From Indigenous Peoples in Brazil
News
Uso do dinheiro obtido com cobrança gera controvérsia
24/02/2002
Autor: Rodrigo Vargas
Fonte: Diário de Cuiabá-MT
A aplicação dos recursos do pedágio é motivo de controvérsia entre os índios paresi. Segundo o índio Claudemiro Zanoizokae, da aldeia Vale do Rio Papagaio, o gasto com automóveis muitas vezes supera o de outra necessidades mais urgentes, como a educação e a saúde, por exemplo.
"Um carro você usa e ele acaba, a educação não. Acho que esse dinheiro tinha de ser aplicado em coisas mais sérias", aponta o índio, que tem três irmãos estudando em Tangará da Serra. "Porque as nossas novas lideranças só vão ser fortes com a educação".
Seu pai, o cacique Vandermiro Iamoré, cobra transparência na administração das associações indígenas. "Uma associação não tem dono. Ela é de todos. Então quando você compra um carro, tem que pensar se não há outras necessidades mais importantes naquele momento. Tem que lembrar que irá gastar com gasolina, manutenção", diz.
Segundo ele, é de pelo menos cinco gerações o tempo necessário para que os povos indígenas possam lidar e negociar de igual para igual com a sociedade branca. Antes disso, porém, a intermediação da Funai continuará necessária.
"É como o pai faz com o menino que está aprendendo a andar. Solta um pouco, mas fica cuidando com a mão", propõe o cacique. "Para um projeto passar de dentro para fora da aldeia, tem que ter a assessoria da Funai". (RV)
"Um carro você usa e ele acaba, a educação não. Acho que esse dinheiro tinha de ser aplicado em coisas mais sérias", aponta o índio, que tem três irmãos estudando em Tangará da Serra. "Porque as nossas novas lideranças só vão ser fortes com a educação".
Seu pai, o cacique Vandermiro Iamoré, cobra transparência na administração das associações indígenas. "Uma associação não tem dono. Ela é de todos. Então quando você compra um carro, tem que pensar se não há outras necessidades mais importantes naquele momento. Tem que lembrar que irá gastar com gasolina, manutenção", diz.
Segundo ele, é de pelo menos cinco gerações o tempo necessário para que os povos indígenas possam lidar e negociar de igual para igual com a sociedade branca. Antes disso, porém, a intermediação da Funai continuará necessária.
"É como o pai faz com o menino que está aprendendo a andar. Solta um pouco, mas fica cuidando com a mão", propõe o cacique. "Para um projeto passar de dentro para fora da aldeia, tem que ter a assessoria da Funai". (RV)
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