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Briga de índio e fazendeiro cria polêmica na Assembléia

27/11/2007

Autor: Marta Ferreira e Paulo Fernandes

Fonte: Campo Grande News




As situações de disputa por terra entre índios e fazendeiros de Mato Grosso do Sul mobilizaram debates na Assembléia Legislativa na sessão desta manhã, depois que o indígena Eliseu Lopes, de 32 anos, usou a palavra para falar da situação dos guarani-caiuá que esperam a demarcação da fazenda Madama, em Coronel Sapucaia. Na área, já houve, só este ano, três episódios de conflito, com duas mortes, e quatro indígenas baleados, o último deles no dia 17 deste mês.

Um dos índios baleados no conflito mais recente, Noel Lopes, esteve na Assembléia hoje, e revelou que está assustado com tudo que aconteceu. Segundo ele, havia "mais de 60 pistoleiros" na área. Ele ainda tem uma bala alojada no corpo. Também estava na Casa a índia Marluce Lopes, viúva do líder Ortiz Lopes, assassinado em julho deste ano. A outra morte ocorrida na área foi da índia Xuretê Lopes, de 70 anos, ocorrida em janeiro.

Depois da fala do índio, o deputado Pedro Teruel (PT), da Comissão de Direitos Humanos da Casa, pediu a palavra, para lamentar que ainda estejam ocorrendo conflitos agrários entre índios e fazendeiros armados. Foi aparteado por Zé Texeira (DEM), da bancada ruralista, para quem os índios estão pedindo a posse de uma área privada em seu nome. Outro que falou sobre o assunto foi Pedro Kemp, do PT, também em apoio aos índios.

Zé Teixeira chegou a pedir um novo aparte em meio à fala de Teruel, que foi negado, sob a alegação de que não haveria tempo para isso.
 

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