chegue a um valor ao menos próximo a US$ 25 bilhões, mas que já possibilite que o mecanismo inicie suas operações.
Essa é a condição inicial para então alavancar mais R$ 100 bilhões (R$ 530 bi) de recursos com o mercado financeiro.
Segundo a estrutura idealizada para o TFFF, esse montante seria capaz de fazer o mecanismo render um retorno a taxas de mercado para todos os seus investidores e mais US$ 4 (R$ 21) para cada hectare de floresta tropical no mundo.
Com a alocação de recursos no fundo, o Brasil terá direito tanto aos seus rendimentos quanto também à parcela pela conservação de sua vegetação.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/09/lula-anuncia-investimento-de-r-1-bi-em-fundo-de-florestas.shtml
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source