From Indigenous Peoples in Brazil
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Ministro demite presidente da Funai e já anuncia substituto
07/06/2002
Fonte: O Estado de S. Paulo (São Paulo - SP)
Documentos anexos
Reale Júnior manda substituir o geólogo Glênio Alvarez por Otacílio Antunes
Um desentendimento a respeito do projeto de lei que regulamenta a mineração em terras indígenas fez ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, demitir o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio Alvarez. O motivo, segundo o próprio ministro, foi que um dos diretores da Funai, falando em nome de Alvarez e do governo, se manifestou contra o projeto do próprio Executivo, durante discussão na Comissão de Minorias do Congresso.
"Esta proposta tinha apoio e pareceres favoráveis do governo, passou por discussões em diversas esferas do Executivo", disse Segundo ele, a direção da Funai veiculou informações isoladas. "As manifestações foram, de certa forma, violentas e até agressivas."
Na verdade, Reale Júnior não estava contente com Glênio Alvarez, que foi substituído pelo ex-diretor de assistência da Funai Otacílio Antunes dos Reis Filho. "A Fundação estava trabalhando à deriva", afirmou o ministro.
Coincidentemente, Glênio Alvarez foi o terceiro presidente da Funai a deixar o cargo por divergências com o próprio governo, nos últimos anos. O primeiro foi Júlio Gaiger, que saiu atirando contra a política indigenista adotada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Seu substituto, Carlos Meres, considerado um dos melhores técnicos no assunto, pediu demissão durante as comemorações dos 500 anos do Brasil, quando centenas de policiais militares enviados para a Bahia, entraram em confronto com os índios.
Currículo - O geólogo Alvares foi empossado em 2000 e tinha no seu currículo o fato de ter sido responsável pela demarcação de terras dos índios ianomâmis, em 1991. Ele saiu da Funai por ter ratificado as opiniões no Congresso, fazendo com que o presidente da Comissão de Minorias, Pinheiro Landim (PMDB-CE), tirasse o projeto de pauta. Os ambientalistas afirmam que a proposta não oferece garantias ambientais, jurídicas e antropológicas de proteção aos índios e estimula a especulação do subsolo em terras indígenas. O setor defende que o assunto seja tratado no Estatuto do Índio e não por projeto de lei.
O novo presidente da Funai, Otacílio Antunes, será o sexto dirigente da instituição no governo Fernando Henrique Cardoso. Em suas mãos estará um dos órgãos mais problemáticos da administração pública, com recursos excassos e que pode, ainda na atual gestão, ser transformada em uma agência.
Um desentendimento a respeito do projeto de lei que regulamenta a mineração em terras indígenas fez ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, demitir o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio Alvarez. O motivo, segundo o próprio ministro, foi que um dos diretores da Funai, falando em nome de Alvarez e do governo, se manifestou contra o projeto do próprio Executivo, durante discussão na Comissão de Minorias do Congresso.
"Esta proposta tinha apoio e pareceres favoráveis do governo, passou por discussões em diversas esferas do Executivo", disse Segundo ele, a direção da Funai veiculou informações isoladas. "As manifestações foram, de certa forma, violentas e até agressivas."
Na verdade, Reale Júnior não estava contente com Glênio Alvarez, que foi substituído pelo ex-diretor de assistência da Funai Otacílio Antunes dos Reis Filho. "A Fundação estava trabalhando à deriva", afirmou o ministro.
Coincidentemente, Glênio Alvarez foi o terceiro presidente da Funai a deixar o cargo por divergências com o próprio governo, nos últimos anos. O primeiro foi Júlio Gaiger, que saiu atirando contra a política indigenista adotada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Seu substituto, Carlos Meres, considerado um dos melhores técnicos no assunto, pediu demissão durante as comemorações dos 500 anos do Brasil, quando centenas de policiais militares enviados para a Bahia, entraram em confronto com os índios.
Currículo - O geólogo Alvares foi empossado em 2000 e tinha no seu currículo o fato de ter sido responsável pela demarcação de terras dos índios ianomâmis, em 1991. Ele saiu da Funai por ter ratificado as opiniões no Congresso, fazendo com que o presidente da Comissão de Minorias, Pinheiro Landim (PMDB-CE), tirasse o projeto de pauta. Os ambientalistas afirmam que a proposta não oferece garantias ambientais, jurídicas e antropológicas de proteção aos índios e estimula a especulação do subsolo em terras indígenas. O setor defende que o assunto seja tratado no Estatuto do Índio e não por projeto de lei.
O novo presidente da Funai, Otacílio Antunes, será o sexto dirigente da instituição no governo Fernando Henrique Cardoso. Em suas mãos estará um dos órgãos mais problemáticos da administração pública, com recursos excassos e que pode, ainda na atual gestão, ser transformada em uma agência.
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