From Indigenous Peoples in Brazil
News
Problemas fundiarios e de saude afetam caiouas
29/01/2006
Fonte: CB, Brasil, p.12
Problemas fundiários e de saúde afetam caiouás
Os índios guaranis-caiouás, que vivem no Mato Grosso do Sul, vivem um drama por causa da falta de terras. A luta pela regularização fundiária provocou, no final do ano passado, o assassinato do líder indígena guarani-caiouá Dorvalino Rocha, 42 anos. Além da questão da terra, há ainda a questão do atendimento de saúde, considerado crítico pelo próprio governo. Na semana passada, as denúncias de mau uso do dinheiro público destinado à saúde indígena no estado levaram o governo federal a nomear um interventor na coordenação regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Campo Grande.
Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), revelado pelo Correio no último dia 26, apontou superfaturamento em contratos suspeitos assinados pela Funasa entre janeiro de 2004 e julho de 2005. Nesse mesmo período, 21 crianças indígenas morreram por desnutrição. Relatos apontam ainda problemas fundiários graves na região, com terras indígenas sendo alvo de disputas por fazendeiros há mais de 10 anos. Expulsos da terras por liminar concedida pela Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, índios guaranis-caiouás vivem à beira da estrada sem água potável e quase sem comida.
Os índios sempre viveram na região de Mato Grosso do Sul, mas ainda no século passado perderam espaço de suas terras em razão da expansão da fronteira agrícola no estado, o maior produtor de soja do Brasil. Há quase quatro anos o governo federal reconheceu as terras de uma fazenda como sendo área indígena. As famílias mudaram para o lugar. Mas em dezembro passado a Justiça suspendeu o processo de demarcação e os índios foram despejados.
Líderes indígenas anunciaram que permanecerão no acampamento enquanto aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal que fará uma reavaliação do caso provavelmente em fevereiro, quando termina o recesso forense.
No acampamento, 24 crianças estão desnutridas. Catorze têm desnutrição severa e o tratamento de saúde esbarra nas condições de higiene e de moradia. Eles vivem em barracos de lona improvisados. A Funasa instalou caixas e canos para abastecer o acampamento, mas como o sol esquenta a água, algumas das crianças estão desidratadas e nem reagem mais aos estímulos. O governo federal se comprometeu a aumentar o valor da cesta básica e a liberar R$ 50 mil para a reforma dos barracos. (PO)
CB, 29/01/2006, p. 12
Os índios guaranis-caiouás, que vivem no Mato Grosso do Sul, vivem um drama por causa da falta de terras. A luta pela regularização fundiária provocou, no final do ano passado, o assassinato do líder indígena guarani-caiouá Dorvalino Rocha, 42 anos. Além da questão da terra, há ainda a questão do atendimento de saúde, considerado crítico pelo próprio governo. Na semana passada, as denúncias de mau uso do dinheiro público destinado à saúde indígena no estado levaram o governo federal a nomear um interventor na coordenação regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Campo Grande.
Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), revelado pelo Correio no último dia 26, apontou superfaturamento em contratos suspeitos assinados pela Funasa entre janeiro de 2004 e julho de 2005. Nesse mesmo período, 21 crianças indígenas morreram por desnutrição. Relatos apontam ainda problemas fundiários graves na região, com terras indígenas sendo alvo de disputas por fazendeiros há mais de 10 anos. Expulsos da terras por liminar concedida pela Justiça Federal em Mato Grosso do Sul, índios guaranis-caiouás vivem à beira da estrada sem água potável e quase sem comida.
Os índios sempre viveram na região de Mato Grosso do Sul, mas ainda no século passado perderam espaço de suas terras em razão da expansão da fronteira agrícola no estado, o maior produtor de soja do Brasil. Há quase quatro anos o governo federal reconheceu as terras de uma fazenda como sendo área indígena. As famílias mudaram para o lugar. Mas em dezembro passado a Justiça suspendeu o processo de demarcação e os índios foram despejados.
Líderes indígenas anunciaram que permanecerão no acampamento enquanto aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal que fará uma reavaliação do caso provavelmente em fevereiro, quando termina o recesso forense.
No acampamento, 24 crianças estão desnutridas. Catorze têm desnutrição severa e o tratamento de saúde esbarra nas condições de higiene e de moradia. Eles vivem em barracos de lona improvisados. A Funasa instalou caixas e canos para abastecer o acampamento, mas como o sol esquenta a água, algumas das crianças estão desidratadas e nem reagem mais aos estímulos. O governo federal se comprometeu a aumentar o valor da cesta básica e a liberar R$ 50 mil para a reforma dos barracos. (PO)
CB, 29/01/2006, p. 12
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