From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios querem terra de volta
21/06/2006
Fonte: Adital - Agência de Informação Frei Tito para a América Latina
Apesar de ter seu território demarcado, os indígenas Bororo, da terra Jarudóri Jarudori, são obrigados a viver espalhados em outras terras de seu povo, porque sua área tradicional está invadida por posseiros. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) informa que indígenas e entidades indigenistas do Estado do Mato Grosso estão organizados e reivindicam a retirada dos não-índios que vivem em toda a extensão de Jarudori e em cerca de 40% da terra Teresa Cristina, ambas de ocupação tradicional do povo Bororo. A decisão para a retirada depende da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A expulsão dos Bororo foi iniciada no início do século passado. Jarudori faz parte das terras demarcadas pelo Marechal Rondon, em 1912, e tinha aproximadamente 100 mil hectares. Na década de 30, a região foi usada para a instalação de colônias agrícolas, com incentivos que foram parte do Programa Marcha para o Oeste, e o loteamento intensificou-se a partir dos anos 60. Outras áreas foram invadidas por garimpeiros. Em 1945, o Estado de Mato Grosso criou a Reserva Indígena Jarudóri Jarudori, reduzindo a área demarcada por Rondon para 6 mil hectares. A terra sofreu nova redução quando foi registrada, ficando com apenas 4.706 ha.
Invasões, violência e epidemias - de tuberculose e sarampo - contribuíram para saída de muitas das famílias Bororo que ali viviam. O município de Poxoréu foi criado em 1958 e hoje existe também uma vila de 2605 habitantes, que também leva o nome de Jarudóri Jarudori.
Segundo o CIMI, a terra Jarudóri Jarudori tem importância não apenas para os indígenas que poderão voltar a viver nela, mas para todo o conjunto da população Bororo, pois é um importante ponto de articulação entre os "bororo de baixo", que vivem no Pantanal, e os "de cima", que vivem em Meruri, Garças e Rio das Mortes.
No próximo dia 28 de junho, será realizado em Cuiabá, Capital do Mato Grosso, o seminário "Povo Boe-Bororo: Território Tradicional e Direitos às Terras Indígenas Tereza Cristina e Jarudori", com a participação de representantes Bororo, da sub-procuradora da República e coordenadora da 6ª. Câmara, Deborah Duprat; da antropóloga que fez o laudo de identificação da terra, Edir Pina de Barros; e da Funai, convidada através de Artur Mendes Nobres, diretor de Assuntos Fundiários. O encontro, tem o objetivo de mobilizar e sensibilizar a sociedade civil organizada em torno das questões fundiárias dos Boe-Bororo.
A expulsão dos Bororo foi iniciada no início do século passado. Jarudori faz parte das terras demarcadas pelo Marechal Rondon, em 1912, e tinha aproximadamente 100 mil hectares. Na década de 30, a região foi usada para a instalação de colônias agrícolas, com incentivos que foram parte do Programa Marcha para o Oeste, e o loteamento intensificou-se a partir dos anos 60. Outras áreas foram invadidas por garimpeiros. Em 1945, o Estado de Mato Grosso criou a Reserva Indígena Jarudóri Jarudori, reduzindo a área demarcada por Rondon para 6 mil hectares. A terra sofreu nova redução quando foi registrada, ficando com apenas 4.706 ha.
Invasões, violência e epidemias - de tuberculose e sarampo - contribuíram para saída de muitas das famílias Bororo que ali viviam. O município de Poxoréu foi criado em 1958 e hoje existe também uma vila de 2605 habitantes, que também leva o nome de Jarudóri Jarudori.
Segundo o CIMI, a terra Jarudóri Jarudori tem importância não apenas para os indígenas que poderão voltar a viver nela, mas para todo o conjunto da população Bororo, pois é um importante ponto de articulação entre os "bororo de baixo", que vivem no Pantanal, e os "de cima", que vivem em Meruri, Garças e Rio das Mortes.
No próximo dia 28 de junho, será realizado em Cuiabá, Capital do Mato Grosso, o seminário "Povo Boe-Bororo: Território Tradicional e Direitos às Terras Indígenas Tereza Cristina e Jarudori", com a participação de representantes Bororo, da sub-procuradora da República e coordenadora da 6ª. Câmara, Deborah Duprat; da antropóloga que fez o laudo de identificação da terra, Edir Pina de Barros; e da Funai, convidada através de Artur Mendes Nobres, diretor de Assuntos Fundiários. O encontro, tem o objetivo de mobilizar e sensibilizar a sociedade civil organizada em torno das questões fundiárias dos Boe-Bororo.
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